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O Caminho da Libertação (The Way Of Liberation: Adyashanti)

Tempo de leitura: 49 min

Escrito por Davi Klein
em julho 5, 2021

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Nesse post, irei trazer as principais partes do livro “The way of liberation: A Practical Guide to Spiritual Enlightenment” de Adyashanti.

Esse livro é um ótimo ponto de partida para você entender sobre os fundamentos da espiritualidade, e também nos mostra a “parte prática” – sobre como aplicar esses ensinamentos (que é a parte mais importante) – afinal, as palavras são apenas ponteiros que tentam apontar a uma dimensão que você só encontrará dentro de você, a partir de sua própria experiência.

Este livro é uma pista deixado para trás, uma forma de relembrar e um guia para despertar seu status imaginado como pessoa para quem você verdadeiramente é. Os ensinamentos desse livro são um condensado do núcleo do ensinamento do Adya.

Logo abaixo, coloquei as principais partes traduzidas (por mim mesmo) desse livro, que pode ser muito útil para a sua jornada espiritual. Então, vamos lá!

Introdução

O “Caminho da Liberação” é um guia prático para a liberação espiritual, as vezes chamado de despertar, iluminação, autorrealização ou simplesmente ver o que é verdadeiro. É impossível de saber o que palavras como liberação ou iluminação significam até que você as realize por si mesmo. Porém, não é útil ficar especulando sobre a iluminação, isso só atrapalha. Como um principio para você se guiar: progressivamente realizar o que não é verdadeiro é infinitamente mais valioso!

Muitas pessoas acreditam que a função de um professor espiritual é a de responder as grandes perguntas da vida, mas na verdade é o contrário – a tarefa principal de qualquer bom ensinamento espiritual não é a de responder suas perguntas mas sim de questionar suas respostas, pois são justamente suas suposições conscientes e inconscientes e crenças que distorcem sua percepção e causam com que você veja separação e divisão onde, na verdade, só há unidade e completude.

A realidade que esses ensinamentos apontam não está escondida, não é secreta ou longe. Você não pode obtê-la, merecê-la ou descobrir sobre ela. Nesse exato momento, a Realidade e Completude estão a vista de todos. Na verdade, a única coisa para ver, escutar, cheirar, provar, tocar e sentir é a realidade, ou Deus, se preferir.

A completude absoluta te cerca não importa o lugar onde esteja. Então, não existe razão para se preocupar, exceto o fato de que nós, humanos, por muito tempo, nos enganamos em estados confinados e confusos e por isso não consideramos e nem experienciamos a divindade dentro de nós e ao nosso redor.

O Caminho da Libertação é um chamado à ação; é algo que você faz. É uma ação que irá desfazer você absolutamente. Se você não fizer o ensino, se você não estudar e aplicá-lo sem medo, ele não pode efetuar qualquer transformação. O Caminho da Libertação não é uma sistema de crenças; é algo a ser posto em prática.

Nesse sentido é totalmente prático. Ler esse livro como um espectador é perder todo o ensinamento; já ser um participante ativo no seu próprio despertar não é fácil e nem seguro. O caminho é rumo ao desconhecido, imprevisível e o comprometimento deve ser absoluto e os resultados não garantidos.

Se você comparar o Caminho da libertação com outros ensinamentos ou interpretá-los de acordo com as lentes de outros ensinamentos, você vai perder o que ele propõe verdadeiramente.

Muitas pessoas interpretam errado o que eu digo pois elas estão filtrando de acordo com as lentes de outros ensinamentos espirituais que utilizam um vocabulário similar. Eu sugiro que você leia os ensinamentos deste livro sem filtrá-los de acordo com seus entendimentos mentais passados.

Nenhum ensinamento espiritual é um caminho direto à iluminação. Na verdade, não existe um caminho para a iluminação, simplesmente porque a iluminação está sempre presente em todos os lugares e a todo instante.

O que você pode fazer é remover toda e qualquer ilusão, especialmente aquelas que você valoriza e que fazem você se sentir seguro – que atuam como um véu/neblina para a Realidade. Desapegue-se de suas ilusões e pare de resistir ao que é, e, naturalmente, a Realidade se mostrará a você.

O caminho da liberação é uma medicina usada para curar vários níveis de doenças espirituais. Assim como a medicina, em si, não é boa para a saúde, mas um meio para a boa saúde, esses ensinamentos não são a Verdade, mas um meio para a Verdade.

Estudar o Caminho da Liberação é estudar a si mesmo. Estudar a si mesmo não significa adicionar mais conhecimento as ideias desordenadas que você já tem sobre si mesmo, mas sim remover todas as formas/características que você costuma definir/associar a si mesmo:nome, raça, gênero, status social, passado, assim como todos os julgamentos psicológicos que você faz a si mesmo.

Quando o self (“eu”) é reduzido ao seu núcleo essencial, tudo o que pode ser dito sobre ele é: eu sou, eu existo. O que é, então, o “eu” que existe?

Este não é um livro sobre aperfeiçoamento espiritual, autodesenvolvimento, ou de estados alterados de consciência. É sobre o despertar espiritual, sobre sair do estado de sonho do ego e migrar para o estado desperto além do ego.

A jornada não tem nada a ver com o que você antecipa, e a iluminação não se parece em nada como geralmente é vendida na comunidade espiritual. Eu não direi, aqui, como conseguir sua alma gêmea, ter infinita felicidade e bem-aventurança e os 10 passos que você pode dar para conseguir 1 milhão de reais.

O que você irá extrair do Caminho da libertação dependerá do quanto você estudar, contemplar e por em prática – não simplesmente ler como forma de entretenimento.

O despertar não é uma cura mágica para tudo o que te incomoda, nem uma forma de escapar das dificuldades da vida – tal visão é contrario ao desdobramento da realidade e se torna um obstáculo para o entendimento. O objetivo desse ensinamento é fazer você acordar para a natureza da realidade, e então incorporar tal entendimento e viver de acordo com ele o máximo que conseguir.

Tal despertar, eventualmente traz um senso de paz profunda, amor e bem estar, mas isso são subprodutos do estado desperto, não o objetivo. Não é a busca por estados cada vez maiores de felicidade e bem aventurança que leva a iluminação, mas sim o desejo pela Realidade e a insatisfação de viver uma vida inautêntica.

A maiorias dos problemas do mundo são consequências do estado egóico. Se olharmos atentamente, todos os sinais estão presentes para sugerir que não apenas estamos dormindo-acordado, mas também quase insanos.

Falando de outra forma, nós perdemos nossas almas (ou esquecemos dela), e tentamos ao máximo não notar isso, pois não queremos ver o quão dormentes/sonâmbulos realmente estamos, o quão desolada a nossa condição é. Então, nós cegamente seguimos em frente, dirigidos por forças que não reconhecemos ou entendemos.

As 5 Fundações

Todo o ensinamento de baseia nessas 5 fundações. Elas não devem ser ignoradas ou desconsideradas. São componentes absolutamente essenciais que são aplicáveis até mesmo após o despertar. Não se deixe enganar pensando que as 5 fundações são insignificantes ou rudimentarmente simples somente pelo fato de elas parecerem estar mais ligadas ao lado humano/relativo da Realidade.

As 5 fundações são um meio de viver e manifestar a natureza última da Realidade na vida diária.  Se nós não vivermos e manifestarmos em nossas vidas aquilo que realizamos/percebemos nos nossos momentos mais profundos de revelação, então estaremos vivendo uma vida dividida.

Além disso, as 5 fundações fornecem o contexto no qual os ensinamentos se desenrolam. Se você remover o contexto do ensinamento, você estará removendo os guarda costas anti-ego que protegem o ensinamento da interpretação egóica. A interpretação errada do ensinamento espiritual pelo ego é sempre um perigo, já que a tendência do ego é justificar quaisquer pontos de vista em que esteja apegado ou investido.

Além disso, qualquer ensinamento espiritual firmado na natureza absoluta da Realidade é por definição orientada a Verdade e não as dimensões morais/éticas da vida da perspectiva dualística.

Isso não significa que toda a moralidade é irrelevante no ponto de vista absoluto, esse é um desentendimento grande. Significa que a moralidade não é mais enraizada nos valores culturais e religiosos que foram designados para controlar os impulsos egoicos.

Ao invés disso, o amor e a compaixão naturalmente surgem e são expressos pelo entendimento da visão unificada da realidade – surgem espontaneamente como consequencia do entendimento. Quando nada é visto ser separado e diferente de você, as açoes refletem essa perspectiva.

Pode ficar complicado pois é possível ter alguma experiencia da natureza última da Realidade e ao mesmo tempo não ser completamente livre da delusão egoica. Isso torna possível a mistura volátil de Realidade e Ilusão, simultaneamente. Um pouco disso é esperado no processo de maturação do espírito, porém, existem poucas coisas mais perigosas de um ego que pensa que é Deus.

Muitos anos trabalhando com milhares de pessoas me mostraram que se esses aspectos fundamentais da vida espiritual são ignorados, é bem provável que ocorra um desvio e atraso no desdobramento espiritual.

As 5 fundações são um meio de juntar todos os seus recursos internos – corpo, mente e espírito, e focá-los de uma maneira unificada em direção a sua maior aspiração. Eu não posso deixar de ressaltar a importância de ter um foco claro e unidirecionado, coração sincero, e um desejo inabalável de não enganar/deludir mais a si mesmo e aos outros.

1 – Esclareça sua Aspiração

Esclarecer a sua aspiração significa saber exatamente o que é que você aspira em sua vida espiritual, não como uma meta futura, mas de momento a momento. Em outras palavras, o que você valoriza mais na vida, não no sentido de valores morais mas no sentido do que é mais importante para você.

Contemple essa questão. Não assume que você saiba qual sua maior aspiração é, nem que você saiba o que é mais importante para você. Cave profundamente dentro de si, contemple e medite sobre o que a jornada espiritual é para você; não deixe ninguém mais definir essa aspiração por você. Contemple até que você descubra, com clareza total, o que você realmente aspira.

A importância dessa primeira fundação não pode ser menosprezada, pois a vida se desdobra de acordo com o que você mais valoriza. Muitas poucas pessoas têm a Verdade ou a Realidade como valores seus valores mais profundos.

Elas podem achar que valorizam a Verdade, mas suas ações não correspondem a tal valor. Geralmente, as pessoas possuem valores conflitantes, que manifestam como conflitos internos e externos.

Só porque você acha que algo é o seu valor mais profundo não significa que aquilo realmente é. Ao contemplar e clarificar o que você verdadeiramente valoriza e aspira, você se torna mais unificado, claro e certo de sua direção. 

Conforme sua realização e maturidade espiritual se aprofundam, você notará que alguns aspectos de sua aspiração permanecem firmes enquanto outros evoluem para refletir o que é relevante para o seu atual nível de entendimento.

2 – Acompanhamento Incondicional

Ser claro no que você quer é o primeiro passo. Isso tem o efeito de juntar energia e atenção em um foco único, em uma força unificada e direcioná-la em direção a sua aspiração. Depois de ter clarificado sua aspiração, agora você precisa segui-la. Isso implica duas coisas: o que você está disposto a fazer e o que você está disposto a deixar de fazer.

A espiritualidade não requer que você trabalhe duro em direção a atingir um resultado no futuro, mas requer que você esteja totalmente presente, sincero e comprometido AGORA, com total honestidade e com disposição de deixar ir qualquer ilusão que se interponha entre você e a realização da Realidade.

Portanto, a espiritualidade não tem a ver com o tempo e o que pode ser atingido através dele, tem sempre a ver com o momento presente. A aspiração não é tanto uma questão da mente tanto quanto do coração, no sentido de que é um reflexo do que você preza, ama e valoriza.

Você não precisa ser lembrado daquilo que ama, apenas do que você não ama. E o que você realmente ama é mais refletido verdadeiramente em suas ações e não no que você sente, pensa ou diz. Quando a aspiração está alinhada com o acompanhamento e amor, ela se torna uma força muito poderosa no universo.

3 – Nunca abdique de sua autoridade

A terceira fundação é nunca abdique de sua autoridade. Isso significa que você toma total responsabilidade por sua vida e nunca a entrega a outra pessoa. Não existe algo como andar nas costas de um ser iluminado, esperando ser iluminado com isso. Uma falha ao entender isso pode levar ao fanatismo, fundamentalismo, fantasiam decepção, delusão e infantilidade espiritual.

É essencial de entender que o papel de um professor espiritual é ser bom e sábio guia espiritual, assim como ser ele próprio a incorporação/personificação daquela verdade que ele aponta.

Mesmo que você tenha um profundo respeito, amor e devoção a um professor espiritual, é importante não abdicar de toda a sua autoridade para o seu professor ou projetar toda a divindade como se fosse exclusiva a ele. Sua vida pertence a você, não a outra pessoa – tome responsabilidade por ela.

Existe uma linha tênue entre estar aberto ao guiamento de um professor espiritual e regressar a um relacionamento infantil onde você abdica de sua autoridade e projeta toda a sabedoria e divindade no seu professor. Cada pessoa precisa encontrar um equilíbrio, de estar aberta ao guiamento de seu professor sem abdicar totalmente de sua autoridade.

A mesma coisa pode ser aplicada para os ensinamentos espirituais. Um ensinamento espiritual é um dedo que aponta para a realidade, mas não é a realidade em si. Para você estar em um relacionamento maduro e verdadeiro com um ensinamento espiritual, isso requer que você aplique-o e não simplesmente acreditar nele.

A crença leva a diversas formas de fundamentalismo e fecha a porta para a curiosidade e investigação que são essenciais para abrirem o caminho para o despertar. Um bom ensinamento é algo que você trabalha com ele e o aplica. Ao fazer isso, ele te ajuda (muitas vezes de maneira discreta) a revelar a Verdade (e a falsidade) que se encontra em você.

4- Pratique a Absoluta Sinceridade

Ter um genuína sinceridade é absolutamente necessária para a vida espiritual. A sinceridade envolve as qualidade de honestidade, genuinidade e integridade. Ser sincero não significa ser perfeito. Na verdade o próprio esforço para ser perfeito é algo insincero, pois é uma forma de evitar ver você mesmo, do jeito que é agora.

Ter a disposição e ser capaz de ver você mesmo como é, com todas as suas imperfeições e ilusões, requer genuinidade e coragem. Se estamos constantemente tentando nos esconder de nós mesmos, nós nunca seremos capazes de despertar da ilusão.

Para ser sincero, você deve deixar ir os julgamentos sobre si mesmo. Ser julgamental em relação a si mesmo encobre seu acesso a verdadeira sinceridade. A verdadeira sinceridade revela uma forma poderosa de clareza e discernimento que é necessária para se perceber honestamente, sem hesitar ou ser mantido prisioneiro dos julgamentos e defensividade de sua mente.

A capacidade e a disposição para ser honesto consigo mesmo é sua maior proteção contra o autoengano, e te alinha com sua aspiração genuína. Não existe desafio maior para o ser humano do que ser completamente honesto consigo mesmo, assim como para os outros. Essa honestidade é necessária se quisermos acordar do sonho da separação, para assim vivermos uma vida genuína e não dividida.

5 – Seja um bom administrador de sua vida

Ser um bom administrador de sua vida significa que você não está usando a espiritualidade para evitar qualquer aspecto de sua vida. Venho observando que isso é muito comum – de pessoas usarem a espiritualidade para evitarem aspectos de si mesmas que são disfuncionais, doloroso e problemáticos.

Frequentemente existe uma esperança de que se acordarem para a Realidade, todas as dificuldades de suas vidas desaparecerão por completo. Porém, é errado assumir que um pequeno gosto/vislumbre do despertar pode automaticamente resolver todas as dificuldades da vida humana.

Usar a espiritualidade como forma de evitar aspectos desafiadores de si mesmo e de sua vida diária pode inibir o aprofundamento da iluminação espiritual em grande parte.

O caminho da liberação é uma forma de encarar completamente a si mesmo e sua vida sem retirar-se em negação, julgamentalismo ou se perder em fantasias. Ele é um meio de perfurar os véus de ilusões e despertar para a Verdade.

Ser um bom administrador de sua vida requer que você abrace todos os aspectos de sua vida, tanto internos como externos, agradáveis e não agradáveis. Você não necessariamente precisa enfrentá-los todos de uma vez, simplesmente o que quer que surja em determinado momento.

Dê a cada momento a atenção, sinceridade e comprometimento que merece. Sua vida, toda a sua vida é o seu caminho para o despertar – ao resistir e não lidar com seus desafios, você permanecerá dormindo para a Realidade. Preste atenção ao que a vida está tentando revelar a você. Diga sim a sua graça, que é feroz, implacável e amorosa.

3 Ideias Para Orientá-lo

É muito fácil de perder muito tempo e energia quando as buscas espirituais são descarriladas em becos sem saída que têm pouca ou nenhuma relevância para o despertar espiritual. Essas 3 ideias orientadoras providenciam a estrutura conceitual na qual os ensinamentos se baseiam e orientam a mente em direção e princípios chaves. Essas 3 ideias orientadoras providenciam foco e direção práticas que serão descritas mais adiante:

1 – A Questão do Ser

Na entrada do Oráculo de Delfo estavam escritas as palavras “Conheça a ti mesmo”. Jesus veio e acrescentou um sentido de urgência e conseqüência à ideia antiga quando disse: “Se você trouxer o que está dentro de você, o que você trouxer o salvará. Se você não trouxer a tona o que está dentro de você, o que você não trouxer irá destruir você.”

O que Jesus está dizendo é que a espiritualidade é algo sério e com consequência sérias. O que é que devemos trazer?

Dentro de cada forma se encontra o mistério existencial do Ser. Independente da aparência física, personalidade, gênero, história, ocupação, esperanças e sonhos, idas e vindas, existe um silêncio profundo carregado com uma presença etérica.

Apesar de todos afazeres a obsessões com a trivialidade, não podemos negar completamente essa essência fantasmagórica em nosso núcleo – e apesar disso, nós fazemos de tudo para evitar essa quietude, o silêncio, seu vazio absoluto e radiante.

O Ser é aquilo que “atrapalha” a nossa insistência em permanecer no reino entorpecido de nossa vida de nossa desesperação secreta. É a coceira que não pode ser coçada, o assobio que não pode ser negado.

A maioria de nós vive em um estado onde o nosso ser esteve há muito tempo exilado para o reino das sombras. As vezes, o ser rompe o nosso estado inconsciente para nos lembrar que nós não estamos vivendo a vida que poderiamos estar vivendo – uma vida que realmente importa.

Outras vezes, o ser fica em segundo plano secretamente e silenciosamente esperando por nossa atenção devotada. Mas não se engane: SER, o seu SER é a questão central da sua vida.

Permanecer inconsciente do ser é ficar preso dentro de um deserto de conflitos , medos e inseguranças impulsionados pelo ego, que só parece costumeiro pois sofremos uma lavagem cerebral em que acreditamos que o ódio, a desonestidade, a ignorância e a ganância são coisas normais e saudáveis, mas não são. Na verdade, nada poderia ser menos são e irreal do que isso que os seres humanos chamam de realidade.

Ao nos prendermos ao que já sabemos e acreditamos, nós continuaremos nos mantendo refém do movimento de nosso pensamento condicionamento e, ao mesmo tempo, acreditando que somos perfeitamente racionais e sãos.

Todos nós suspeitamos, lá no fundo, que há algo muito errado com a forma que percebemos a vida mas nós tentamos, da melhor forma possível, não reconhecer isso. E a maneira como nós permanecemos cegos para a nossa condição assustadora/medíocre é através da patológica e obsessiva negação do Ser – como se um destino terrível fosse nos engolir se fossemos encarar a pura luz da Verdade.

É através da dimensão do Ser que a Verdade se revela, não a verdade da matemática ou da química, da filosofia ou história, mas uma Verdade que começa a se revelar naqueles momentos quietos, quando a rotina normal da vida diária de repente se torna transparente a um sentido sublime de significado e importância que são desconhecidos nas horas convencionais.

Tais encontros vitais e inesperados com o Ser indicam uma Verdade que se encontra logo abaixo do tecido de nossa rotina diária, revelando que existe uma realidade que tem o poder de desvendar o mistério de nossas vida, isso se nos submetermos a seu comando – de nos desapegarmos desse nosso comprometimento medroso pela segurança e pela vida como conhecemos.

Todos nós nascemos com o ser velado pela escuridão. Podemos reconhecer a transparência do ser brilhando nos olhos de uma criança, mas tal ser não tem consciência de si mesmo. Os bebês vivem em um mundo mágico do ser inconsciente, enquanto os adultos vivem em um mundo de separação egocêntrica e negação do ser. Restaurar o ser ao ser verdadeiro domínio e soberania é o que o despertar espiritual torna possível.

A questão do Ser é tudo, nada pode ser mais importante. Permanecer inconsciente do Ser é permanecer dormindo para sua própria realidade. A escolha é simples: Despertar para o ser ou permanecer dormindo.

2 – O Falso Eu

O falso eu surge do ser inconsciente. É um amálgama fragmentado de muitos “eus” tenuamente unidos por uma fachada de normalidade. É uma casa dividida construída sobre uma fundação imaginária, um pássaro com asas quebradas que não pode voar. 

O falso eu é a maior barreira (apesar de todas as barreiras serem imaginadas) a realização da nossa verdadeira identidade de Ser Universal.

O falso eu é essencialmente um processo psicológico que ocorre na mente – que organiza, traduz e dá sentido (muitas das vezes errado) de todas as informações que chegam aos sentidos. Quando esse processo psicológico se mistura com o movimento autoreflexivo da consciência, ele produz um senso de self (eu).

Esse senso de self, então, invade a consciência como se fosse um perfume, e então faz com que a mente confunda o que é um processo psicológico com ser uma entidade separada chamada “eu”. Essa conclusão errada, de que você é um self separado e distinto, acontece muito cedo na vida, de uma forma automática e inconsciente.

Ao se identificar com um nome particular que pertence a um corpo/mente específicos, o self começa  o processo de criação de uma entidade separada. Adicionando um conjunto de ideias, crenças e opiniões, junto com algumas memórias seletivas que criam uma história pessoal (passado) na qual você se identifica, assim como a energia emocional que segura e mantém tudo isso – tudo isso faz você crer que é um eu separado/isolado.

Isso não significa que no desenvolvimento do ser humano esse falso eu não tenha um propósito ou uso, simplesmente significa que ele não tem existência fora da mente. O self se desenvolve para que você ganhe um senso saudável de individualidade e autonomia que te ajuda a navegar na vida, para sua sobrevivência e bem estar.

O problema é que muitas poucas pessoas desenvolvem uma verdadeira autonomia psicológica e até aqueles que o fazem estão geralmente tão presos e apegados pelo falso eu que nunca sequer consideram o que existe por trás dele e sua natureza ilusória.

]Mas, quando a verdadeira autonomia é desenvolvida, o self não é mais necessário, da mesma forma que a infância não é mais necessária quando você se encontra na fase adulta. É mais correto dizer que a autonomia é a coisa mais importante e que o falso eu é essencialmente um subproduto imaginado do mecanismo autoreflexivo da consciência, quando ela se identifica com o movimento incessante do pensamento condicionado.

O problema é que o self (eu) que você se convenceu ser o real você é um fantasma que existe somente como uma abstração de sua mente – animado pela energia emocional conflitiva da separação. E quando você para de pensar que ele existe, ele pare de existir. É por isso que é falso – o que levanta a questão: quem ou o que é o verdadeiro você?

No cerne do falso eu se encontra um vazio de deficiência derivado de um afastamento essencial da própria divindade, que ocorre ou pelo desenvolvimento natural, desespero, ou simplesmente por sucumbir ao trance do mundo e a obrigação para nos conformarmos a sua insanidade.

O falso eu é tanto um obstaculo quando uma porta de entrada através do qual você precisa ultrapassar no seu processo de despertar para a dimensão do Ser. Conforme você passa pelo vazio do eu, a identificação com o eu morre, de forma temporária ou permanentemente, e você é revelado (renascido) como presença.

A presença não é um “eu” em nenhum sentido convencional – não tem forma, é sem idade ou sexo. É uma expressão do ser universal, a substância sem-forma da existência. A presença não é sujeita ao nascimento ou morte, não faz parte do mundo das “coisas”. É a luz e radiância da consciência na qual o mundo inteiro surge e desaparece.

Assim como a presença é uma expressão do ser, também o ser uma expressão do Infinito. O Infinito é a Realidade Última, e está além de todas as conceptualizações e experiências. É o substrato de todo Ser, de toda existência, todas as dimensões, todas as percepções. Transcende todas as categorias, todas as descrições, toda imaginação. É além do ego, da presença, do ser (e não ser) e unidade mas também não é diferente destes.

Nem concebível nem experimentável, o Infinito conhece a si mesmo por meio de uma consideração intuitiva simples que tem por si mesmo em todos os aspectos de si mesmo. Portanto, a única coisa que “descobre/realiza” o Infinito é o próprio Infinito. E somente tal realização que traz fim a incessante frustração da mente pela busca de Deus, pela Verdade e significado.

3 – O Estado de Sonho

É da natureza de todos os sonhos que os personagens neles estejam tão ocupados sendo … bem, personagens, que o que está fora do estado de sonho os escapa.

Na verdade, a própria ideia de que existe um estado fora do seu sonho, ou que o que eles consideram real e significativo é um estado de sonho, é algo que eles raramente considerariam, pelo menos, não até que seu sonho se tornasse um pesadelo ruim. E mesmo assim, poucos permitirão a única coisa que poderia salvá-los de um sono sem fim.

Muitos estão tão amarrados e presos a si mesmos que não conseguem parar de correr de um lado para o outro e vice-versa. Sempre à procura de algo mais, diferente ou melhor, não conseguem ver que não estão chegando a lugar nenhum.

E eles estão chegando a lugar nenhum cada vez mais rápido e com mais e mais ingenuidade o tempo todo. Quem são eles? Tenho medo de que eles sejam nós.

O maior sonho que podemos ter é o de esquecer que estamos sonhando. Perdidos em nossas mentes e seu mundo imaginário de julgamentos, crenças e opiniões, nós começamos a sonhar acordado. Para alguns, ele é um pesadelo, para outros é uma suspensão temporária em algum céu imaginário. Para a maioria, é algo entre esses dois.

Mas não importa qual seja o estado atual do seu sonho, tudo chegará ao fim algum dia, quando você menos esperar. De repente, o enredo de sua vida mudará ou terminará completamente, e você se sentirá desorientado e se perguntando o que aconteceu e para onde tudo foi. Essas mudanças abruptas na direção e textura de nossas vidas é uma das poucas certezas que temos na vida, e ainda assim continuamos acreditando que o que pensamos sobre a vida tem qualquer coisa a ver com o que a vida realmente é.

Estamos tão ocupados e obcecados com nosso pensamento inquieto sobre tudo e todos que confundimos nosso pensamento sobre tudo e todos com tudo e todos. Essa tendência de considerar nossos pensamentos como reais é o que mantém o estado de sonho intacto e nos mantém presos em seu domínio de inconsciência e conflito.

Para você o seu sonho é real pois todos os seus pensamentos confirmam que é real. Mas “o que É” é mais real do que todos os seus pensamentos de como as coisas deveriam ser. A vida não ira se conformar a história que você conta a si mesmo e nem a sua interpretação sobre ela.

Acredite em um único pensamento contrário à maneira como as coisas são ou foram e você sofrerá por causa disso, sem exceções! Isso não significa que você nunca deva ter pensamentos fora do que É. Significa simplesmente que o que É é a realidade do AGORA.

Se você acha que as pessoas deveriam ser mais legais umas com as outras, então seja legal com elas! Mas, quando você projeta essa crença nas pessoas e no mundo ao seu redor como se aquilo fosse uma realidade objetiva, ou pior, como se o trabalho delas fossem elas serem legais com você, você estará contrário ao que É e sofrerá por conta disso.

Agora, imagine um mundo de bilhões de pessoas. Cada uma delas possui inúmeras ideais, crenças e opiniões que acreditam ser verdadeiras. E cada uma dessas bilhões de pessoas possui diferentes ideias, crenças, e opiniões em que elas acreditam fortemente. Todas elas estão andando no mesmo mundo externo, mas internamente cada um de nós vivemos em um mundo diferente, em um “sonho acordado” diferente. Não é difícil de entender o motivo de existirem tantas encrencas certo?

Para adicionar complexidade a essa mistura volátil se dá o fato de que existe também sonhos coletivos, em que pessoas com sonhos pessoais similares se reúnem para formarem estados de sonhos coletivos. Esses são feitiços ainda mais difíceis de se quebrar, pois sonhos coletivos existem dentro de um consenso, de uma realidade formada a partir de acordos – ou seja, deve ser verdade, pois todos acreditam ser verdade.

Esse, portanto, é o estado da humanidade. E a realidade do ser Universal, do seu ser, de todos os seres permanece exilada, permanecemos inconscientes.

As Práticas Centrais

A Verdade não está lá, não importa onde esse “lá” esteja. A verdade não é alojada em rituais religiosos nem em doutrinas secretas, nem em um toque de guru ou sorriso beatífico, nem em locais exóticos ou templos antigos. A Verdade é literalmente a única coisa que existe. Não está oculto, mas à vista, não faltando, mas abundantemente presente.

A Verdade absoluta não é uma crença, nem uma religião, nem uma filosofia, nem um experiencia momentaria ou espiritual. Não é nem estática nem em movimento, nem má ou boa. É diferente de tudo isso, mais diferente do que você pode imaginar. A verdade não pode ser tocada pelo pensamento ou imaginada pela mente. Ela só pode ser encontrado no coração do ser universal. Conhecer a si mesmo é a chave.

Nos ensinamentos do caminho da liberação existem 3 práticas que trabalham juntamente com as 5 fundações que auxiliam no descobrimento da Verdade Atemporal. Apesar dessas práticas centrais parecerem simples, não se engane: quando combinadas e aplicadas com todo coração, eles podem ser extremamente poderosas.

Nossas mentes podem acreditar que precisam de ensinamentos complexos para nos guiar para a Realidade, mas não precisamos. Na verdade, quanto mais complexos os ensinamentos são, mais fácil fica para a mente se esconder no meio da complexidade e fazendo-o acreditar que está avançando em direção a iluminação. Mas, na verdade, ela só está criando mais e mais círculos viciosos.

O elementos indispensável de todo ensinamento espiritual, não se encontra no ensinamento mas sim na sinceridade e da coragem da pessoa que o aplica. Mesmo que as vezes você se sinta perdido em sua própria tolice, como William Blake disse “Um tolo que persiste em sua loucura se tornará sábio.” – Pense na prática espiritual como essa “tolice”.

Essas práticas centrais são algo que você precisa sentir/experienciar, algo como sentir o equilíbrio ao aprender a andar de bicicleta. Elas precisam se tornar uma parte de você para realmente funcionarem.

A atitude na qual você as aplica é tão importante quanto a prática em si, que é uma forma de dizer que você precisa achar uma forma de aplicar essas práticas centrais que combinem com seu temperamento e estilo pessoal.

Ninguém pode te dizer, ao certo, como fazer isso – você descobre por tentativa e erro. E a forma como você utiliza essas práticas centrais evoluirá conforme seu nível de realização evolui.

Você não deve aplicar as práticas centrais com grande quantidade de esforço. Elas devem ser aplicadas como se fossem uma oração, com grande sinceridade e abertura de mente e coração. Apesar de as vezes você poder se sentir desafiado por sua própria confusão e dúvida, somente se lembre de que o elemento da “Graça” esta sempre presente – e que é a partir da noite mais escura que surge o amanhecer.

Todos os nossos maiores avanços parecem vir de surpresa, quando menos os esperamos, de repente somos dotados, as nuvens da confusão partem, e vemos com uma clareza e liberdade incomuns. Essa graça nunca é suspensa, nunca é conquistada ou merecida. Não é dado a alguns e para outros não.

A graça está sempre presente, é apenas nossa abertura para ela que vem e vai. Em certo sentido, o Caminho da libertação é um meio de se abrir para a graça. As 3 práticas centrais são a meditação, a autoinvestigação e a contemplação.

Meditação

Nas várias formas de espiritualidade esotérica, a meditação costuma ser superenfatizada ou subenfatizada. Quando a meditação é superenfatizada como o único meio de iluminação, muitas vezes há muito foco na tentativa de atingir um estado de meditação específico.

A Verdade Última, porém, não é um certo estado de consciência, não importa o quão lindo ou maravilhoso pode ser. A realidade é a base de todo ser, da eternidade não nascida e imortal. Está tão presente em uma experiência ou estado de consciência quanto em qualquer outro. Realidade, ou Verdade, é aquilo que em última instância é verdadeiro em todos os estados, em todos os momentos, em todos os locais.

No outro extremo estão aqueles ensinamentos que menosprezam o valor da meditação. O pensamento é de que se a Realidade é sempre presente em todas as situações e em todos os tempos, então não existe nada para obter por meio da meditação.

Na verdade, esse tipo de pensamento diz que a meditação irá somente enfatizar a crença de que a pessoa é separada da Realidade e de que ela precisa fazer algo para descobri-la. Embora exista lógica nesse ponto de vista, ela pode eventualmente te levar a um tipo de fatalismo e fixação no ponto de vista/entendimento intelectual, que é improdutivo para o verdadeiro despertar.

Apesar de não haver caminho ou prática que leve diretamente ao despertar, também é verdade que o que você faz é de extrema importância na determinação do rumo de sua vida espiritual. O equilíbrio é a chave, o esforço sem esforço é o caminho.

A meditação não é nem um meio para um fim ou algo a ser aperfeiçoado. Meditação feita corretamente é uma expressão da Realidade, não um caminho para ela. Meditação feita de maneira incorreta é um espelho perfeito de como você está resistindo ao momento presente, julgando-o ou se apegando a ele.

A meditação age como um espelho, que reflete o seu relacionamento consigo mesmo, com a vida e com o momento presente. Ao se tornar consciente de como você está resistindo ou se apegando ao conteúdo do momento presente, e o quão fútil é você continuar a fazer isso, você pode descobrir o que verdadeiramente significa deixar ir/soltar toda sua resistência ao momento presente.

No caminho da liberação, a meditação tem um propósito, definição e aplicação específicas. A meditação é a arte de permitir que tudo seja como É, da forma mais profunda possível. Para deixar que tudo seja como é, nós precisamos deixar de lado o esforço de controlar e manipular nossa experiência – o que significar soltar/abandonar a vontade pessoal.

Isso vai direto ao cerne da constituição egóica, que busca a felicidade por meio do controle, da busca, do esforço e da manipulação. Muitas formas de meditação são baseadas em aprender a controlar a própria experiência como um meio de alcançar a paz. Esses métodos muitas vezes levam a um beco sem saída, onde só se obtém paz de espírito enquanto o ego está sendo restringido pela técnica meditativa

O Silêncio e a quietude da meditação é base na qual o ensinamento se repousa. Ele promove uma estabilidade interior, objetividade, desapego e profundidade de compreensão desconhecida para a mente conceitual. A meditação formal é melhor realizada quando você está sentado em um local onde não seja interrompido. A atitude que conduz à meditação é a de entrega, sem se esforçar e com abertura.

A meditação é mais como uma oração silenciosa do que uma técnica para você lapidar e se aperfeiçoar. Quando você é novo na meditação, você pode querer começar com 10 ou 15 minutos dedicados ao silêncio.

Quando esse tempo estiver confortável, você pode querer estender sua meditação em períodos de 5 minutos, até que você consiga se sentar confortavelmente por 30 a 40 minutos de uma vez. Mas até mesmo se sentar em silêncio por 15 a 20 minutos por dia começara a formar uma compostura interna de silêncio e estabilidade dentro de você. 

É importante de entender que quando você está meditando, você está fazendo um comprometimento com algo além de sua mente inquieta. Quando meditando, este não é o momento de ficar analisando e tentando entender logicamente sua experiencia.

Você também não deve lutar contra a sua mente ou tentar fazê-la ficar quieta. Apenas observe seus pensamentos como se você estivesse olhando para nuvens passando no céu. Eles são apenas fenômenos passando pela consciência.

A meditação não é uma técnica para se obter a maestria, é a maior forma de oração, um ato de amor puro e de renúncia, sem esforços, ao silêncio profundo que se encontra além de todo o conhecimento.

Meditação não é algo restrito somente aos tempos da meditação formal e sentada: É uma atitude de ser, um repousar no ser. Quando você pegar o “jeito”, você será capaz de experienciá-lo mais e mais durante sua vida diária. Eventualmente, no estado de liberação, a meditação simplesmente se tornará a sua condição natural.

Logo abaixo está a explicação do eu chamo de “A Verdadeira Meditação”. Leia e deixe-a revelar para você seu verdadeiro significado ao colocá-la em prática. Com o tempo, você terá um entendimento cada vez maior sobre o que “A Verdadeira Meditação” significa.

A Verdadeira Meditação

A Verdadeira meditação não tem direção ou objetivo. É é pura rendição sem palavras, pura oração silenciosa. Todos os métodos que miram em atingir um certo estado de mente são limitados, impermanentes e condicionados. A fascinação com os estados leva ao apego e dependência. A verdadeira meditação é sem esforço, um repouso no Ser primordial.

A verdadeira meditação aparece na consciência espontaneamente quando não há qualquer tipo de manipulação ou controle.

Quando você começa a meditar, você nota que a atenção está sempre presa/ligada em algum objeto: em pensamentos, sensações corporais, emoções, memórias e sons. Isso ocorre pois a mente está condicionada em focar e se contrair em objetos. Então, a mente compulsivamente interpreta e tenta controlar o objeto que está consciente de uma forma mecânica e distorcida – começar a fazer conclusões e suposições de acordo com o condicionamento passado.

Na verdadeira meditação todos os objetos (pensamentos, sentimentos, emoções, memórias) são deixados em seu funcionamento normal. Isso significa que nenhum esforço deve ser feito em manipular, controlar ou suprimir qualquer objeto da consciência.

Na verdadeira meditação, a ênfase é em “ser consciência” – não em estar ciente de objetos mas sim em descansar na própria consciência em si. Na meditação você não está tentando modificar sua experiência, você está mudando o seu relacionamento com a sua experiência.

Conforme você relaxa na consciência, a contração compulsiva da mente sobre os objetos desaparecerá. O silêncio do ser será revelado mais claramente, como um convite para você repousar e descansar nele. Uma atitude de receptividade aberta, livre de qualquer objetivo ou antecipação, facilitará a presença do silêncio e quietude – que se revelarão como a sua condição natural.

Conforme você descansa mais profundamente na quietude, a consciência se torna livre do hábito compulsivo da mente de controle, contração e identificação. A consciência retorna a sua condição natural de Ser Consciência, o absoluto potencial não manifestado, o silêncio além de todo o entendimento.

Algumas Questões Sobre a Meditação

Pergunta: Parece que a instrução central da Verdadeira Meditação é a de simplesmente repousar/relaxar no silêncio, na consciência silenciosa. Porém, eu frequentemente descubro que estou preso em minha mente. Está tudo bem eu usar uma meditação mais direta daquelas de você seguir a sua respiração, para que tenha algo em que focar para que eu não me perca tanto em minha mente?
Resposta: É perfeitamente OK usar uma técnica mais direta como seguir a sua respiração, ou usar um mantra simples, se você achar que isso te ajudar a não se perder em pensamentos. Mas sempre esteja inclinado a usar menos e menos técnicas. Tenha um tempo em cada período de meditação de simplesmente repousar em silêncio, em repousar como consciência. A Verdadeira Meditação é progressivamente deixar ir/desapegar-se do meditador, sem se perder na mente.

Pergunta: O que eu devo fazer se uma memória dolorosa surgir durante a meditação?
Resposta: Memórias antigas, mágoas, medos, raivas, ressentimentos, etc., podem surgir durante a meditação. Simplesmente permita eles surgirem sem resistir, analisar, julgar ou negar. Apenas observe sem se envolver. Observe que eles não definem quem você é. Eles são parte do seu inconsciente subindo para serem purificados pela luz da consciência e para serem liberados de seu sistema. Permita que a luz do Ser liberte o seu sofrimento.

Pergunta: Quando eu medito eu tenho, muitas vezes, medo, que acaba me sobrecarregando e eu não sei o que fazer com isso.
Resposta: É útil quando você estiver experienciando medo na meditação, ancorar a sua atenção em algo estabilizador, como sua respiração ou até mesmo na sola dos seus pés. Mas não lute com o medo, pois isso só ira aumentá-lo. Imagine que você é o Buda embaixo da árvore Bodhi, ou o Cristo no deserto, permanecendo perfeitamente quieto e sem mover o seu corpo, mesmo apesar do pesadelo. Pode parecer bem real, mas não é nada mais do que uma ilusão forte. Permaneça com o silêncio e bem ancorado que o medo passará.

Pergunta: O que eu devo fazer quando eu obtenho um insight ou um entendimento profundo de uma situação durante a meditação?
Resposta: Simplesmente receba o que lhe foi dado com gratidão, sem se segurar a nada. Confie que aquilo ainda estará lá quando você precisar.

Pergunta: Eu percebo que a minha mente fica espontaneamente formulando imagens – algumas delas eu gosto, outras são irritantes e desconfortáveis. O que eu devo fazer?
Resposta: Foque a sua atenção em sua respiração na barriga. Isso te ajudará não ficar perdido em imagens da mente. Simplesmente mantenha a sua intenção de descansar no silêncio sem forma anterior a todas as imagens, pensamentos e ideias.

Pergunta: Eu estou experienciando um monte de energia surgindo no meu corpo quando eu medito e até quando eu não medito. Algumas vezes é algo agradável mas outras me faz sentir agitado e me mantém acordado a noite. O que é isso?
Resposta: Não é incomum que em algum ponto de sua jornada espiritual você experiencie varias formas de energias intensas. Não se torne fascinado pela energia e não tente controlá-la ou suprimí-la, pois ao tentar fazer isso você só ira intensificá-la. Mantenha a sua atenção firme naquele estado que é anterior a todas as formas de energia. Descanse no silêncio, na quietude e no espaço anterior a todas as energias do corpo e da mente. Mantenha a atenção no abdômen inferior – isso ajudará a integrar a energia. Talvez seja útil realizar algumas atividades estabilizadoras. Faça uma caminhada em silêncio na natureza, exercícios etc. Tudo que fizer você se sentir equilibrado e calmo. Levará algum tempo até que o seu corpo e o seu sistema nervoso se adapte ao maior volume de energia que está fluindo através de você. Seja paciente. Geralmente demora cerca de meses a anos até que o sistema nervoso se adapte a esse novo influxo de energia.

Pergunta: As vezes eu sinto um profundo silêncio no qual todas as intenções desaparecem e até mesmo a instrução de permitir que tudo seja como é ou de repousar como consciência parece desnecessária. Está tudo bem deixar toda a intenção e técnica desaparecer?
Resposta: As vezes, até mesmo a mais sutil intenção ou técnica irá naturalmente desaparecer por conta própria quando a meditação atinge uma certa profundidade de quietude e simplicidade. Quando você puder deixar ir toda intenção e técnica e não se perder na mente ou cair em um estado nebuloso de consciência, então a Verdadeira Meditação está naturalmente acontecendo. A verdadeira meditação é quando o meditador desaparece.

Autoinvestigação

A dimensão sagrada não é algo que você possa saber através de palavras ou ideias, assim como você não pode saber o sabor de uma torta de maça ao comer a receita da torta. A sociedade moderna esqueceu que fatos e informações, apesar de todos os seus usos, não são o mesmo que a verdade ou sabedoria, e que certamente não são o mesmo que a experiência direta.

Perdemos o contato com a sabedoria intuitiva nascida do silêncio e da quietude. Segurar/Manter uma questão internamente em silêncio e pacientemente esperar é uma arte que raramente é masterizada nos dias de hoje. A autoinvestigação é uma ponte entre o ego e a alma, para o Infinito (eu estou usando o termo alma significando a essência, presença ou o ser que você é).

A autoinvestigação não é anti-intelectual ou anti-racional, ela é trans-racional – ou seja, ela tem o poder de te levar além da mente conceitual assim como do pensamento egocêntrico condicionado. Embora enraizada na quietude, a investigação é o contraponto dinâmico à verdadeira meditação. A meditação é suave, envolve a entrega e renuncia, enquanto a investigação exige questionamentos ousados ​​e destemidos.

A investigação é uma forma de abarcar os profundos assuntos existenciais que confrontam cada ser humano: Quem sou eu? O que é a vida? O que acontece após a morte? O que é Deus? Qual a Verdade absoluta da existência? Ou simplesmente: Eu sei, com absoluta certeza, que esse pensamento atual, crença, opinião, interpretação ou julgamento é verdade? O elemento comum da investigação é a Verdade. O que é a Verdade?

A questão da Verdade não surge ou pertence às várias agendas do ego. É de vital importância que a investigação não se torne sujeita às motivações e impulsos egóicos. As motivações subjacentes do ego são as de sobreviver e de se sentir bem. Mas a investigação pertence exclusivamente ao reino da alma, a dimensão do ser nascida do silêncio e luz, que procura a Verdade.

A primeira investigação se concentra no ser. O ser é a chave que abre o reino. “Quem ou o que sou eu?” Além do corpo, mente, ocupação, gênero, papéis, memória, história, o que sou eu? O que é esse “eu”? Remova tudo aquilo que o “eu” não é. Tire do “eu” todas as máscaras que ele usa. O que sobrou? Alguma coisa? Nada? O que está consciente disso? Em sua experiência direta, algo está ciente ou nada está ciente? Alguém está ciente ou ninguém está ciente?

Trace o fio da investigação silenciosa e pacientemente através de todas as suas identificações, todas as suas crenças sobre si mesmo, todos os seus julgamentos e suposições ocultas sobre quem e o que você é. Sem pressa. Examine profundamente cada uma dessas questões. Deixe que as perguntas removam tudo o que você não é. Deixe-as desfazer tudo o que você sempre imaginou ser, tudo o que você pensou que deveria ser, tudo o que qualquer um disse que você fosse.

Rastreie o fio da investigação através de todas as suas identidades imaginadas .Então, fique quieto (em silêncio). Descanse no silêncio contemplativo e deixe as obras desconhecidas da Graça seguirem seu curso. A realização da Verdade ou Realidade nunca poderá ser criada pela mente – sempre vem como um presente da Graça. A investigação limpa as ilusões e mal entendidos, tornando você receptivo a ação da graça.

A questão do ser abre a porta para a Realidade e Verdade, mas não é a única questão para a investigação. Questione tudo! Não deixe nenhuma suposição não examinada, nenhuma forma de negação intacta! Investigue cada questão devagar e deliberadamente, coloque cada questão no silêncio do seu ser, não espere ou se apegue a respostas rápidas.

Não pule em conclusões. Ao invés disso, deixe cada questão revelar suas crenças ocultas e opiniões. Deixe elas revelarem qualquer coisa na qual você esteja se apegando e acreditando que está em desacordo com o que É. Olhe por todas as formas na qual sua mente apegosa gera sofrimento para você e para os outros.

Traga cada questão ao silêncio do ser, medite sobre ela, pondere, leve o tempo que for necessário. Não responda com sua mente. Esteja em silêncio com aquela questão, esteja muito, muito quieto. Preenchido com o amor da Verdade, não fique surpreso se a investigação começar a consumir todas as suas suposições secretas, todas suas crenças, todas as suas opiniões, todos os seus julgamentos, tudo o que você aprendeu de segunda mão pelos outros.

E não fique surpreso se a maioria de suas ideias espirituais forem consumidas também, pois são justamente elas que mais nos protegem da verdadeira experiencia espiritual. Sua maior ajuda é sua sinceridade e desejo pela verdade acima de tudo.

Você pode ser golpeado repetidamente pela profundidade da ilusão que você encontra e descobre dentro de si mesmo, mas nunca se fixe nela ou se julgue. Aceite, perdoe e siga em frente, pois o seu verdadeiro ser é infinito e absoluto. Existe tanto agora como sempre existiu ou existirá.

Fique firme na conflagração sagrada da investigação e deixe-a abrir você para a sede de toda a sabedoria nascida do Espírito. Apenas a Verdade restará, o resto ira morrer. É uma coisa triste que tão poucos dêem toda a medida de suas vidas à verdade.

A maioria só vai até certo ponto e então se contenta com menos do que uma rendição total de toda separação. No final, todos nós obtemos o que mais valorizamos, e se não gostamos do que obtivemos, é melhor olharmos honestamente para o que estamos valorizando. Mas nunca por um momento está faltando a Verdade. Nunca há mais ou menos verdade presente, ou mais ou menos disponibilidade.

A verdade é um suprimento abundante em todos os momentos, em todas as situações. Está simplesmente aguardando reconhecimento. E tem todo o tempo a seu favor. Questione os seus pensamentos. Questione suas histórias. Questione suas suposições. Questione suas opiniões. Questione suas conclusões. As chaves da liberdade estão em suas mãos. Usa-os!

Algumas perguntas sobre a investigação:

Pergunta: A investigação frequentemente parece muito intelectual para mim e eu tendo a me perder em minha mente. Existe alguma forma de investigar sem me perder tanto na mente?

Resposta: Sim, existem 2 aspectos da investigação, e é muito importante  que você entenda os dois. O primeiro aspecto da investigação é o que eu chamo de “Dar um passo para trás” O propósito desse primeiro aspecto da investigação é de suspender ou retirar o pensamento condicionado. Você não está procurando por respostas tanto quanto revelando e removendo os seus pensamentos, ideias e crenças condicionados – para que eles possam ser substituídos por uma realização mais profunda. Por exemplo, por meio dessa observação você pode ver que você não é o pensamentos de sua mente. Ao remover a crença falsa de que qualquer pensamento pode dizer o que você é, você trás espaço para um entendimento mais profundo se revelar em você. Ao revelar e limpar as falsas ideias da mente, agora você está preparado para descansar e repousar na quietude do Ser. Na segunda parte da investigação, você está sendo convidado para acessar a clareza intuitiva e a sabedoria que está alojada na quietude, na raiz da consciência. Eu chamo isto de “O reino da Graça”, pois a sabedoria que sai de lá é sempre recebida como um presente, como um “Aha!” de puro entendimento. Ao revelar e limpar as falsas ideias da mente, agora você está preparado para descansar/repousar no silêncio do ser, sem impor nenhum pensamento ou buscando algo por meio do do pensamento.

Pergunta: As vezes a investigação parece muito viva e vital para mim, mas outras vezes parece algo mecânico, pois meu coração não está nela. A investigação é algo que eu preciso estar engajado a todo o tempo?

Resposta: Para que a investigação seja autentica, você tem que sentir de que ela é de vital interesse para você. Então não, você não precisa estar investigando o tempo todo. É uma ferramenta que está lá toda a vez que uma questão vital surgir para você. Mas a investigação é muito mais do que uma técnica, é uma atitude. A investigação é uma atitude de curiosidade que vive em você, e é um reflexo do seu desejo de querer saber a Verdade e a natureza da Realidade. A investigação requer um tipo de coragem de ter a disposição de perguntar grandes questões que podem sacudir as fundações de sua vida e te colocar frente a frente com assuntos que você prefere evitar. Então, mesmo que você não utilize sempre a técnica da investigação, é vitalmente importante viver com uma atitude de curiosidade e coragem, que são o coração da investigação. A investigação é a arte de questionar todas as suas suposições, crenças e interpretações como forma de abrir espaço na mente para que a sabedoria intuitiva surja. Quando o espaço se abrir, simplesmente descanse/repouse com a pergunta na quietude do Ser. Observe. mantenha fiel vigilância com o desconhecido. Os momentos vitais de descoberta aparecem quando você menos espera.

Contemplação

A muito tempo que nós esquecemos o que significa contemplar algo. Agora, com o clique no mouse de computador, nós podemos ter as respostas do que desejamos, ou o que promete ser a resposta, de todo o tipo de pergunta que imaginamos. Todos os ensinamentos espirituais do mundo Antigo agora estão a um click de distância – porém, ainda permanecemos tão perdidos de nós mesmos, tão distantes do que nutre a nossa alma, que estamos sendo sufocados pelo peso de nossa ignorância e alienação da dimensão sagrada da vida.

A idade moderna esqueceu que fatos e informações, apesar de todos os usos que podem proporcionar, não são o mesmo que sabedoria, e que certamente não são o mesmo do que experiência direta da Realidade. Perdemos o contato com a sabedoria intuitiva nascida do silêncio e meditação, e ficamos perdidos num mar de informações que não conseguem entregar a felicidade e realização que prometem.

A contemplação é a arte de permanecer com uma palavra ou frase pacientemente e em silencio e a quietude da consciência até que comece a revelar significados e entendimentos mais profundos. A contemplação tem o poder de transcender os limites da mente analitica e lógica, e abre a consciência para a ordem da sabedoria e Verdade que podem somente ser descritas como revelação.

Eu inclui algumas frases curtas nessa seção, mas toda e qualquer parte desse livro pode ser usada como objeto de contemplação. Pegue uma curta frase como objeto de contemplação e simplesmente permaneça/mantenha-o em sua consciência. Então fique quieto. Deixe o significado germinar dentro de você. Então traga de novo a palavra ou frase na consciência. Mantenha lá por algum tempo e, em seguida, fique em silêncio novamente. Com a prática, você pega o jeito. 

Apesar da contemplação parecer ser simples, pode ser muito poderosa. Nas tradições Zen, frases, questões ou histórias curtas, chamadas koans, são usados como objetos de contemplação e meditação, que podem auxiliar o despertar, a revelação e iluminação.

Abaixo, estão algumas frases para serem utilizadas como objetos de contemplação.

Pensamentos e libertação do sofrimento:

  • “Não existe um pensamento absolutamente verdadeiro.” (Isso não significa que alguns pensamentos não sejam mais verdadeiros que outros, apenas que nenhum pensamento é absolutamente verdadeiro)
  • “O que É”, é o que está acontecendo antes de você ter um pensamento sobre ele. (Observe a diferença entre o que sua mente pensa sobre este momento, e como ele é, antes de você ter qualquer pensamento sobre ele.)
  • “O sofrimento ocorre quando você acredita em um pensamento que está em desacordo com o que é, com o que foi ou com o que pode ser.” (Experiencie este momento sem a interpretação da sua mente sobre ele)
  • “Você não é a sua história. Eles não são a sua história sobre eles. O mundo não é a sua história sobre o mundo.”
  • “O sofrimento é como a Vida lhe diz que você está interpretando errado ou resistindo ao que é real e verdadeiro” (è o jeito que a VIda te sugere que você não está em harmonia com o que é)
  • “A compreensão e os insights mais profundos fluem de uma mente tranquila”
  • “Ser feliz é viver como o desconhecido”
  • “Toda a verdadeira experiencia surge do desconhecido e é uma expressão do desconhecido.”

A natureza do Ser

  • “Olhar para dentro e não se encontrar como um “eu” é o começo de se encontrar como uma presença” (Ser)
  • “O Ser (ou espírito) é universal e existe anteriormente a todas as condições, todos os pontos de vista, todos os objetos de consciência e todos os assuntos também.”
  • “Ser” é a verdadeira natureza de tudo.
  • Sendo a natureza de tudo, não há nada fora do Ser
  • “Ser” não explica nada; Ser é a verdadeira natureza de tudo
  • A Única coisa que realiza o Ser é o Ser
  • Só existe o ser vivendo através de você, como você e como tudo o que existe
  • O Ser é não nascido e não criado – a Fonte e substância de tudo
  • Ser é nossa condição original, anterior ao ego, a todos os pensamentos, anterior a todas as descrições, anterior aos passado, presente e futuro.
  • O Ser que é anterior ao mundo do espaço e tempo está aqui, agora, eternamente. É o mundo sem mundo, a substância do vazio.
  • “Eu sou” é puro Ser. É a confissão final da realidade ecoando por toda a eternidade.

O Infinito:

  • Além do ego está o ser universal, além do ser está o infinito
  • O infinito é o puro potencial sem forma, anterior ao ser e não ser, vida e morte, forma e sem forma
  • O infinito não é nem um nem muitos, nem dualista nem não dualista, nem mundano e nem espiritual.
  • O infinito conhece a si mesmo por meio de uma consideração intuitiva simples que tem de si mesmo em todos os seus aspectos. Assim, ele se conhece como totalmente incognoscível e absolutamente presente
  • Realizar o infinito é perder o seu mundo interno
  • Perder o seu mundo interno é o silêncio eterno
  • Tudo está bem, e mais bem do que você possa imaginar

O Resumo do Ensinamento

  • Fique quieto
  • Questione todo o pensamento
  • Contemple a Fonte da Realidade

É importante lembrar que o Caminho da liberação não é a Verdade mas um meio para realizá-la. A Verdade está dentro de você, em nenhum outro lugar. Ao estudar, aplicar, você está realizando a Verdade dentro de você.

“A Realidade na qual estes ensinamentos apontam não está escondida ou distante. Neste exato momento, A realidade e a plenitude estão à vista”

Adyashanti

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