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Como Lidar Com Grandes Crises de Vida e Desastres Emocionais (David R. Hawkins)

Tempo de leitura: 20 min

Escrito por Davi Klein
em julho 27, 2023

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No livro “Cura e Recuperação: Um guia para curar mente, corpo e espírito” do Dr David R. Hawkins, existe um capítulo muito importante chamado “Lidando com grandes crises”, em que nos é fornecido um sistema prático a ser seguido para superarmos grandes crises de vida e, ainda por cima, sairmos mais fortalecidos, conscientes e destemidos depois de lidarmos corretamente com as emoções desagradáveis que surgem de tais experiências.

Nesse capítulo, aprendemos a como transformar grandes desastres e tragédias pessoais em grandes ganhos e amadurecimento espiritual. Portanto, reuni nesse post algumas das principais passagens que o autor fala a respeito de como lidar com grandes crises de vida. Espero que goste da leitura e não deixe também de adquirir uma cópia desse livro!

Lidando com Grandes Crises

“As experiencias catastróficas são as sementes, a pura essência da experiencia espiritual máxima. Dentro da experiencia e seguindo-a até o seu centro nuclear, totalmente se jogando do penhasco em completo abandono, a rendição total a experiencia é a própria semente daquilo que o buscador espiritual tem buscado esse tempo todo.

David R. Hawkins

Em uma situação catastrófica aguda a mente tenta se apegar aquilo que é familiar. Tenta escapismo, distrações, tranquilizantes, drogas, álcool e muitas outras maneiras de tentar amenizar a situação em vez de enfrentá-la diretamente e atravessá-la. A essência de uma situação catastrófica é a total rendição a descoberta daquilo que é maior do que o eu pessoal. O experienciar completo de uma catástrofe nos traz a uma conexão e uma compreensão de que há algo dentro de nós que tem o poder de nos sustentar, não importa quão catastrófica a experiencia aparenta ser. Como resultado disso, saimos do outro lado da experiencia como uma pessoa engrandecida, com a consciência de que existe algo internamente, que existe uma Presença, uma qualidade ou aspecto da vida interno que tem o poder de nos sustentar através das mais aparentemente impossível das situações

David R. Hawkins

Todos nós somos atormentados pelas grandes crises da vida em um momento ou outro, mas quantos de nós sabemos como lidar com a morte, divórcio, separação, desconfiguração, ferimentos, acidentes, catastrofes e todos os outros graves eventos que resultam em saturação emocional? Que técnicas podem ser utilizadas para lidar com essas experiências?

A morte de um cônjuge por exemplo, ou de um filho ou membro da família, junto com o divórcio, estão no topo da lista, então são as máximas catástrofes que podemos lidar em nossa experiência geral da vida. O problema a se explorar é como convertâ-las em ganhos agudos, como maximizar e como usá-las como trampolins para grandes saltos de consciência.

Vamos novamente nos referir ao Mapa da consciência como ponto de referência para maior compreensão da questão. Esse mapa é um modelo matemático que representa o ego humano, o eu (com “e” minúsculo). Incluidos no mapa estão os variados níveis de consciência e seus nomes de acordo com as experiências humanas comuns de vergonha, culpa, apatia, tristeza, desejo, raiva, orgulho, coragem, disposição, aceitação, razão, amor e amor incondicional.

O Mapa da consciência (David R. Hawkins)

No momento de experiências catastróficas agudas, a vida abruptamente se transforma em um pesadelo e a pessoa, de repente, é saturada por uma tempestade emocional. Entretanto, técnicas estão disponíveis para lidar com esses eventos agudos, para reduzir suas durações, aliviar a dor e o sofrimento e diminuir o estresse ao mínimo.

Todas essas experiências liberam uma tempestade de sentimentos negativos, como choque, descrença, negação, raiva, culpa, tensão, autocrítica, ressentimento, ser desfeito e ser abandonado, raiva de Deus e de si mesmo, autopiedade, raiva do mundo e da família.

Todas essas emoções negativas se manifestam ao mesmo tempo, as vezes em sequência, as vezes combinadas, mas, em geral, existe uma grande saturação de emoções negativas de separação, perda e intensidade que todas as experiências tem em comum.

O sequenciamento dessas emoções varia de experiência para experiência e de pessoa para pessoa. O importante é que liberam tudo que está no fundo do mapa da consciência. Todo o campo negativo é liberado em uma emergência gigante. O problema é realmente o de ser desorganizado pela liberação maciça de energias.

A mente tenta usar a razão para lidar com essas energias; tenta pensar como sair do dilema e busca por explicações e razões. A mente não pode ter sucesso nisso, pois a saturação do campo de energia é tamanha que os pensamentos se tornam reflexos da negatividade do campo; assim sendo, os próprios pensamentos se tornam negativos.

Nós sabemos que anos depois as pessoas continuam tendo ressentimentos e raiva e ainda estão presas em algum aspecto daquele campo de energia, pois os eventos nunca foram verdadeiramente resolvidos. A pessoa não tinha disposição em sentar e resolvê-los até o final. As pessoas não se dispõem a fazer isso por causa da dor envolvida e porque não sabem quais técnicas usar.

Toda vez que tentam, novamente tentam mudar os eventos no mundo e controlar os pensamentos. O intelecto e a mente tentam compreender, e a pessoa chega ao mesmo impasse. Por não ter uma ferramenta efetiva para lidar com os eventos, o trabalho permanece incompleto.

O que acontece com o trabalho incompleto e com as emoções que não foram liberadas? Aquilo que foi deixado incompleto começa a se expressar em comportamentos emocionais e também no corpo em forma de doenças.

Uma coisa foi resolvida quando nos sentimos em paz e completos com relação a ela. Elas não recorrem mais nem trazem dor quando pensamos sobre isso; nos sentimos satisfeitos.

Como Se Curar De Grandes Tragédias

Em momentos e minutos, podemos lidar com algo que duraria semanas, meses, anos e, na verdade, até vidas inteiras. Podemos lidar em uma hora com algo que outras pessoas não puderam lidar ao longo de uma vida inteira. Sabemos de pessoas que passaram por esses catastróficos no começo da vida e quando as vemos em idade avançada, ainda não superaram o assunto.

Ressentimento, amargor, raiva, desilusão, ira e todas as grandes decisões que surgem desses sentimentos negativos ainda estão com a pessoa mesmo cinquenta anos depois. É como se o evento tivesse acontecido ontem; ainda está ferido e aberto e conhecimento de como lidar com a saturação não esteve disponível para elas.

É surpreendente que a única coisa que deve ser lidada nesses eventos catastróficos agudos é a energia das emoções em si. Se olharmos para a experiência, veremos que não é o evento que aconteceu ou que pensamos que aconteceu no mundo que é o problema, mas a maneira como nos sentimos com relação ao evento.

Quem liga para os fatos? Não significam nada por si sós. O significado está na reação emocional que se tem do fato. O fato é apenas um fato, um “nada”. Como nos sentimos com relação ao fato, é, portanto, a única coisa que sempre temos que realmente lidar sobre os eventos da vida. Em um estado de saturação, o problema é apenas como lidar com a energia emocional em si.

O pensamento que o evento é o problema está apenas surgindo do campo de energia de emoções negativas em que os eventos parecem catastróficos, sem resolução, insuportáveis e insuperáveis. Quando a pessoa atravessa o assunto, a vida se ajusta. Alguma outra coisa aparece para preencher o vácuo e a vida simplesmente continua. Esses assuntos tornam simples de se resolver quando as emoções deixar de ser obstáculos.

Assim sendo, o problema não é resolver o evento “lá fora” ou a circunstâncias da vida, pois eles vão cuidar de si mesmos. O problema é lidar com as energias que surgem.

Quando um desses grandes campos de energia negativa começa a se desencadear, tende a puxar outros consigo. Todas essas energias negativas normalmente se desencadeiam ao mesmo tempo e, de momento a momento, uma ou outra pode ser a dominante. Ao mesmo tempo, a mente está se debatendo descontroladamente, tentando encontrar explicações, tentando solucionar e é atolada pelo fluxo de energia. O problema é que a energia é simplesmente demais para a mente processar.

Os problemas não são resolvidos no nível que parecem estar ocorrendo, mas no próxima nível de energia maior. Maior energia significa maior poder. Quando lidados com o nível maior, são resolvidos automaticamente, o que não é possível nos níveis inferiores. Tudo o que precisamos lidar são as energias da saturação emocional.

Uma técnica muito efetiva de se usar é ignorar os pensamentos porque a mente nunca irá compreendê-los, já que não possui a capacidade para isso. A mente está em estado de saturação maciça.

Os assuntos são extraordinariamente complexos e levaria uma vida inteira para desvendá-los se a pessoas quisesse verdadeiramente saber o completo significado da contribuição da cada nível do seu eu psicológico para com o significado total das experiências. Isso não é algo necessário, e é muito bom que não se faça. A pessoa só precisa entrar no sentimento em si.

Será benéfico se a pessoa conseguir aceitar o fato de que não é necessário fazer nada sobre os eventos externos, ou mesmo compreendê-los. A pessoas não consegue fazer qualquer progresso olhando os pensamentos, pois são infinitos.

É como um tanque de gás pressurizado que está buscando se libertar. Essa energia esteve se acumulando por uma vida toda e agora tem um caminho de saida. O evento que aconteceu na vida abriu as eclusas, as comportas, os portais e agora esse tanque de energia emocional reprimida e suprimida está usando essa oportunidade para escapar.

A experiência pode ser encurtada se a pessoa aceitar o fato de que não pode escapar dela. Tentar escapar só prolongará a experiência. A mente tentará criar maneiras pra escapar da energia emocional como se isso fosse reduzir a dor; na verdade a dor vem por resistir a experiência. Para lidar com isso, basta se sentar e desapegar de toda resistência, em vez disso, escolhendo estar com a experiência. Quanto mais rápido se abre a experiência, mais rápido a experiência terminará. Toda essa coisa pode ser liberada em vez de permitir que se arresta indefinida e agonizantemente por horas, dias, semanas, meses, anos ou até um vida toda.

Se essas pessoas parassem tudo e usassem o mesmo método de desapego de resistir, simplesmente abrindo as portas e acolhendo a experiência “Na verdade, quero mais disso”, mais daquela energia da experiência e se ignorarem o que se passa na cabeça, ignorar os pensamentos, mas permitir a experiência da energia – a mente dirá “Bem, estou experienciando tristeza”. Esse é um rótulo, então vamos dizer que todos os pensamentos são rótulos e não possuem realidade. É preferível diminuir a forma do campo de energia e parar de rotulá-lo como qualquer coisa.

Há muitos anos passei por tal experiência e instantaneamente comecei a desapegar da resistência ao experienciar. Constantemente cancelava os pensamentos. O problema é a emocionalidade aguda e catastrófica, então a pessoa só tem que estar com ela. A técnica é de se permitir experienciar a energia. Na verdade, para passar o mais rápido possível, apenas peça mais! Diga para você mesmo “Quero mais disso. Quero mais disso”

Podemos eventualmente ver que essa é uma grande oportunidade. A causa de toda dor e sofrimento é acúmulo desse campo de energia comprimido, e os eventos da vida nos dão uma desculpa. Essas desculpas abrem os portões para que a gente se permita sentir um pouco disso.

Por exemplo, alguém que bata no para choques do nosso carro. Toda a raiva suprimida que tem se acumulando ao longo de nossa vida tem uma desculpa para vazar. Os eventos na vida são as desculpas para desapegarmos da energia comprimida. É como se os eventos em nossa vida fossem quase como válvulas de segurança ou de liberação, providenciando uma maneira de descomprimir a energia nesse tanque.

A técnica é de descompressão, olhar para a energia conforme está sendo experienciada. Não temos que lidar com os pensamentos ou com os problemas que a mente cria ao redor desse eventos em particular.

O que realmente queremos mudar na experiência? Veremos que o que queremos fazer é mudar como nos sentimos em relação a ela. O que podermos saber é que o sentimento vai e vem. O evento não nos incomodará depois que o estado sentimental passar. Tudo o que precisamos experienciar é o sentimento agudo da energia da emoção. Os eventos vão cuidar de si mesmo.

O desejo de mudar o que aconteceu e como nos sentimos sobre isso deve ser rendido. O confronto está alí e tudo o que podemos fazer é dizer “sim” para experienciar passar por isso, não importa qual a natureza, pode ser a morte de uma pessoa amada, divórcio, separação, uma emergência aguda etc.

Quando olhamos para isso dessa perspectiva, não é mais uma saturação tão grande. A única coisa que sempre teremos que lidar é a mesma energia, o sentir sutil e interno, e desapegar de resisti-la. Depois de fazer isso por alguns minutos ou talvez até uma hora (depende do quão proeficiente a pessoa é, algumas pessoas entendem de primeira e algumas precisam de um pouco de prática) a pessoa descobre onde está e não tem mais que lidar ou experimentar essas emoções como tal.

Uma pessoa que está familizarizada com isso sentirá a energia comprimida e começara a liberá-la sem esperar pela mente criar uma desculpa que justifique.

É util se tornar consciente disso, para cortar a confusão e chegar diretamente ao ponto essencial do que é efetivo. Lidar com os pensamentos e eventos com toda a racionalização, lógica, soluções e lidar com as sondagens de significados psicologicos é um entretenimento, mas completamente inefetivo. Isso é um desperdício de tempo e de energia e realmente atrasa a recuperação. A mente realmente não ajuda em nada nessa experiência. Isso é porque a mente olha na direção errada e diz “Se apenas eu pudesse mudar as circunstâncias dos eventos lá fora, me sentiria bem”.

Para ser efetivo, a pessoa deve dar pouca atenção a mente, pois a mente, na realidade, não tem a solução do problema. A mente diz “Se a gente conseguisse mudar as circunstâncias externas…” É aqui que a experiencia das pessoas com a oração frequentemente aparece. Sem saber pelo que orar, podem sair da oração com amargura, pois estavam orando na direção errada. Muito frequentemente, a oração vai na direção de “Por favor, desfaça isso, traga felicidade de novo para minha vida. Por favor traga meu polegar de volta, por favor, mude o que está acontecendo lá fora”. A oração nessa direção será muito provavelmente inefetiva, pois essa forma de oração é como “Querido Deus, me deixe ser 30cm mais alto”. O problema é de Deus ou o problema é a falta de compreensão sobre como orar?

Nesse momento, a oração pode ser “Por favor, esteja comigo, mostre-me como render e lidar com essa experiência” e pedir pela consciência da Presença de Deus. Nós estariamos pedindo a Deus para viver a experiência em vez de nós. Curiosamente, conforme continuamos a render o experienciar da experiência, conforme desapegamos de resistir e de rotular, estamos progressivamente nos rendendo.

Temos de recusar a atração de prestar atenção ao pensamento e “fazer algo” lá fora para tentar mudar a situação. Então, surge a disposição em render os rótulos que fazem a energia emocional tomar forma. A rendição total a energia em si nos leva a um estado interior, a medida que nos aprofundamos no render de que algo está experienciando, e que algo está lidando com o experienciar da experiência por nós. É como se o “eu” pessoal se retirasse a partir dai, e tudo o que podemos dizer é que a energia está sendo gerenciada.

Então, surge a surpreendente compreensão de que, pra começar, a pessoa nunca esteve lidando com a situação, era algum tipo de ilusão que estava se projetando na experiência, dando forma a ela e se identificando com o que causava dor. A dor vem da resistência e da insistência de que o eu pessoa e todos os seus aspectos precisam gerenciar a situação, e de que o eu precisa fazer algo sobre a experiência “lá fora” – processar alguém, mudar a casa ou se mudar para outro lugar.

E como se rende tudo isso? A pessoa rende o desejo de querer controlar ou mudar a situação. Ela se rende para a experiência interior e eventualmente a vê como um grande presente, mas só quando passa e sai do outro lado da experiência.

Essa técnica pode ser feita com qualquer emoção. A pessoa entra na emoção, ultrapassa a emoção e para de chamá-la de qualquer nome. A pessoa entra em contato com a energia genérica do que está surgindo. Parece surgir exatamente pelo plexo solar ou estar em todo lugar. A pessoa vai exatamente onde a experiência está sendo experienciada.

O que acontece se continuarmos a desapegar dessa energia? O que acontece se a acolhermos? E se dissermos “Que grande oportunidade para descomprimir tudo isso?” Qual será a experiência? Será relativamente curta comparada ao que seria num estado normal de consciência. De repente, o campo de energia para.

O aspecto essencial do benefício espiritual vem de correr diretamente em direção a essa experiência. Existe um ditado Zen que diz “Continue em frente, não importa o que aconteça”, então, quando essa experiência catastrófica acontece é benéfico se centrar no núcleo dela, dizer “sim” a ela e experienciá-la por completo.

Crises são grandes oportunidades de ascenção espiritual

Para aqueles que estão alinhados conscientemente com a prática espiritual em suas vidas: qual sua impressão sobre a prática espiritual? O que você acha da prática espiritual?

A prática espiritual é imaginada sendo o estudo de uma escritura, olhar a imagem de um guru e cantar canções. Então, uma catástrofe aguda ocorre e a prática espiritual é esquecida.

É como se não vissemos de verdade a essência da prática espiritual. Não vemos que a prática espiritual traz essas crises agudas e que são oportunidades. É aqui que a prática espiritual acontece. As outras eram preparações, coleta de informação e de experiência, decisão de direcionamento e acumulo de conhecimento espiritual. De repente, aparece o momento da verdade, a hora de praticar.

Existem pessoas que estão em práticas espirituais ou circulos metafísicos há anos e nada muda em suas vidas. Mantêm as mesmas doenças e problemas, suas vidas pessoais continuam iguais. Não tiveram quaisquer experiências da verdade interior que tanto ouvem. Por que isso acontece? Quando a vida traz a oportunidade de ouro é o momento de fazer o conhecimento espiritual se tornar real. É o momento da transformação, de dar o salto da consciência. Esses momentos são preciosos.

As catástrofes agudas são os momentos que fazemos grandes saltos, quando as encaramos diretamente e fixamente e dizaemos “Eu não vou me desviar da prática espiritual”. Nessa situação somos verdadeiramente confrontados com a prática espiritual real. Isso não é ler algumas frases que soam agradáveis em um livro ou olhar para uma imagem alegre. Na verdade estamos bem no meio da crise, no núcleo do problema. O núcleo da prática espiritual acontece quando somos confrontados com aquilo que não podemos evitar. É esse confronto direto que requer um salto de consciência.

Essas são as oportunidades valiosas que não tem preço se as enxergarmos assim, se estivermos disposto a estar com elas e dizer “OK”. A disposição em estar com elas, não importa quão doloroso isso possa ser, permite um salto de consciência gigante, um real avanço em sabedoria, conhecimento e consciência.

Existe algo abaixo da emocionalidade que está experienciando essa energia para uma pessoa. Isso está literalmente sendo lidado por algo muito maior do que o eu pessoal da pessoa. Se apenas o eu pessoa menor estivesse presente, a pessoa seria totalmente paralisada e destruida pela liberação das energias durantes essas experiencias. A pessoa sobrevive a essas experiencias, pois existe algo maior do que o eu pessoal, que é mais do que capaz de lidar com essas energias.

O que é a experiência interior de alcançar o fundo do poço? Ela surge do sentimento da desesperança e do desespero; o eu menor da pessoa dizendo “Eu, sozinho, não consigo lidar com isso”. A pessoa se rende por falta de esperança e disso surge a disposição em desapegar para se render a algo maio do que si mesmo. No fundo do poço, no momento mais baixo, a pessoa compreende e aceita a verdade de que “Eu, sozinho, do meu próprio eu pessoal individual, do meu próprio ego, não consigo lidar com isso. Não consigo resolver a situação”. É dessa derrota que o sucesso e a vitória surgem. A fênix surge das cinzas do desespero e da falta de esperança. Não é o desespero e a falta de esperança que tem valor, mas o desapego e a compreensão das limitações do eu menor. No meio da catástrofe a pessoa diz “Eu desisto. Não consigo lidar com isso” e pode consciente ou inconscientemente pedir ajuda a Deus. Quando a pessoa diz “Se existe um Deus, peço que me ajude”, daí acontecem as grandes experiências transformadoras que foram registradas ao longo da história desde seu início”.

Obviamente que desapegar e atingir o fundo do poço são cruciais. É da consciência de que não podemos mudar as coisas e de que somos limitados e impotentes que descobrimos o que tem poder no universo. Esse poder surge e lida com a experiência e nós sabemos quando isso aconteceu por causa do profundo estado de paz que se segue.

Existe uma técnica meditativa e contemplativa que pode ser usada para trazer o mesmo resultado. É o processo de desapegar constantemente do desejo de querer controlar a experiência, assim como o próprio experiênciar. Disso nasce a súbita compreensão de que a observação está sendo cuidada por algum aspecto infinito da consciência (o Eu maior). Isso poderia ter sido suspeitado no passado, mas não verdadeiramente compreendido. Após essa compreensão, a consciência da Presença ocorre mais frequentemente,

Dessa compreensão surge uma disposição ainda maior de se apoiar nessa Presença interior, com cada vez menos confiança no eu menor. A pessoa, então, olha menos frequentemente para o eu menor para lidar com os problemas da vida, conforme existe uma disposição maior em se render para o seu Eu maior. A progressiva perda de identificação com o eu menor e crescente identificação com a Presença, em conjunto com a disposição em entregar a vida e todos os seus aspectos para a vontade de Deus, se tornam o centro do exercício e experiência espiritual da pessoa.

Há uma disposição em se render e desapegar de querer mudar o que aconteceu “lá fora”. Existe o desapegar do querer controlar pensando no assunto e tentando lidar com o assunto usando o intelecto e as emoções. Existe a disposição em se render para a essência da experiência sem chamá-la de nada, sem rotulá-la, sem dar nomes. Há a disposição de lidar com o campo de energia do assunto e ir diretamente para a experiência interna. A rendição a experiência interior é a porta aberta para a experiência de algo maior do que o pequeno eu pessoal.

Conforme crescemos na espiritualidade e nos tornamos educados espiritualmente, precisamos de cada vez menos para despertar a disposição de encarar a experiência interior. Pode ser dito que o fundo do poço da pessoa se torna progressivamente mais raso. A pessoa não precisa mais ter que passar por dor agonizante antes de estar disposta a desapegar e se render. Cada vez mais surge uma disposição de se fazer isso diariamente para que se torne parte do estilo de vida da pessoa, com uma constante observação em como se está tentando controlar as coisas, tentando mudar a vontade de Deus ou como vai tentar mudar ou controlar. Mais frequentemente do que antes, agora existe a disposição de se render totalmente em grande profundidade e, então, se percebe que a rendição acontece em profundidades diferentes.

Na vida cotidiana, nos rendemos um pouquinho. Sob grande pressão, estamos dispostos a render mais e compreendemos que não temos que nos colocar sob grandes pressões catastróficas para que possamos nos render em grande profundidade. A transformação da personalidade, toda a mudança no posicionamento espiritual da pessoa, tradicionalmente surge de se render em grande profundidade. O que significa se render em grande profundidade? Tornamo-nos dispostos a estar com a vida em todas as expressões. Não é o eu pessoal que tem que lidar com o que surge na vida. A Presença Infinita que está sempre conosco é mais poderosa do que a vontade humana e o ego humano. O eu traz dor e sofrimento; o Eu irradia cura e paz..

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