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Zorba, o Buda (A União da Matéria e da Alma)

Tempo de leitura: 7 min

Escrito por Davi Klein
em outubro 18, 2021

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O termo Zorba, o Buda foi criado por Osho, se referindo ao surgimento de um novo tipo de humanidade, capaz de desfrutar tanto os prazeres da Terra, como Zorba o Grego, quanto o silêncio de Gautama Buda.

Não se pode viver apenas como corpo. É o que Jesus quis dizer quando diz “O homem não pode viver só de pão”, mas isso é só metade da verdade. Não se pode viver apenas como consciência, da mesma forma que não se pode viver sem pão. O homem tem duas dimensões de seu ser, e ambas têm de ser cumpridas, dadas as mesmas oportunidades de crescimento.

Zorba o buda é a resposta. É a síntese da matéria e da alma. É uma declaração de que não há conflito entre matéria e consciência, de que é possível ser rico nos dois lados.

O homem pode ter tudo que o mundo pode oferecer, que a ciência e a tecnologia podem produzir, além de ainda poder ter tudo que Um Buda, um Kabir, um Nanak encontraram em seu ser interior: as flores do êxtase, a fragrância da piedade, as asas da liberdade suprema. Zorba, o Buda é o novo homem, o rebelde.

Sua rebeldia consiste em destruir a esquizofrenia do homem, destruir a capacidade de divisão – a espiritualidade versus o materialismo e o materialismo versus a espiritualidade. É um manifesto para que o corpo e a alma permaneçam juntos.

O homem pode ter ambos os mundos ao mesmo tempo. Não precisa renunciar a este mundo para ter o outro, nem tem que negar o segundo para desfrutar do primeiro.

Zorba, o Buda, é a possibilidade mais rica. Ele vai viver sua natureza ao máximo e vai cantar músicas desta Terra. Não vai trair nem a Terra e nem o céu. Vai reivindicar não só tudo o que esta Terra oferece – todas as flores, todos os prazeres -, mas também todas as estrelas do céu. Vai reivindicar toda a existência como sua morada.

Tudo o que está contido no mundo é para os homens, e eles têm que usá-lo de todas as maneiras possíveis, sem qualquer culpa, sem qualquer conflito, sem qualquer escolha. Desfrutar, sem escolher, de tudo que se é capaz de desfrutar com a matéria e se alegrar com tudo que se é capaz de alegrar-se com a consciência.

Buda pode contribuir com consciência, clareza, olhos para ver além, olhos para ver o que é praticamente invisível. Zorba pode dar todo o seu ser para a visão de Buda e contribuir para que esta não permaneça somente como uma visão seca, mas que se transforme em um modo de vida que prime pela dança, pela alegria e pelo êxtase.

A vida de Zorba como um todo é uma vida de prazer físico simples, mas sem qualquer ansiedade, sem qualquer culpa, sem qualquer aborrecimento no que diz respeito a pecado e virtude. Zorba representa a Terra. Buda representa o Céu. O Céu sem a Terra ficará vazio. O Céu não pode rir sem a Terra. A Terra sem o Céu. Com os dois juntos, uma dança passa a existir. A terra e o céu estão dançando juntos… e há risadas, há alegria, há celebrações.

Pode-se dividir a humanidade do passado em espiritualistas e materialistas. No entanto, ninguém se preocupa em olhar para a realidade do homem. O homem é tanto espirito quanto matéria. Não é nem espiritualidade, uma vez que não é apenas consciência, nem apenas matéria. O homem é uma grande harmonia entre matéria e consciência.

Ou, talvez, matéria e consciência não sejam duas coisas, mas tão somente dois aspectos de uma única realidade: a matéria é a parte externa da consciência e a consciência é a parte externa da matéria.

Visualize uma vida do tipo Zorba, o grego – comer, beber, divertimento, sensualidade, paixão… Às vezes podemos pensar que este é o caminho… Outras vezes podemos pensar que o caminho é sentar silenciosamente, atento, imóvel, como um monge.

Então, surge a dúvida: o que devemos ser – Zorbas ou monges? Será que podemos ser ambos? Zorbas, movidos pela paixão e pelos desejos, e Budas, desapaixonados, calmos e tranqüilos? Esta é a síntese suprema. Quando o Zorba se torna um Buda.

Zorba é lindo, mas alguma coisa está faltando. A terra é dele, mas o céu está faltando. Ele é da terra, tem raízes como um cedro gigante, mas ele não tem asas. Ele não pode voar pelo céu. Ele tem raízes, mas não tem asas. Comer, beber e se divertir, em si, é perfeitamente bom – não há nada de errado nisso. Mas não é suficiente. Breve você se cansará disso.

Você não pode continuar indefinidamente apenas comendo, bebendo e se divertindo. Breve o sonho se torna monotonia – porque é repetitivo. Apenas uma mente muito medíocre pode continuar indefinidamente feliz com isso. Se você tem inteligência, mais cedo ou mais tarde descobrirá a absoluta futilidade de tudo isso. Por quanto tempo você pode continuar comendo, bebendo, se divertindo. Mais cedo ou mais tarde a pergunta fatalmente surgirá: qual é o sentido de tudo isso

O próprio Buda foi um Zorba. Ele teve todas as mais lindas mulheres que havia no seu país. Seu pai providenciou para que todas as lindas garotas estivessem à sua volta. Ele teve os mais belos palácios – diferentes palácios para as diferentes estações. Ele teve todo o luxo possível, pelo menos o que era possível naquela época. Ele viveu a vida de Zorba, o Grego, por isso, quando tinha apenas vinte e nove anos, ficou absolutamente frustrado.

Ele era um homem muito inteligente. Se tivesse sido um homem medíocre, ele teria continuado a viver assim. Mas em pouco tempo ele se deu conta que isso é repetitivo, é sempre a mesma coisa. Todos os dias você come, todos os dias você faz amor… Mas por quanto tempo? Em pouco tempo ele estava farto disso.

Ele fugiu do palácio, das mulheres, da riqueza, do luxo, de tudo mais…Assim, não sou contra Zorba, o Grego, porque Zorba, o Grego é a própria origem de Zorba, o Buda. Buda surge a partir dessa experiência. Assim sou totalmente a favor deste mundo, porque se que o outro mundo só pode ser experimentado através deste mundo.

Viva neste mundo, porque este mundo proporciona um certo amadurecimento, uma certa maturidade, integridade. Os desafios deste mundo lhe dão centramento, consciência. E essa consciência se torna a escada. Então, você pode mover-se de Zorba para Buda.

Primeiro torne-se um Zorba, uma flor desta terra, ganhando através disso a capacidade de se tornar um Buda – a flor do outro mundo. O outro mundo não está distante deste mundo; o outro mundo não é contra este mundo. O outro mundo está oculto neste. Este é apenas uma manifestação do outro, e o outro é a parte não-manifesta deste.

Mas é preciso lembrá-lo a respeito da vida do Buda. Até os seus vinte nove anos, ele era um puro Zorba. Ele tinha disponível, às dúzias, as melhores garotas de seu reino. Todo o seu palácio era cheio de música e dança. Ele tinha as melhores comidas, as melhores roupas, belos palácios para viver, jardins fantásticos. Ele vivia mais profundamente que o pobre Zorba o Grego.

Ele ficou enfastiado daquilo. Ele experimentou todas as alegrias do lado de fora, agora ele queria algo mais, algo mais profundo, que não estava disponível no mundo exterior. Para ir ao mais profundo você tem que se lançar para dentro de si. Com a idade de vinte e nove anos ele deixou o palácio à noite em busca do interior. Era o Zorba partindo em busca do Buda. 

 Se eu tivesse que escrever a vida de Goutama Buda, eu começaria do Zorba. E quando ele já conhece completamente o mundo exterior e tudo o que ele pode dar e descobre que ali está faltando sentido, ele parte em busca – porque ir para dentro era a única direção que ele não tinha olhado. Ele nunca olhou para trás – não havia motivo para ele olhar para trás, ele já tinha vivido tudo aquilo.

E ele não era um buscador religioso que desconhecia o mundo exterior, de modo algum. Ele era um Zorba – ele foi para dentro de si com a mesma vivacidade, com a mesma força, com o mesmo poder. E, obviamente, ele descobriu em seu ser mais interno o contentamento, o preenchimento, o sentido, a benção que ele estava procurando. 

Livrar-se do mundo externo não acontece através do escapismo. A libertação do mundo externo chega, quando se vive esse mundo totalmente, até já não mais haver para onde ir. Resta então apenas uma dimensão e é natural que você queira buscar internamente essa dimensão remanescente. E ali está o seu buda, a sua iluminação

No seu livro Engenharia Interior, o místico yogi Sadhguru diz:

Há duas forças básicas dentro de você. A maioria das pessoas as vê como estando em conflito. Uma é o instinto de autopreservação, que o obriga a construir muros ao seu redor para se proteger.

A outra é o constante desejo de se expandir, de se tornar ilimitado. Esses dois anseios – preservar e expandir, não são forças opostas. Estão relacionados a dois aspectos diferentes de sua vida. Uma força o ajuda a se enraizar bem neste planeta, a outra o leva além. A autopreservação precisa ser limitada ao corpo físico.

Todas as batalhas do “material versus espiritual” da humanidade nascem dessa ignorância.

Sadhguru

Temos que parar de separar a matéria do espírito, a realidade é uma só! Esteja com um pé nesse mundo e o outro na sua essência!

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