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Como a Pornografia Está Destruindo Sua Vida (Livro “Your Brain on Porn”)

Tempo de leitura: 37 min

Escrito por Davi Klein
em julho 23, 2021

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O livro “Your Brain on Porn” de Gary WIlson, explica o motivo da pornografia ser uma ameaça a nossa saúde e bem estar mental, sendo embasado em várias pesquisas científicas e relatos pessoais de usuários de pornografia que tiveram suas vidas praticamente destruídas pelo consumo crônico de pornografia. Este livro serve como um alerta para o quão radicalmente a pornografia altera o cérebro e distorce a sexualidade.

Gary Wilson, já no começo do livro, diz o seguinte:

A pornografia representa uma ameaça significativa ao bem-estar emocional de seus usuários e seria irresponsável não reconhecer essa ameaça como real e urgente.

Gary Wilson

O que eu achei mais incrível nesse livro são os relatos de ex usuários e como eles conseguiram largar esse vício (sim, o vício em pornografia e real, comprovado e mais comum do que você possa imaginar – como veremos mais adiante) e transformar suas vidas, simplesmente ao desistirem e parando de consumir pornografia (que quando consumida cronicamente, em excesso, provoca reais alterações no cérebro da pessoa, levando a uma série de consequências negativas – principalmente em uma área importante do cérebro chamada de “Sistema/circuito de recompensa”.

As pessoas precisam saber que o equilíbrio do circuito de recompensa é indispensável para uma vida de bem-estar emocional, físico e mental devido ao seu poder de moldar as nossas percepções e escolhas sem nossa percepção consciente.

Uma vez que começamos a pensar claramente sobre a neuroplasticidade (capacidade do cérebro de modificar sua estrutura e função em decorrência dos padrões de experiência a qual somos expostos) somos inevitavelmente atraídos para a questão do que realmente queremos da vida – o que consideramos ser uma vida boa e saudável.

Cada um de nós deve responder a essa questão por si mesmo. Mas somos mais capazes de fazer isso quando compreendemos as ameaças que algumas substâncias e comportamentos representam à nossa capacidade de viver a vida que queremos.

É indispensável, portanto, investigarmos os efeitos negativos que a pornografia pode estar nos causando, principalmente nessa era da internet, onde tudo é de fácil acesso, com a distância de apenas 1 clique.

Como tudo começou

Por volta de 2008/2009, começaram a surgir na internet pessoas que estavam surtando porque tinham disfunção erétil, mas, ao mesmo tempo, ainda conseguiam obter uma ereção sólida em vários graus de pornografia extrema e masturbação.

O estranho foi que em alguns casos, milhares de pessoas responderam a essas postagens do fórum, dizendo que estavam tendo exatamente os mesmos sintomas.

As pessoas começaram a perceber que a causa de tais sintomas eram derivados do consumo excessivo de pornografia – eles haviam se dessensibilizado para mulheres reais, buscando, ao invés disso, gêneros cada vez mais extremos de pornografia e se masturbando compulsivamente [de forma que nenhuma vagina de mulher poderia corresponder a tal estimulação.

A partir disso, tais usuário elaboraram uma hipótese de que se parassem de assistir pornografia e de se masturbar por um período significativo de tempo, esta dessensibilização poderia ser invertida.

O resultado foi surpreendente: Ao desistirem da pornografia, isso ajudou a reverter a disfunção erétil desses caras. Porém, não foi só isso: eles começaram a relatar outras mudanças positivas também: depressão e ansiedade social indo embora, aumento da confiança, sentimento de realização e de estar no topo do mundo.

Como a Internet de Alta Velocidade Mudou Nossa Relação com a Pornografia

Em 2006, a internet de alta velocidade deu origem a uma nova criatura: compilações de filmes pornôs dos minutos mais quentes de uma fonte interminável de streaming de hardcore vídeos. Eles são chamados de “sites tubes” porque transmitem como vídeos do YouTube. O mundo da pornografia nunca mais foi o mesmo

A chegada da internet de conexão rápida mudou totalmente a forma como as pessoas consumem materiais pornográficos:

Antes, esse tipo de material era consumido por meio de revistas: o uso da pornografia era somente em algumas vezes por semana e você podia, basicamente, regulá-lo porque não era realmente tão “especial”.

Um dos relatos apresentados nesse livro diz o seguinte a respeito dessa mudança:

Mas quando entrei no mundo obscuro da pornografia na internet, meu cérebro encontrou algo que só queria mais e mais. Eu estava fora de controle em menos de 6 meses. Anos de revistas: sem problemas. Alguns meses de pornografia online: viciado

Um outro relato, sobre como a pornografia online dos sites “tubes” pode ser viciante, diz o seguinte:

Os sites de “tube” principalmente os grandes, são o crack da internet pornográfica. Há muito disso e muito conteúdo novo todos os dias, a cada hora, a cada 10 minutos – eu sempre conseguia encontrar novidades constantes e estimulação.

Agora com a internet de alta velocidade, mesmo para smartphones, isso me fez assistir continuamente mais e mais e em resolução cada vez mais alta. Isto, às vezes, se torna um caso de um dia inteiro procurando o vídeo perfeito para terminar. Porém, isso nunca, jamais satisfaz. ‘Preciso de mais’ o cérebro sempre diz … que mentira.

Nas profundezas das partes primitivas do cérebro, navegar em sites pornográficos é muito valioso por causa de toda a novidade sexual que esses sites apresentam – sendo esse um dos motivos que tornam a pornografia algo tão viciante – ela é uma fonte de novidades inesgotável.

Novidades, Novidades…

O que acontece quando você joga um rato macho em uma gaiola com uma fêmea receptiva? Primeiro, você vê uma grande agitação sexual. Então, progressivamente, o macho vai se cansando daquela fêmea em particular. Mesmo se ela quiser mais, ele já teve o suficiente.

No entanto, substitua a fêmea original por uma nova, e o macho imediatamente revive e corajosamente luta para fertilizá-la. Você pode repetir esse processo colocando novas fêmeas até que ele esteja completamente exausto.

Foi observado que circuito do cérebro do rato começa a liberar cada vez menos dopamina com aquele fêmea em particular, mas volta a produzir uma incrível quantidade de dopamina quando uma nova fêmea surge – tal fenômeno foi chamado de Efeito Coolidge -uma resposta automática de liberação de dopamina frente a novos parceiros sexuais.

Essa poderosa resposta automática à novidade erótica é o início do caminho para se tornar viciado em pornografia na Internet. Como aquele rato de laboratório, você tem o mesmo mecanismo primitivo em seu cérebro que o incentiva a fertilizar novas fêmeas (no caso da pornografia, uma infinidade de fêmeas virtuais).

Uma pesquisa feita por pesquisadores australianos demonstram esse fenômeno em ação. Eles exibiram o mesmo filme erótico repetidamente. O que aconteceu foi que os pênis dos sujeitos de teste e relatórios subjetivos revelaram um diminuição progressiva na excitação sexual. A habituação indica diminuição da dopamina. Porém, os pesquisadores introduziram um novo romance erótico na tentativa 19-20 exibições e bingo – ocorreu uma enorme liberação de dopamina (veja a imagem a seguir).

A pornografia na Internet é especialmente atraente para os circuitos de recompensa porque a novidade é sempre a apenas um clique de distância.

E os sites pornográficos mais populares – os chamados sites “tubes” incorporam essa busca pela novidade em seu layout. Cada página apresenta dezenas de diferentes clipes e gêneros para escolher. Eles são cativantes precisamente porque eles oferecem o que parece ser uma novidade inesgotável.

Um dos relatos dentro contidos no livro “Your Brain on Porn” diz:

Sempre abri várias janelas no meu navegador, cada uma com muitos, muitos guias. A principal coisa que me desperta é a novidade. Novos rostos, novos corpos, novos ‘escolhas’. Raramente assisto uma cena pornográfica inteira e não consigo lembro quando vi um filme inteiro. Muito chato. Eu sempre quis coisas NOVAS.

Com várias guias abertas e clicando por horas, você pode “experimentar” mais novidades e parceiros sexuais a cada dez minutos do que seus ancestrais caçadores-coletores experimentaram em um tempo de vida. Claro que a realidade é diferente. Gary Wilson diz:

A pornografia apresenta riscos únicos, além de ser uma hiperestimulação. Primeiro, é fácil de acessar, disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, gratuito e privado. Em segundo lugar, a maioria dos usuários começa a assistir pornografia na puberdade, quando seus cérebros estão no pico de plasticidade e são mais vulneráveis ​​ao vício.

Por fim, há limites para o consumo de alimentos: capacidade estomacal e natural aversão que surge quando não podemos enfrentar mais uma mordida em alguma coisa. Em contraste, não há limites físicos para o consumo de pornografia na internet, exceto a necessidade de pausas para dormir e ir ao banheiro.

Um usuário pode se masturbar sem atingir o clímax para a pornografia por horas sem despertar sentimentos de saciedade ou aversão. O estimulo da pornografia parece uma promessa de prazer, mas lembre-se de que a mensagem de a dopamina não é “satisfação”- É “continue fazendo”

Mas, se você se superestimular cronicamente, seu cérebro pode começar a trabalhar contra você. Ele se protege contra o excesso de dopamina, diminuindo sua capacidade de resposta a ela, e você se sente cada vez menos satisfeito.

Isso diminuiu a sensibilidade à dopamina, o que leva alguns usuários a uma busca ainda mais determinada por estimulação, que, em por sua vez, impulsiona mudanças duradouras, alterações físicas reais do cérebro. A superstimulação leva a dessensibilização.

Mais dopamina, por favor

Os circuitos primitivos no cérebro governam emoções, impulsos e tomadas de decisão inconscientes. O desejo e a motivação para buscar sexo surge de um neuroquímico chamado dopamina.

A dopamina é a peça central de uma parte primitiva do cérebro conhecida como circuito de recompensa – local onde você sente desejos e prazeres e onde você fica viciado.

Este antigo circuito de recompensa o obriga a fazer coisas que aumentam suas chances de sobrevivência e também te incentiva a passar seus genes adiante.

No topo de nossa lista de recompensas humanas estão os alimentos, sexo, amor, amizade e novidade. Estes são chamados de “reforços naturais“, sendo o oposto das substâncias químicas viciantes (que podem sequestrar esse mesmo circuito).

O propósito evolutivo da dopamina é motivá-lo a fazer o que serve aos seus genes. Quanto maior o esguicho, mais você quer alguma coisa. Sem dopamina e você simplesmente a ignora. Bolo de chocolate e sorvete – uma grande explosão. Salada- nem tanto.

A estimulação sexual oferece a maior explosão natural de dopamina disponível para o seu circuito de recompensa.

Embora a dopamina seja às vezes referida como a “molécula do prazer” na verdade ela está relacionada com a busca e procura de prazer, não ao prazer em si. É a sua motivação para buscar prazer potencial ou objetivos de longo prazo.

Como explicou a psicóloga Susan Weinschenk:

A dopamina faz com que desejemos e procuremos No entanto, ‘a dopamina sistema é mais forte do que o sistema opióide. Buscamos mais do que estamos satisfeitos. … É mais provável que a busca nos mantenha vivos do que ficar sentados em um estupor de satisfação.”

Basicamente, a pornografia faz com que o seu cérebro fique superestimulado de dopamina. A dopamina incita a produção de uma molécula chamada DeltaFosB – que é uma peça chave em qualquer espécie de vício, responsável por produzir alterações físicas permanentes no seu cérebro.

Ter níveis elevados de dopamina no seu cérebro, por muito tempo, faz com que o seu cérebro reduza a sua sensibilidade a dopamina, para manter os níveis de neurotransmissores em equilíbrio. Isso tem muitas consequências: você se torna basicamente um zumbi e perde o prazer para as coisas simples da vida (como fazer exercícios, comer uma refeição gostosa, socializar) etc – a única coisa que passa a importar para você são suas sessões de pornografia e masturbação.

Pornografia: A ameaça invisível que ninguém nos alerta

Os estudos existentes descobriram que a frequência de visualização de pornografia se correlaciona com a depressão, ansiedade, estresse e (mau) funcionamento social, bem como menos satisfação sexual e nos relacionamentos e alteração nos gostos sexuais, pior qualidade de vida e saúde e problemas de intimidade na vida real.

Mas, até agora, os pesquisadores raramente, ou nunca, perguntam sobre outros fenômenos vistos regularmente nos fóruns, como motivação e confiança prejudicadas, brain fog (incapacidade de se concentrar), perda de atração por pessoas reais, disfunção sexual, consumo de materiais pornográficos cada vez mais extremos etc.

O uso frequente de pornografia vai nos prejudicando, sem sequer termos consciência disso! Achamos que é uma coisa inofensiva, que podemos assistir uma quantidade gigantesca de vídeos pornográficos e se envolver com masturbação compulsiva sem nenhum tipo de consequência… Por isso é uma coisa tão perigosa.

Além disso, muitas pessoas que possuem sintomas como ansiedade social, depressão, falta de motivação, apatia, falta de libido, desesperança. não percebem que a causa de tais sintomas pode ser o próprio consumo exagerado de pornografia.

Os profissionais de saúde sequer consideram que tais sintomas possam estar sendo causados pela pornografia – Eles simplesmente recomendam vários remédios para o tratamento de ansiedade, depressão, por exemplo, sem perceberem que a verdadeira causa desses sintomas é o vício em pornografia:

Em qualquer caso, as pessoas que usam muito pornografia desde a puberdade raramente fazem a conexão entre o uso de pornografia e sintomas como ansiedade, depressão ou ereções fracas até depois de parar de usar. Não importa o quão miseráveis ​​eles sejam, pornografia parece uma forma de se sentir bem – uma solução, em vez de uma fonte de problemas.

Enquanto isso, não faz sentido um pesquisador perguntar a essas pessoas se seu conteúdo pornográfico causou seus sintomas. Os usuários de pornografia não receberam nenhum motivo para considerar essa possibilidade. A sociedade já colocou seus problemas em pequenas caixas que fazem não levar em conta o uso de pornografia na Internet.

Os usuários de pornografia de hoje são regularmente diagnosticados com ansiedade social, baixa autoestima, problemas de concentração, falta de motivação, depressão, ansiedade e assim por diante (e o pior de tudo é que são prescritos com uma série de remédios para tratar tais sintomas, sem verem que a causa real é a pornografia.)

Infelizmente, devido à ampla ignorância sobre a base científica sobre o vício e perigos da pornografia, muitos provedores de saúde ainda assumem que o uso de pornografia na Internet não pode causar depressão severa, dificuldades de concentração, baixa motivação ou ansiedade.

Eles inadvertidamente diagnosticam usuários de pornografia na Internet como tendo desordens sem perguntar sobre seus hábitos na Internet (recomendando remédios pesados, como antidepressivos e ansiolíticos sem investigarem seus hábitos de internet nocivos).

Um dos relatos apresentados no livro diz:

Não acho que a sociedade saiba o que a pornografia na Internet realmente faz a um homem. A pornografia transforma um homem em um menino assustado. Eu era socialmente desajeitado, deprimido, não tinha motivação, não conseguia se concentrar, muito inseguro, tinha o tônus ​​muscular fraco, minha voz estava mais fraca e eu não tinha absolutamente nenhum controle sobre minha vida. Os homens vão ao médico recebendo prescrições de todos os tipos de remédios, quando na verdade muitas vezes se trata de pornografia e o que isso faz com o seu cérebro e corpo. Estou fora da pornografia agora e me sinto melhor do que me sentia em anos.”

Outro diz:

Como um homem com depressão genética, estar livre da pornografia fez mais por mim do que quaisquer drogas que já tive que tomar. É como se isso me deixasse mais alerta, atencioso e mais feliz do que Wellbutrin, Zoloft ou as outras drogas que eu consumia.

Outros relatos que aparecem nesse livro são impressionantes:

Eu estive considerado seriamente o suicídio ao longo da minha vida por causa desses problemas, mas fui capaz de lidar até descobrir que pornografia era o problema. 115 dias depois, finalmente me libertei de suas correntes. Ainda é difícil, mas eu sei que se eu não usar, poderei fazer sexo com minha linda namorada no próximo dia.”

Quando criança, eu era altamente atlético, inteligente e sociável. Eu sempre fui feliz e tinha um milhão de amigos. Tudo isso mudou por volta dos 11 anos, quando eu baixou KaZaA e progredi para quase todos os tipos de pornografia imagináveis (dominatrix, animal, amputado, etc.). Comecei a ter depressão severa e ansiedade. Os próximos 15 anos da minha vida foram completamente miseráveis. Eu era incrivelmente antissocial. Não falava com ninguém e me sentava sozinho na hora do almoço. Eu odiava a todos. Abandonei todos os esportes que praticava, embora fosse o melhor em todos deles. Minhas marcas despencaram para quase imperceptíveis…”

O vício em pornografia

Qual é o risco do vício em pornografia? Bem, é de conhecimento comum que substâncias que aumentam a dopamina, como álcool ou cocaína, podem criar vícios. Apesar disso, apenas em cerca de 10-15% dos humanos ou ratos que usam drogas viciantes (exceto nicotina) se tornam viciados. Isso significa que o resto de nós está a salvo do vício? Quando se trata de abuso de substâncias, talvez sim.

No entanto, quando se trata de acesso irrestrito a superestímulos de recompensas naturais, como junk food e pornografia, a resposta é não,

A razão pela qual versões altamente estimulantes de comida e excitação sexual podem ser viciantes- mesmo que não sejamos suscetíveis ao vício – é que nossos circuitos de recompensa evoluíram para nos conduzir à comida e ao sexo, não às drogas ou ao álcool. Atualmente, alimentos ricos em gordura/açúcar têm viciado muito mais pessoas em padrões destrutivos de comportamento do que drogas ilegais.

70% dos adultos americanos estão acima do peso, 37% são obesos. Não sabemos quantas pessoas estão sendo afetadas negativamente pela pornografia, dado o sigilo que cerca seu uso, mas os paralelos com as chamadas “junk foods” são altamente sugestivos e profundamente perturbadores.

Cerca de setenta estudos do cérebro em viciados em internet revelam a presença das mesmas alterações cerebrais observadas em viciados em substâncias. Se o uso da Internet em si é potencialmente viciante, então, obviamente, o uso de pornografia na Internet também é.

Um dos poucos estudos já realizados sobre os efeitos da pornografia no cérebro, publicado pelo JAMA Psychiatry Journal, em 2014, mostrou uma correlação entre o tempo de exposição a pornografia com a redução da massa cinzenta do circuito de recompensa, que é responsável pela motivação e tomada de decisão (maior tempo de exposição provocava a redução na massa cinzenta).

Além disso, as conexões neuronais entre o sistema de recompensa e o cérebro pré-frontal pioraram com o aumento do consumo de pornô. sendo o córtex pré frontal a sede da nossa força de vontade.

Uma coisa importantíssima que esse livro nos fala a respeito da natureza dos vícios é a de que os vícios não são apenas relacionados ao uso de substancias – eles também podem ser comportamentais (comportamentos gratificantes). Esse trecho do livro nos mostra o seguinte:

A nova definição ASAM deixa de equacionar vício com dependência apenas de substância, descrevendo que o vício também está relacionado a comportamentos gratificantes. … Esta definição diz que o vício tem a ver com o funcionamento e circuitos cerebrais e como a estrutura e função dos cérebros de pessoas com dependência diferem da estrutura e função dos cérebros de pessoas que não têm vício. … Comportamentos alimentares e sexuais e comportamentos de jogo podem ser associado à “busca patológica de recompensas” descrita nesta nova definição de vício.

A ideia de um vício não relacionado a substâncias pode ser nova para algumas pessoas, mas aqueles que estão estudando os mecanismos do vício encontram forte evidências de pesquisas com animais e humanos de que o vício é um distúrbio do sistema de recompensa do cérebro, e não importa se o sistema é repetidamente ativado por jogos de azar ou álcool ou outra substância.

Gary Wilson diz:

“O consumo excessivo de comida ou sexo sinaliza ao cérebro que você atingiu o jackpot evolucionário. Este tipo de incentivo neuroquímico poderoso para agarrar/querer mais é uma vantagem em situações de sobrevivência – Pense em lobos, que precisam consumir até dez quilos de uma única presa de uma vez. Ou em época de acasalamento, quando havia um harém para engravidar. No passado, essas oportunidades eram raras e passavam rapidamente.”

Agora, no entanto, a internet oferece infinitas “oportunidades de acasalamento”, que a parte primitiva do cérebro percebe como algo valioso, porque são muito estimulantes. Como qualquer bom mamífero, os espectadores tentam espalhar seus genes por toda parte, mas não há fim na temporada de acasalamento do consumidor de pornografia. Ele pode continuar indefinidamente estimulando sua dopamina por antecipação, enquanto ele navega na internet: vendo novidades, materiais que violam suas expectativas, e impulsionando a excitação sexual – a recompensa natural que libera os maiores picos de dopamina.

Clique, clique, clique, se masturbe, clique, clique, clique, se masturbe, clique, clique, clique. As sessões podem durar horas, dia após dia. A evolução não preparou o cérebro para este tipo de estimulação contínua.”

O vício em pornografia é real e comprovado

Você já sabe que a dopamina desencadeia eventos neuroquímicos que causam mudanças cerebrais relacionadas ao vício. Mas a mudança molecular real que inicia muitas das mudanças cerebrais duradouras são causadas pela proteína DeltaFosB.

Picos de dopamina acionam a produção do DeltaFosB. Em seguida, ele se acumula lentamente no circuito de recompensa em proporção à quantidade de dopamina liberada, quando nos engajamos cronicamente com recompensas naturais (sexo, açúcar, alto teor de gordura, exercícios aeróbicos) ou qualquer droga viciante. O DeltaFosB leva de um ou dois meses para se dissipar, mas as mudanças causadas no cérebro podem permanecer.

Por que estou falando sobre DeltaFosB? Por mais improvável que possa parecer, este single descoberta neurobiológica desmantela a alegação de que o vício em pornografia não existe. O DeltaFosB que se acumula no centro de recompensa do cérebro é agora considerado um dos maiores indicadores de vícios comportamentais e químicos.

Pense na dopamina como alguém gritando: “Esta atividade é muito, muito importante, e você deve fazê-la de novo e de novo. O trabalho da DeltaFosB é fazer com que você se lembre e repita a atividade. Ele faz isso configurando o seu cérebro para querer o estímulo desejado.

Pode ocorrer uma ciclo vicioso, na qual o querer leva ao fazer e o fazer desencadeia mais picos de dopamina. A dopamina causa DeltaFosB a se acumular – e o desejo de repetir o comportamento fica mais forte com cada loop.

Entendendo sobre a natureza do vício

A incapacidade de controlar o uso e o uso que começa a interferir na vida de uma pessoa são os dois sinais principais de um vício.

Basicamente, a mais confiável evidência de que uma pessoa está viciada é o uso continuado apesar das consequências negativas.

Com isso, as prioridades da pessoa mudam devido a mudanças que ocorrem em seu cérebro. Na verdade, as recompensas naturais da vida, como amizade, exercícios e realização, não pode mais competir com o vício. Seu cérebro agora acredita que o uso de pornografia na Internet, no caso, é um objetivo importante, e iguala isso com a sua sobrevivência.

Um dos relatos apresentados nesse livro diz o seguinte:

Na maioria dos dias, eu “batia” tanto que no final do dia, quando eu tinha um orgasmo não tinha mais nada para sair. Eu literalmente acordava, rolava e me masturbava, me masturba o dia todo, depois me masturba à noite e ia dormir – 6 vezes por dia ou mais, sem brincadeira. É seguro dizer que minha vida estava uma bagunça absoluta, tinha todos os efeitos negativos da pornografia x 10. Eu sabia que a pornografia e a masturbação estavam me afetando mas eu estava em negação. Pensava ingenuamente “a masturbação é boa pra você né? Você não pode ser viciado em pornografia.”

Alguns efeitos de todo vício:

Aqui estão algumas mudanças cerebrais que aparecem em todos os vícios, sejam relacionados a substâncias ou comportamentais:

1. Sensibilização:

É uma super-memória inconsciente de prazer que, quando ativada, desencadeia desejos poderosos.

2. Desensibilização:

Você desenvolve uma tolerância, precisando cada vez mais doses maiores de estímulo para gerar aquele mesmo prazer. Você acaba procurando conteúdos cada vez mais extremos para ter o prazer. A redução na sinalização de dopamina e outras mudanças deixam o viciado menos sensível aos prazeres do dia a dia e “fome” por atividades e substâncias que aumentam a dopamina.

O viciado pode negligenciar outros interesses e atividades que já foram de alta prioridade. A dessensibilização é provavelmente a primeira mudança cerebral relacionada ao vício em usuários de pornografia. Eles precisam de um estímulo cada vez maior para atingir o mesmo prazer (‘tolerância’).

Eles podem passar mais tempo online, prolongando as sessões de pornografia, assistindo quando não estão se masturbando ou procurando o vídeo perfeito para terminar com.

Além disso, a dessensibilização também pode assumir a forma de procura de novos gêneros, conteúdos cada vez mais estranhos e perturbadores. Lembre-se: choque, surpresa e ansiedade pode aumentar a dopamina.

3. Hipofrontalidade

Quando a atividade cerebral fica reduzida nas regiões pré-frontais, perdemos nossa força de vontade em face de fortes desejos subconscientes/impulsos primitivos. Alterações na massa cinzenta das regiões pré-frontais e, também, da massa branca correlacionam-se com a redução do controle de impulso e a capacidade enfraquecida de prever consequências.

4. Circuitos de Stress disfuncionais

Quando nossos circuitos de stress estão disfuncionais, o menor estresse pode levar a ânsias e recaídas porque ativam vias sensibilizadas poderosas.

Resumindo

Se essas alterações neuroplásticas pudessem falar, a dessensibilização falaria gemendo, ‘Não consigo nenhuma satisfação‘. Ao mesmo tempo, a sensibilização ficaria cutucando você e dizendo: ‘Ei, eu tenho exatamente o que você precisa‘ (que é justamente a mesma coisa que causou a dessensibilização). A Hipofrontalidade diria, ‘Isso é uma má ideia, mas não tenho forças para te impedir‘. E os circuitos de estresse disfuncionais ficariam gritando, ‘EU PRECISO de algo AGORA para me acalmar!’

Os efeitos negativos da pornografia:

Os problemas relacionados com pornografia: perda de atração por parceiros reais, ejaculação retardada ou incapacidade total de orgasmo durante o sexo, alteração de suas preferência sexuais à medida que avançavam através de fetiches pornôs e conteúdos cada vez mais extremos, ejaculação precoce etc.

  • Diminuição da libido
  • Depressão, baixa energia e pouca motivação.
  • Diminuição da vontade de ser íntimo com um parceiro
  • Isolamento
  • Ejaculação precoce
  • Disfunção erétil: A pesquisa revela que para um indivíduo ter ereções saudáveis, é necessário uma quantidade adequada de dopamina no circuito de recompensa do cérebro e nos centros masculinos do cérebro. Isso indica que a disfunção erétil não é causada pelo estado de mente do indivíduo em um momento particular, pois pode ser a consequência das mudanças no circuito de recompensa no cérebro, que resultam na redução da sinalização de dopamina. A perda de massa cinzenta nos circuitos de recompensa do cérebro (desensibilização) pode ser a causa da disfunção erétil provocada pela pornografia.
  • Ejaculação tardia
  • Sentimento de vergonha, medo de que alguém descubra o seu “segredo sujo”

A seguir, alguns dos relatos apresentados nesse livro que demonstra como uma pessoa se sente quando esta presa nesse universo de masturbação e pornografia:

“Meus amigos estavam se afastando. Desisti de socializar para sentar no meu quarto e me dar prazer.

Minha família me amava incondicionalmente, mas não gostava da minha companhia.

Tive problemas para me concentrar no meu trabalho e, bem como nas minhas aulas no meu universidade.

Eu não tinha namorada.

Tive uma ansiedade enorme com as interações humanas em geral.

Eu trabalhava furiosamente, mas nunca parecia ganhar nada.

Todo mundo me disse que eu estava distraído. Tinha um olhar vazio em meus olhos. Ninguém estava em casa.

Sem ENERGIA, não importa o quanto eu tenha dormido, NENHUMA. NADA. EM ABSOLUTO.
Sempre cansado. Bolsas sob meus olhos, pálidas, acne…

Fiquei terrivelmente deprimido.

Tive disfunção erétil induzida por pornografia.

Eu estava estressado, ansioso, confuso e perdido.

Eu não estava vivendo a vida, mas também não estava morto. Eu era um zumbi.

Antes de parar, eu me sentia uma merda 24 horas por dia, 7 dias por semana. Eu tinha energia zero e zero motivação. Eu estava letárgico a cada hora de cada dia. Eu não comia direito. Eu não me exercitava Eu não estudava; Eu não me importava com a higiene pessoal. E eu não poderia me importar – no estado em que eu estava, era extremamente difícil ficar em pé por mais de 3 minutos, quanto mais fazer algo produtivo. Estou com mais de um mês sem ver pornografia agora e me sinto muito melhor.

Tudo, desde minha vida social até minha saúde física, tem sido danificado por este vício. A pior parte é que eu constantemente justificava na minha cabeça, dizendo que era “saudável para mim” e ‘Pelo menos não é uma droga’. Na verdade, isso era pior do que qualquer droga que eu consumi e a atividade menos saudável de que participava.”

Durante o auge do meu vício em pornografia, nunca esperava nada da vida: temia ir para o trabalho e nunca via a socialização com amigos e família como algo “legal de se fazer”, especialmente em comparação com meus rituais pornôs, que me davam mais prazer e estímulo do que tudo o mais. Com o fim do vício, pequenas coisas me fazem realmente feliz. Eu me pego rindo com frequência, sorrindo sem motivo real, apenas estando de bom humor.”

Tolerância e a busca por conteúdos pornográficos cada vez mais extremos

Os cérebros tem a capacidade de modificar sua estrutura e função em decorrência dos padrões de experiência (neuroplasticidade). A verdade é que estamos sempre treinando nossos cérebros – com ou sem nossa participação consciente.

É claro a partir de inúmeros relatos que é não é incomum que usuários de pornografia mudem de gênero em gênero, muitas vezes chegando a lugares e assistindo conteúdos que eles acham pessoalmente perturbadores e confusos.

Uma das explicações para tal fenômeno é devido ao desenvolvimento de tolerância , que leva a necessidade de um estímulo cada vez maior. Dai a pessoa busca conteúdos cada vez mais extremos e desconfortáveis para poderem ter o mesmo prazer de antes.

A seguir, alguns relatos apresentados no livro sobre tal fenômeno:

“Conforme meu uso de pornografia progredia ao longo da faculdade, lentamente fui sendo vítima de mais e mais conteúdos hardcore, merdas realmente estranhas, que agora não mais me excitam quando penso nisso. Este é um dos maiores sentimentos de todos – saber que minhas fantasias estão voltando àquelas de uma pessoa normal, nascido e criado na terra, de um ser humano.”

Nunca pensei que seria capaz de fazer sexo normal. Eu sempre pensei que meu cérebro estava programado para ser excitado apenas por meus fetiches nojentos (…) Mal sabia eu que o fetiche que pensei ser programado, era simplesmente o resultado dos meus hábitos de ver pornografia. Foi um inferno de minha própria criação. Depois de 3 meses sem pornografia, meu último encontro sexual removeu qualquer dúvida sobre os benefício de parar.

Posso dizer com certeza absoluta que as fantasias que tive sobre estupro, homicídio e submissão nunca existiram antes do uso hardcore de pornografia nos meus 18 a 22 de idade. Quando fiquei 5 meses longe do pornô, todos aqueles fantasias e desejos se foram. Meu gosto sexual natural era baunilha de novo e ainda é. O problema com a pornografia é que você precisa cada vez mais material, mais tabu, mais emocionante e “errado”.

Benefícios de parar de assistir a pornografia

Aumento de confiança e diminuição da ansiedade social

À medida que os usuários conseguem se abster de pornografia, seu desejo de se conectar com outras pessoas geralmente surge. Muitas vezes, o mesmo acontece com sua autoestima, sua capacidade de olhar para os outros no olho, seu senso de humor, seu otimismo, sua atratividade para companheiros em potencial, e assim por diante.

Na TED talk chamada “The demise of guys”, o psicologo Phillip Zimbardo, observou que o vício de excitação (porno, videogames) é um fator primário no aumento de ansiedade e constrangimento social. A hipótese de Zimbardo foi a de que o tempo excessivo em tela interfere com o desenvolvimento de habilidades sociais normais.

Agora que olho para trás em minha vida, SEMPRE houve conexão entre o consumo de pornografia, masturbação e minha ansiedade social. Antes do pornô, eu tinha muitos amigos, algumas namoradas e sentia como se eu estivesse no topo do mundo. Não havia nada que pudesse trazer me para baixo. Eu senti que tinha minha própria maneira de reagir a tudo que pudesse acontecer. Então eu comprei um novo computador … Depois de um ou dois anos, descobri em ansiedade social REALMENTE profunda, combinada com muito maconha e nada de interessante para fazer com minha vida.

“Interações sociais – eu estava completamente com medo delas e incapaz de realizá-las, cerca de 50 dias atrás. Na última semana, porém, eu interagi incrivelmente bem e sem esforço com pessoas com quem eu não teria sido capaz de interagir durante o uso de pornografia.

Eu costumava ser incapaz de olhar as pessoas no olhos. Eu costumava me esconder propositalmente de pessoas que conhecia em público para evitar conversas estranhas. Mulheres, mesmo aquelas que eu conhecia pessoalmente, me intimidavam. Eu fantasiava ao longo do dia sobre ser capaz de interagir como um ser humano normal … Tudo isso agora está mudando diante dos meus olhos em um maneira drástica. Posso interagir com confiança; ser eu mesmo. Eu posso segurar um olhar inquebrável nos olhos de outras pessoas. Eu realmente sou parte do conversa, em vez de ficar indiferente e pensar em deixá-la.

Melhorias desde o abandono: A ansiedade social melhorou drasticamente – inclui confiança, contato visual, conforto interagindo com pessoas, suavidade, etc. Mais energia em geral. Mente mais clara, mais nítida, mais concentração. Rosto de aparência mais vibrante. Depressão aliviada. Desejo de interagir com mulheres. Ereções estão de volta!

Regulação dos níveis de dopamina

Quando você para com essa superestimulação crônica provocada pelo consumo exagerado de pornografia, o seu cérebro começa a se recuperar naturalmente.

Quando a dopamina e os produtos neuroquímicos relacionados é adequadamente regulada, a atração sexual, socialização, concentração, capacidade de resposta sexual e sentimentos de bem-estar são mais fáceis. Eu suspeito que um retorno ao normal a sinalização de dopamina ajuda a explicar por que muitos caras relatam conjuntos semelhantes de diversas melhorias após pararem com o consumo excessivo de pornografia na Internet.

Conforme explicado, nosso cérebro evoluiu para lutar pelo equilíbrio neuroquímico. Se nós bombardeá-los cronicamente com estimulação intensa, eles silenciam os sinais neurais reduzindo a sensibilidade a produtos neuroquímicos como a dopamina.

A superestimulação crônica pode, portanto, levar você a se sentir como um zumbi, sem sensibilidade ao prazer e emoção. A vida diária pode parecer monótona e sem sentido. No entanto, quando removemos a estimulação exagerada, esse quadro acaba se revertendo, e a sensibilidade volta.

Aumento do controle sobre sua vida

Embora as pessoas relatem muitos benefícios da recuperação, o maior presente é recuperar controle de sua vida. Um usuário pornográfico recuperado explica:

Apesar do que algumas pessoas dizem, desistir não fará de você um deus da confiança e habilidade, embora nos primeiros meses realmente pareça. Desistir da pornografia lhe dará mais controle sobre sua própria vida. É um pouco como a transição da adolescência para a idade adulta. Em vez de agir por impulso, você estará aprendendo autocontrole e atenção plena com um de seus mais instintos primários, e isso irá fluir para todas as partes de sua vida te ajudando a realizar melhores decisões na sua vida.

Dicas para eliminar a pornografia de sua vida

O primeiro passo para recuperar o controle é dar ao seu cérebro um descanso de tudo estimulação sexual artificial por vários meses. Mude sua atenção para a vida real.

Em seguida, você se mantém consistente porque pode levar muitos meses, ou mesmo alguns anos, para os seus caminhos cerebrais de”Eu quero assistir pornografia agora!” dispararem com menos frequência – e então morrer.

Algumas pessoas chamam esse processo de “reinicialização (reboot). É uma forma de redescobrir quem você é sem a pornografia em sua vida. A ideia é que, evitando a estimulação artificial, você está desligando e reiniciando o cérebro, restaurando-o ao seu configurações originais de fábrica.

O objetivo agora é buscar o prazer de interagir com pessoas reais (sem vê-las em telas) e que você desperte seu apetite pela vida e pelo amor. No começo, talvez o seu cérebro não perceba pessoas reais como particularmente estimulantes em comparação com as novidades fornecidas pornografia na internet.

No entanto, como você se recusa, consistentemente, a ativar os caminhos da pornografia em seu cérebro, suas prioridades mudam gradualmente.

Algumas dicas apresentadas nesse livro para você se livrar do vício em pornografia são:

  • Delete todo e qualquer material pornográfico de seus dispositivos. É útil, também, você parar de seguir mulheres (ou homens) em mídias sociais que possam provocar desejos.
  • Mude o seu ambiente (pois nele existem muitos gatilhos que você associou ao uso de pornografia, que podem gerar ânsias e fortes desejos).
  • Você pode fazer o download de um aplicativo bloqueador de pornografia.
  • Faça exercícios físicos.
  • Socialização.
  • Passe mais tempo na natureza.
  • Registre em um diário o seu progresso.
  • Arrume um parceiro de responsabilidade, um amigo que também esteja querendo se desenvolver e melhorar como pessoa, para vocês se incentivarem e compartilharem suas experiências.
  • Meditação: A pesquisa também mostra que a meditação diária ajuda a parte racional parte do cérebro, chamada de lobos frontais, a permanecer no assento do motorista. A meditação, portanto, fortalece o que o vício enfraqueceu, ao mesmo tempo que acalma as partes primitivas do cérebro que conduzem o comportamento impulsivo.
  • Faça um novo hobbie, explore novas coisas: limite atividades que causam picos de dopamina “vazios”, como videogames, junk food, jogos de azar, Facebook, Tumblr, Twitter e Yahoo, TV e assim por diante. Em vez disso, dirija para atividades que produzem satisfação mais duradoura e sustentável, mesmo que não são tão gratificantes no curto prazo: ter uma boa conversa, organizar seu espaço de trabalho, estabelecimento de metas, visitar alguém, construir algo ou jardinagem. Em suma, qualquer coisa que dá a você uma sensação de conexão ou o leva a um objetivo de longo prazo.
  • Leia história inspiradoras de pessoas que conseguiram se recuperar do vício em pornografia e sobre como suas vidas foram transformadas por conta disso.
  • Eduque-se. Leia livros, faça cursos.

Sintomas que você pode sentir ao ficar abstinente da pornografia

Varias pessoas que escolheram largar a pornografia relatam sintomas negativos de abstinência. Esse período, na qual o cérebro está se reconfigurando e recuperando das alterações causadas pela hiperestimulação provocada pelo uso crônico de pornografia é conhecido pelo nome de “Flatline“.

É importante ficar consciente que esses sintomas de abstinencia são normais. O importante é você não achar que “algo errado esta acontecendo” e voltar, novamente, ao hábito de assistir pornografia.

Os sintomas de abstinência comuns incluem: irritabilidade, ansiedade ou mesmo pânico, inquietação, letargia, dores de cabeça, névoa cerebral, depressão, mudanças de humor, desejo de isolamento, rigidez muscular, insônia e desejo de usar pornografia.

Alguns dos relatos apresentados nesse livro sobre esse período da Flatline são os seguintes:

Eu lutei contra alguns vícios na minha vida, da nicotina ao álcool e outros substâncias. Eu superei todos eles, e este foi de longe o mais difícil. Impulsos, pensamentos loucos, insônia, sentimentos de desesperança, desespero, inutilidade e muitas outras coisas negativas me fizeram a pornografia. É uma coisa horrível que eu nunca terei para lidar novamente na minha vida – para sempre.

Eu não tenho absolutamente nenhum desejo sexual. Sem ereções espontâneas. É um muito estranho sentimento quando você olha para uma mulher bonita e na sua cabeça você tem o seu pensamentos normais como ‘Uau, ela é linda. Eu gostaria de conhecê-la! ‘ e ainda assim você não tem pensamentos ou intenções sexuais. É muito estranho e para me uma experiência bastante assustadora. É como se você tivesse sido castrado.

Eu estou lidando com: irritabilidade, fadiga, incapacidade de dormir (até mesmo soníferos não ajudam muito), tremores / tremores, falta de foco, falta de respiração e depressão.

Quanto tempo demora para eu me recuperar do vício em pornografia?

O autor Gary Wilson, diz o seguinte:

Tenho visto dois padrões divergentes de recuperação. Alguns homens se recuperam em um tempo relativamente curto: cerca de 2-3 semanas. Talvez suas dificuldades sejam devidas ao condicionamento psicológico, níveis excessivos de masturbação (alimentado por pornografia na Internet) ou um caso menor de dessensibilização.

A vasta maioria dos homens precisam de 2 a 6 meses (ou até mais) para realmente se recuperarem.

Não desista! O importante é fazer disso um estilo de vida

No final das contas, a coisa mais importante que você pode fazer é nunca desistir. Não se preocupe se você voltar a ver pornografia a cada dois dias, por um mês inteiro ou dois. Até se isso é o melhor que você pode fazer, agora você está usando pornografia com a metade da frequência você fez. A história mais inspiradora que já vi foi a de um cara que teve um sequência sem ver pornografia de 15 dias … após 3 anos inteiros de tentativas. Contanto que você sempre volte, porque você sabe o quão importante é isso para você bom- dessa forma você não pode falhar. É apenas uma questão de tempo até que você reinicie seu caminhos neurais e se libertar.”

Você poderá passar longos períodos sem pornografia quando assistir pornografia não é mais uma opção em sua vida. Viva como se a pornografia não existisse. Esqueça disso completamente. Não passe o dia lutando contra impulsos. Não ‘tente muito’. Aceite a ideia de que você nunca mais vai assistir pornografia na sua vida.”

Conclusão

Se você suspeita que o uso de pornografia pode estar afetando você negativamente, faça um experimento simples: desista por um tempo e veja o que você nota por si mesmo. Dê uma chance a si mesmo, perceba como a pornografia está te deixando letárgico, sem motivação, com baixa energia, com vergonha… É esse o tipo de pessoa que você quer realmente se tornar? A decisão é sua..

Eu diria o seguinte: Você parar de usar a pornografia não é a solução de todos os seus problemas, mas é uma fundação! Se você não tem controle sobre o seu impulso mais primordial, como você quer ser uma pessoa equilibrada e com autodomínio? Fica a reflexão…

Recomendo muito a leitura do livro “Your brain on porn” do Gary Wilson, pois é um tipo de conhecimento que pode mudar sua vida…

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2 Comentários

  • Rodrigo Barboza de Almeida disse:

    Poxa sofro com a pornografia minha Mente está toda confusa, estou sofrendo de disfunção erétil e não estou conseguindo ter uma relação com minha esposa, estou até tremendo em perde-la outra coisa foi tbm assistir com porno com travestis e até se envolver com algumas, tenho muita vergonha e medo pois não sei se consigo ter mais desejo por mulher sei lá a libido foi embora e olha que sempre tive muita atração por mulher, porém agora parece que fui castrado, com travesti até sinto algo sei lá uma fantasia algo fora do normal principalmente pelo porno enfim, não consigo terminar o que começo exemplo cursos faculdades já conhecer duas e tranquei e o pior agora e conviver com essa disfu que erétil e nem ejacular direito estou conseguindo…. Eu estou muito mal preciso de ajuda pra mim ter minha vida e antes, pois foi só falhar uma vez e agora a ansiedade toma conta, não estou conseguindo…. Só quero minha vida de volta e ter novamente minha libido recuperada e livre de pornografia isso que Quero.

    1. Davi Klein disse:

      Irmão, é nessa horas que você tem que conversar com Deus e pedir ajuda. Você, por conta própria, não foi capaz de solucionar esse problema (se não você já teria solucionado). Peça ajuda a um poder maior, sinceramente, sem barganhar ou querer “negociar” com Deus. Confesse para ele tudo o que você está passando, conte suas dificuldades, o que você está passando e peça orientação e auxilio. Confia mno e que Deus te abençoe

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