O Mark Manson, no seu livro “A sutil arte de ligar o f*da-se – explica muito bem, em um dos capítulos do livro, sobre como os meios de comunicação de massa condicionam o ser humano a ser inseguro, de se considerar insuficiente e inferior aos demais.
Isso ocorre devido ao que ele chama de “A tirania do excepcionalismo” – que basicamente é a cultura em que vivemos: que só divulga fatos extremos, coisas excepcionais, que não representam de forma alguma, na realidade, como a nossa vida geralmente é.
Sempre somos bombardeados por notícias de pessoas famosas, de pessoas muito bem sucedidas financeiramente, sobre modelos, pessoas com um corpo esteticamente impecável, sobre estudantes geniais que passaram no vestibular em 1° lugar com 6 anos de idade etc.
Tudo isso são extremos, não correspondem a realidade da maioria das pessoas – porém, a mídia sempre mostra esses casos excepcionais, pois são eles que prendem a nossa atenção, é esse tipo de conteúdo que as pessoas gostam de ver.
Com isso, é inevitável que começamos a nos comparar, a achar que nossa vida é medíocre, sem graça e banal. Como diria Theodore Roosevelt: “A comparação é o ladrão da alegria”
Nesse artigo, logo abaixo, copiei algumas partes do que o Mark Manson fala no seu livro “A sutil arte de ligar o f*da-se” sobre tal fenômeno!
A Tirania do Excepcionalismo
A maioria das pessoas é bastante mediocre em quase tudo o que faz. Mesmo que você seja excepcional em uma área, é bem provável que seja medíocre ou mesmo abaixo da média em outras. É a natureza da vida. Para se tornar incrível em alguma atividade, é preciso investir nela uma quantidade absurda de tempo e energia. E, como esses recurso são limitados, já é raro se tornar excepcional em uma coisa, que dirá em mais que isso.
Assim, podemos dizer que é estatisticamente improvável que uma mesma pessoa seja extraordinária em todas as áreas da vida, ou mesmo em várias. Empresários brilhantes geralmente têm a vida pessoal toda ferrada. Atletas extraordinários costumam ser superficiais e burros como uma pedra.
Todos somos, basicamente, bem comuns. Mas são os extremos que atraem os holofotes. Já meio que sabemos disso, mas raramente pensamos ou tocamos no assunto, e nao consideramos que isso pode ser um grande problema a nossa saúde emocional/psiquica.
Ter acesso a internet, ao Google, Facebook, Youtube e a centenas de televisão é incrível. Só que nossa atenção é limitada. Não existe a menor chance de processarmos a tsunami de informações que nos atinge o tempo todo. Assim, só o que chama a tenção são as realmente excepcionais, aquele 0,00001%
Todos os dias, todas as horas, somos inundado com o que é realmente extraordinário. O melhor do melhor. O pior do pior. As maiores façanhas físicas. As piadas mais engraçadas. As notícias mais perturbadoras. As ameaças mais assustadoras, sem parar.
Nossa vida é repleta de informações sobre os extremos da experiência humana, porque no ramo da mídia é isso que chama atenção, e atenção gera lucro. É o mais importante. A maior parte da vida, no entanto, se dá na monótona média. A grande maioria da vida não é extraordinária, e sim bastante medíocre.
Essa inundação de extremos noticiados nos condicionou a acreditar que, agora, ser excepcional é a norma. E, como somos todos bastantes comuns na maior parte do tempo, o dilúvio de informações sobre o excepcional nos deixa inseguros e desesperados, porque, obviamente, não somos bons o bastante.
A enxurrada do excepcional faz as pessoas se sentirem menores, as faz sentir que precisam ser mais extremas, mais radicais e mais autoconfiantes para serem notadas ou terem valor.
Esse fluxo incessante de noticiais irreais alimenta nossa insegurança, ao nos expor a padrões fantasiosos impossíveis de corresponder
“A maior parte da vida é tediosa e irrelevante, mas tudo bem.”
Mark Manson
A percepção e a aceitação da sua existência banal o libertarão para realizar o que realmente deseja, sem julgamento ou expectativas altas demais.Você não vai estar mais carregando a constante pressão de ser incrível e inovador, o estresse e a ansiedade de ser sempre inadequado e de precisar se provar desaparecerão.
Você vai apreciar cada vez mais as coisas da vida: os prazeres de ter amigos, de criar alguma coisa, de ajudar alguém com necessidade, de ler um bom livro, de rir com alguém que você gosta.
Que chatice não? É porque tudo isso é comum. Mas talvez seja comum por uma razão: porque são as coisas comuns que realmente importam.
O que fazer para evitar a influência negativa das mídias de massa?
- Não compare os seus bastidores com o palco dos outros.
- Foque em você. Devemos nos aperfeiçoar e para nos aperfeiçoarmos, não devemos observar os outros.
- Concentre na sua própria evolução. O externo nunca estará sob o seu controle, a única coisa que você realmente pode e deve estar do jeito que você quer é o seu mundo interno! Foque nele! Foque sempre no que você pode controlar, no seu circulo de influências!
- Você não pode melhorar os outros ou o mundo, melhore a si mesmo!.
- Não fique tão preso nesse ambiente de mídias sociais, onde as pessoas só postam o “melhor” de suas vidas. Pare de perder seu tempo olhando os outros! Foque totalmente na sua vida.
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