Nunca podemos esquecer de nossa criança interior! Ela ainda está lá, o espírito de curiosidade, exploração, aventura, brincadeiras, diversão!
Conforme vamos crescendo, nos esquecemos de nossa criança, de toda aquela energia vital e alegria, do fato de que apenas estar vivo é um milagre, que tudo ao nosso redor é divino, misterioso.
Ah! Antes de você continuar com a leitura, eu fiz um vídeo no meu canal sobre esse tema (em homenagem ao dia das crianças) não deixe de conferir também!
A criança é a vida, com todas as suas possibilidades. O adulto, no entanto, já tem respostas prontas para tudo.
Acabou o seu espírito aventureiro, de exploração, de tomar riscos, de tentar coisas novas. Ele já possui o seu sistema de crenças, já entende perfeitamente tudo sobre o mundo.
Ele é praticante um ser morto, acabou-se todo o mistério da existência para ele, pois ele já tem suas respostas (que provavelmente nem são suas, apenas coletou da mídia, de revistas etc).
O mundo acha que ser um “adulto sério” significa você ser maduro, de ter “crescido”, de que você conseguiu atingir os objetivos da vida, de que você deixou de ser criança, de ser infantil, e se tornou alguém respeitável.
As pessoas costumam dizer “não seja infantil” mas acho que a frase certa seria “não seja metido a adulto”. É só você olhar para a rua, você vê a maiorias dos adultos com um rosto sério, sem nenhuma vitalidade e energia, parecem mais robôs, máquinas, totalmente programados e sem vida.
Ao contrário, quando você vê uma criança, é totalmente diferente. Que energia! Que entusiasmo para com a vida! Que vontade de explorar ao máximo o mundo!
No livro do Ego do Osho, tem uma parte bem interessante em que ele comenta sobre a criança, que representa a beleza, e o adulto, que representa a feiura:
“Crianças: quem já não sentiu inveja? Talvez o fato de sentir tanta inveja seja o motivo para as pessoas condenarem a infantilidade. E as pessoas seguem condenando.
Montague está certo quando diz que, em vez de dizer às pessoas “Não seja infantil”, deve-se passar a dizer “Não seja metido a adulto”. Ele está certo, eu concordo.
A criança é bela, enquanto o adulto é o que representa a feiura. O adulto não é mais um fluxo, ele está bloqueado em muitos aspetos. Ele está congelado, é chato e está morto.
Perdeu o ânimo, perdeu o entusiasmo, ele está simplesmente se arrastando. Ele está entediado, não tem nenhum senso de mistério.
Nunca se surpreende, esqueceu a linguagem da admiração. O mistério desapareceu dele. Ele tem explicações, o mistério não está mais presente. Consequentemente, ele perdeu a poesia, a dança e tudo o que é valioso, e tudo o que dá sentido e significado à vida, tudo o que dá sabor à vida.”
Por isso, é melhor ser uma criança do que ser morto por dentro. Eu prefiro que me julguem infantil do que ser um adulto chato e medíocre. Viva todas as crianças! Nunca se esqueça de sua criança interior! Não esqueça da vida dentro de você!
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