Você Não é a Sua Mente! Você é Pura Consciência!

Antes de você ler esse artigo, eu fiz um vídeo sobre esse tema no meu canal no Youtube, vale a pena dar uma olhada se quiser entender mais sobre o assunto:

Agora que você viu o vídeo, vou explicar com mais detalhes sobre o que eu quero dizer com “você não é a sua mente!“

Você não é sua mente

Os tibetanos ás vezes descrevem o ato de pensar como escrever na água, pois os pensamentos em essência são vazios, insubstanciais e transitórios.

O pensamento pode ser visto como algo que surge de maneira autônoma e estoura como uma bolhinha de sabão ao ser “tocado” pela própria consciência (que é quem nós somos em essência). Ele é algo que surge, perdura por um tempo e desaparece no campo ilimitado e atemporal da consciência.

Pensamento e consciência não são sinônimos. O pensamento é um pequeno aspecto da consciência. O pensamento não consegue existir sem a consciência, mas a consciência não necessita do pensamento.

Pensamentos são apenas acontecimentos no campo da consciência que surgem e desaparecem rapidamente.

Não devemos levar os pensamentos para o lado pessoal e nem acreditarmos nas histórias sobre a “realidade” que construímos a partir deles. Eles são simplesmente acontecimentos impessoais, não possuem nenhuma relação com a verdade de quem você é.

Os pensamentos existem separados de você, eles não são um com sua natureza, eles vêm e vão – você permanece, você persiste. Você é como o céu: este nunca vem, nunca vai, está sempre aí. Nuvens vêm e vão, elas são um fenômeno momentâneo, elas não são eternas.

Você é o espaço, a consciência, o infinito céu na qual os pensamentos e todos os outros fenômenos surgem e desaparecem. Você, no entanto, é aquele que não surge e nem desaparece!

Os pensamentos não são seus, eles não lhe pertencem. Eles chegam como visitantes, hóspedes, mas não são anfitriões. Você é verdadeiro anfitrião! Portanto, receba-os, cuide deles, mas não fique identificado com eles; do contrário, eles se tornarão os mestres.

A mente se torna o problema quando você está tão identificado com os seus pensamentos que você esqueceu completamente que eles são visitantes, que eles vêm e vão. Porém, aquilo que vem e vai não pode ser você! Tudo o que é efêmero não pode ser você!

Lembre-se sempre daquele que permanece: essa é sua natureza! Esteja sempre atento aquele que nunca vem e nunca vai, assim como o céu.

Você é o infinito espaço em que todos os fenômenos surgem! Você é pura consciência!

Ficamos tão condicionados pelos padrões de pensamentos que já nem os reconhecemos mais como pensamentos e começamos a achar que eles são a verdade absoluta!

Quando você conhece e reconhece os pensamentos como meros acontecimentos no campo da consciência, você fica mais livre! Você percebe que você não é aquilo que vêm e vai! Você é a testemunha silenciosa, o observador de todos os fenômenos que ocorrem!

Essa é a mudança que queremos! A transição do pensar para o Ser, da identificação com a mente (ego) para a consciência!

O passo essencial a ser dado é você “aprender” a ser o observador, a testemunha de seus pensamentos e emoções.

Comece a prestar atenção no que a voz na sua cabeça diz, principalmente a padrões repetitivos de pensamentos. Seja imparcial ao ouvir a voz, não julgue nada. Você perceberá: lá está a voz e aqui estou eu, ouvindo-a, testemunhando-a.

No caso de observar uma emoção é basicamente o mesmo que observar o pensamento, a única diferença é que o pensamento esta na sua cabeça enquanto a emoção, por conter um forte componente físico, manifesta-se no corpo. Você pode permitir que a emoção esteja alí sem que ela assuma o controle. Você não é mais a emoção e sim a consciência que observa.

Se você testemunhar a mente (pensamentos e emoções), apenas olhando para ela em silêncio, sem nenhuma justificativa, sem nenhuma apreciação, sem nenhuma condenação, sem qualquer julgamento, a favor ou contra, simplesmente observando como se ela não tivesse nada a ver com isso (trata-se apenas do tráfego que passa pela mente naquele dado momento), uma grande transformação ocorrerá!

Pouco a pouco, com a prática, o seu poder de observar vai aumentando! Você passa a se identificar com a própria consciência (não mais com sua mente) e esse é o ínicio do fim da mente! Sua mente ficara cada vez mais silenciosa!

A meditação é essencial para você aprender a ser o observador, de se familiarizar com a sua verdadeira natureza (se não você vai entender apenas intelectualmente e não através de sua própria experiência).

Transcender a mente é toda a arte da meditação. A meditação não é nada mais do que um artifício para tornar a pessoa consciente do seu real ser, que está além da mente!

Falarei mais sobre isso em outros artigos, então fique ligado!