A estória que mostrarei aqui tem sido muito utilizada pelos Sufis e ajudou muita gente a chegar a iluminação. Não é uma estória comum e não deve ser usada apenas como leitura e entretenimento, mas deve se tornar o seu próprio estilo de vida, pois só assim você entenderá o seu significado.
Fiz um vídeo sobre esse tema no meu canal do Youtube não deixe de dar uma olhada também!
Conheça o poder do Desapego a partir dessa grande estória sufista:
Isto Também Passará! A Estória Sufista Sobre o Desapego
Havia um poderoso rei, governante de muitos domínios, que apesar de toda a sua riqueza, sempre estava dividido entre a felicidade e a tristeza. Seu estado de espírito estava perturbado e como última esperança de salvação, mandou chamar um sábio que vivia no seu reino que tinha a fama de ser iluminado.
Quando o sábio chegou, o rei lhe disse:
– Quero ser como você. Pode me dar alguma coisa que traga equilíbrio, serenidade e sabedoria à minha vida? Pago o preço que você pedir por isso.
O sábio respondeu:
– Talvez eu possa ajudá-lo. Mas o preço é tão alto que nem todo o seu reino seria suficiente para pagá-lo. Mas não precisa se preocupar, vou lhe dar como presente, aguarde que voltarei com ele.
Algumas semanas depois, ele retornou e entregou ao rei uma caixa. O rei a abriu e encontrou ali um simples anel de ouro. Havia algumas letras gravadas nele. A inscrição dizia: “Isto também passará.”
– O que significa isto? – perguntou o rei.
O sábio respondeu:
– Use sempre este anel. Seja o que for que aconteça, antes de considerar esse evento bom ou mau, toque o anel e leia a inscrição. Assim, você viverá sempre em paz.”
Tá e o que tem demais nessa história? Numa consideração superficial, a impressão é de que ela é capaz de nos dar algum conforto numa situação difícil, e também pode diminuir o prazer das boas coisas da vida. “Não seja feliz demais porque não vai durar.”
Mas o ponto principal dessa estória sufista é sobre a transitoriedade da vida que, quando reconhecida, leva ao desapego. Sua finalidade principal é nos tornar conscientes de que todas as situações são sempre efêmeras, o que se deve à transitoriedade de todas as formas.
Quando reconhecemos isso, nosso apego diminui e praticamente deixamos de nos identificar com as formas. Quando não estamos mais totalmente identificados com as formas, a consciência – quem nós somos – se vê livre do seu aprisionamento na forma. Essa liberdade é o surgimento do espaço interior, da paz, da alegria do ser.
Buda já nos alertava que o apego e o desejo são as raízes do sofrimento humano, portanto, sempre tenha esse conhecimento com você, a mensagem “Isto também passará“. Perceba que a vida é um fluxo e que dois momentos nunca podem ser iguais. A cada microssegundo tudo muda.
Curta cada momento em toda a sua intensidade, mas não se apegue as coisas. Reconheça que tudo tem um começo meio e fim, esse é o fluxo da vida. Se opor ao fluxo da vida é ser infeliz!
O que você achou dessa estória? Não deixe de comentar sua opinião! E até o próximo artigo 🙂
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