“O medo é o assassino da mente. O medo é a pequena morte que traz total obliteração. Eu enfrentarei meu medo. Permitirei que ele passe sobre e através de mim. E, quando ele tiver passado por mim, vou me virar para ver o caminho do medo. Onde o medo tiver estado não haverá nada. Somente eu permanecerei”
Duna, Frank Helbert
Perguntaram a OSHO:
“Quando o medo chega, o que fazer?”
Ele responde:
“Porque você pede para fazer alguma coisa? Quando existe medo, fique com medo! Porque criar uma dualidade? Quando momentos de medo chegarem, fique medroso, trema de medo e permita ao medo tomar conta. Porque esta constante pergunta: O que fazer? Você não pode permitir que a vida se aposse de você de jeito nenhum?
Quando o amor se apossa, o que fazer? Seja amoroso! Não faça coisa alguma – permita que o amor se aposse de você. Quando o medo chegar trema como uma folha sob forte vento e isso será bonito. Quando isso passar você se sentirá tão sereno e calmo, como quando uma forte tempestade passa – tudo fica calmo e quieto depois. Porque estar sempre combatendo alguma coisa?
O medo chega – é natural, absolutamente natural. Pensar num homem que é sem medo é impossível porque ele estará morto. Então alguém estará buzinando na estrada e um homem sem medo continuará no caminho, ele não se incomodará. Uma cobra estará no caminho e um homem sem medo não se incomodará, ele irá continuar. Um homem sem medo será absolutamente tolo e estúpido.
Medo é parte da sua inteligência; não há nada de errado com isso.
Medo simplesmente mostra que existe morte; e nós seres humanos estamos aqui apenas por poucos momentos. Esse tremor diz que nós não ficaremos aqui permanentemente, não ficaremos aqui eternamente; mais alguns dias e você terá ido.
De fato devido ao medo o homem tem estado em profunda busca da religião; do contrário não haveria nenhum sentido. Nenhum animal é religioso porque nenhum animal está com medo.
Nenhum animal pode ser religioso porque nenhum animal pode ficar cônscio da morte. O homem está cônscio da morte. A todo o momento a morte está lá e lhe cerca de toda parte. A qualquer momento você pode ir; isso lhe dá um tremor. Porque ficar com medo? Trema! Mas novamente o ego diz: “Não, você – medroso? Não, isso não é para você, isso é para os covardes. Você é um homem corajoso”.
Isso não é para os covardes. Permita o medo. Só uma coisa precisa ser compreendida: quando você permite o medo e treme, observe-o, desfrute-o, e nesse observar você irá transcendê-lo. Você verá que o corpo está tremendo, você verá a mente tremendo, mas você chegará a sentir um ponto no seu íntimo, um centro profundo que permanece impassível. A tempestade passa, mas algo no seu âmago é um centro que permanece intacto: o centro do ciclone.
Permita o medo, não lute com ele. Observe o que está acontecendo. Continue observando. Quando o seu olho observador ficar mais penetrante e intenso – o corpo estará tremendo, a mente estará tremendo – no seu âmago estará a consciência, que é simplesmente uma testemunha, que somente observa. Ela permanece intacta, como a flor de lótus na água. Só quando você alcança isso você irá alcançar o destemor.
Mas esse destemor não é não ter medo. Esse destemor não é bravura. Esse destemor é uma realização de que você é dois – uma parte de você irá morrer e uma parte de você é eterna. Essa parte que irá morrer vai permanecer sempre medrosa. E a parte que não vai morrer, que é imortal – para essa parte não há nenhum sentido em ser medroso. Assim existe uma profunda harmonia.
Você pode usar o medo para a meditação. Use tudo que você tiver para a meditação para que você possa ir além.“
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