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Superando o Coletivismo | Como Ser Um Leão em Um Mar de Ovelhas

Tempo de leitura: 6 min

Escrito por Davi Klein
em janeiro 23, 2024

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Deixa eu lhe pergunta algo: Você é o principal ou você é o grupo? Você é o protagonista atuante ou o espectador passivo que deixa a sua mente ser controlada pelas opiniões/preconceitos do grupo? Seus pensamentos são seus ou apenas modelos copiados de fontes alheias?

Você não está aqui para encaixar e sim para se destacar. Em outras palavras, você não está aqui para ser uma ovelha e sim um leão, você não está aqui para se conformar e renunciar a sua individualidade ao grupo, somente para pertencer e ser aceito. Fazer isso é cometer um dos maiores pecados: viver uma vida falsa.

A liberdade descobre o homem no momento em que ele deixa de se preocupar com a impressão que causa

Bruce Lee

Transcenda o Coletivo, Busque a Individuação

Ao longo da história humana a maioria das sociedades e culturas foram dominadas pela mentalidade tribal. Isso foi verdadeiro em tempos primitivos, na idade média e em países socialistas (e alguns não socialistas também.)

A essência da mentalidade tribal é que ela vê o coletivo como o mais importante e denigre a importância do indivíduo. Ela diz que o individuo, por si, só não é nada.

Podemos observar tal fenômeno do predomínio do coletivo sobre o individuo no livro de George Owell (1984), onde o poder autoritário/supremo do ESTADO esmaga a autoassertividade e o individualismo – as pessoas individuais não possuem importância em si, apenas são meios e servos do Estado coletivista.

Vemos o tribalismo em eventos históricos que ocorrem, como no Comunismo e Fascismo:

“Fascismo, nazismo, comunismo, e socialismo são apenas variações superficiais do mesmo tema monstruoso – coletivismo”

Ayn Rand

O tipo de mentalidade que é cultivada no coletivismo é a seguinte: “Você não vale, sozinho você não é nada, somente sendo parte de nós, você pode ser algo.” O que eu quero apontar aqui é que a premissa tribal é intrinsicamente contra a autoestima, colocam o individuo como sendo inferior ao coletivo.

Nos tempos atuais, estamos vendo pessoas que estão totalmente perdidas e procuram sua salvação interior por meio de doutrinas. O filosofo brasileiro Olavo de Carvalho explica esse fenômeno:

Quanto menos um homem é apto a enxergar o mundo, mais assanhado fica de transformá-lo, de transformá-lo a imagem e semelhança de sua própria escuridão interior.”

“O público universitário, irrequieto e verboroso, absorve com crédulo entusiasmo qualquer doutrina que lhe ofereça um alívio de culpas, apontando um novo bode expiatório no qual possam despejar, sob algum pretexto nobilitante, os mais baixos rancores de uma idade que é, por excelencia, a idade dos complexos.

Existem tensões inevitáveis entre a agenda da sociedade/coletivo e agenda do individuo As sociedade estão preocupada com sua própria sobrevivência e perpetuação e, ela tende a encorajar os valores que são percebidos como benéficos para este objetivo. Esses valores muitas vezes não têm nada a ver com o crescimento e aspirações dos indivíduos.

O psicólogo da autoestima Nathaniel Branden explica sobre o conflito entre autorrealização individual e o conformismo coletivista. Em seu livro “The Six Pillars Of Self Steem” Nathaniel diz que a autoestima é resultado de seis práticas internas, práticas que são operações da consciência individual, que SÓ O INDIVÍDUO pode escolher realizar ou não:

As vezes me perguntam se uma pessoa não pode conseguir a autoestima pelo conformismo e vivendo de acordo com as normas culturais estabelecidas. Não seria a segurança de pertencer ao grupo uma forma de autoestima? A validação do grupo não leva a uma experiência de valor próprio? O erro aqui é igualar sentimentos de segurança e conforto com a autoestima. Conformidade não é autoeficácia e popularidade não é autorrespeito. Um senso de pertencimento não é igual a confiar em sua própria mente e na sua confiança de lidar com os desafios básicos da vida. O fato dos outros me estimarem não é garantia de que eu próprio irei me estimar.

Se a autoestima é o julgamento de que eu sou apropriado a vida, a experiência de competência e valor, se a autoestima é uma mente que confia nela mesma, ninguém pode gerar e sustentar isso exceto eu mesmo.

A natureza nos deu uma responsabilidade tremenda: a opção de ligar ou desligar a luz da nossa consciência. As escolhas que fazemos em relação as operações da nossa consciência trazem enormes
consequências em nossa vida e em nossa autoestima. A tragédia da vida de muitas pessoas é que elas procuram a autoestima em todas as direções exceto dentro delas.

As seis práticas explicadas nesse livro são todas as operações da consciência. Todas envolvem escolhas. São escolhas que nos confrontam a todo momento da existência. Escolhas entre ligar a luz de nossa consciência ou desligá-la, escolher a inconsciência (ex: negar a realidade, ter uma mente passiva, evitar lidar com assuntos/sentimentos desconfortáveis, não querer entender sobre o mundo, ter uma mente fechada).

Se você quiser saber mais em detalhes sobre essas 6 práticas, recomendo que assista o meu vídeo a seguir:

Definitivamente, nossa autoestima é afetada pelas escolhas que fazemos. Ninguém pode sugerir seriamente que nosso senso de competência para lidar com os desafios da vida e do nosso valor próprio podem permanecer não afetados ao longo do tempo pelo padrão das nossas escolhas

As seis práticas internas geradoras de autoestima são as seguintes:

1) A prática de viver conscientemente
2) A prática da autoaceitação
3) A prática da autorresponsabilidade
4) A prática da autoassertividade
5) A prática de viver com propósito
6) A prática da integridade pessoal

Viver conscientemente envolve:

  • Uma mente mais ativa que passiva esse é o ato mais fundamental da autoconfiança – a escolha de pensar, de buscar a consciência, conhecimento e clareza.
  • Ter uma preocupação em entender o mundo.
  • Ser receptivo a novos conhecimentos e ter a disposição de reexaminar antigas suposições.
  • Buscar sempre a expansão da consciência, um comprometimento ao aprendizado e crescimento como estilo de vida.
  • Uma preocupação em saber não só minha realidade externa mas, minha realidade interna, a realidade das minhas necessidades, sentimentos, aspirações e motivos para que eu não seja um estranho ou um mistério a mim mesmo (u não estou vivendo conscientemente se minha consciência é usada pra tudo menos para o autoconhecimento).
  • Preocupação de estar ciente dos valores que me movem e me guiam assim como suas raízes para que eu não seja guiado por valores adquiridos irracionalmente ou aceito dos outros.
  • Notar e confrontar meus impulsos de evitar ou negar realidades dolorosas ( Medo e dor deveriam ser tratados como sinais não para fechar seus olhos, mas, para abri-los, não para evitar olhar, mas, olhar atentamente.
  • Preocupação em saber “onde estou” em relação a meus objetivos e se estou sendo bem- sucedido ou falhando. Estar preocupado se minhas ações estão alinhadas com meu propósito.

Por uma mente que é mais ativa do que passiva

Se você espera, do meio social, uma confirmação do que você está pensando, você já emburreceu na mesma hora. Confiar na autoridade do coletivo é emburrecedor. Você precisa ter uma firme disposição de querer conhecer as coisas, pessoalmente, mesmo que seu meio em torno esteja dizendo algo totalmente o contrário.

Você está condicionado a se conformar, obedecer e não exercer seu próprio pensamento critico. Você sempre olha para fora de si mesmo, deixando que os ditos “especialistas”, a mídia, jornalistas, amigos e familiares decidam como você deve viver sua vida, que eles decidam como você deve pensar, agir, decidir e sentir.

Você precisa treinar o musculo do discernimento, a sua vista espiritual (capacidade de discernir o que é verdadeiro e benéfico a vida do que é falso e prejudicial a vida), tendo uma mente que é mais ativa do que passiva, que busca a verdade por conta própria ao invés de assimilar passivamente doutrinas e especulações vindas de fora, de pessoas que na maioria das vezes estão perdidas no mesmo estado de confusão e alienação de si mesmas.

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