“O desejo constitui ‘maya – ilusão’ e a ausência de desejo é Deus”
Ramana Maharshi.
Criamos muito do nosso próprio sofrimento ao sermos pegos em um ciclo interminável de desejo e apego.
O desejo é um distúrbio da paz inerente e natural do nosso ser. O desejo mantém a pessoa envolvida em tentar saciar seus desejos, consequentemente distraindo as pessoa de sua felicidade natural. Na verdade, o desejo é o inimigo da felicidade e a Fonte da miséria.
Podemos dizer que a negatividade (sofrimento) é querer que as coisas sejam diferentes do que elas são, diferente do que É.
“A iluminação pode ser definida como a ausência de resistência ao que é, a total intimidade com o que quer que esteja se desenrolando, sem o desejo de evitar ou substituir a realidade, para que não haja espaço para o “eu” separar-se do todo.”
Rupert Spira
Um homem disse ao Buda: Eu quero a Felicidade. Buda respondeu: Primeiro, retira o “Eu”, esse é o ego. Depois, retira o “quero”, porque é o desejo. E repara, agora só tens Felicidade.
A barriga da mente é insaciável
A barriga da mente é insaciável. Vamos supor que existe um forte desejo em você. Você acredita que quando conseguir tal coisa, que aquilo ira lhe dar um tremendo prazer.
Porém, enquanto você não tem aquilo, você se sente perturbado, inquieto, você nunca está presente, pois está dividido por dentro e uma parte de sua atenção está em outro lugar, naquilo que você quer obter.
O que você quer é somente um objeto, a felicidade não está contida nele, é você que projeta e imagina que tal objeto vai ter um tremendo prazer se consegui-lo e aquele desejo de possuir tal coisa começa a te molestar.
Vamos supor que um dia eu lhe de o que você tanto desejava, naquele momento você fica feliz, mas aquilo não está realmente te dando nada. O que realmente acontece é que naquele momento em que você recebe tal coisa, sua agitação e inquietação param de te molestar e você curte a liberdade dessa agitação e você interpreta aquilo como se aquela coisa estivesse dando prazer.
Só que o apego vem de você e podemos fazer isso com muitas coisas no mundo, imaginando que algo (como um relacionamento ou objeto) irá te preencher.
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