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Como Você Está se Avaliando? (Valores Ruins x Valores Bons)

Tempo de leitura: 24 min

Escrito por Davi Klein
em março 13, 2021

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O que são valores? São coisas pelas quais:

  • Desejamos despender esforços e recursos
  • Que nos motivam
  • Nos dão o critério para nos avaliarmos
  • Moldam a forma como conduzimos nossas vidas (pensamos, sentimos e agimos)

Os valores, são a base de tudo o que somos e fazemos. Se o que valorizamos é inútil, se o que escolhemos valorizar como sucesso ou fracasso é equivocado, qualquer coisa baseada nesses valores – pensamentos, emoções sentimentos – será equivocada também.

No final das contas, tudo o que pensamos e sentimos acerca de uma situação se resume ao valor que damos a ela.

Nossos valores determinam o parâmetro segundo o qual avaliamos as outras pessoas e as nós mesmos.

Valores pessoais está intrinsicamente associado a perguntas como: Por que eu considero isso um sucesso/fracasso? Como escolho me avaliar? Qual é o padrão que eu uso como referência para julgar a mim mesmo e ao outros ao meu redor?

Eu escolho me importar com o que? Escolho basear minhas ações em quais valores? Escolho avaliar minha vida segundo quais parâmetros? Bons ou ruins?

Por exemplo: Você está triste pelo fato de não ter dinheiro e, por conta disso, sente a necessidade de ser rico. A coisa mais importante a se fazer é começar a se perguntar o “Por que” dessa necessidade.

Por que você sente essa necessidade? Como você está escolhendo medir o seu sucesso ou fracasso? Será que essa infelicidade não vem da forma como você está escolhendo se avaliar?

Assim como todo mundo, você carrega em si valores e crenças que são, para você, regras de vida. A maioria provém de seus pais e da sua tenra infância.

Os valores são totalmente subjetivos e diferem de pessoa para pessoa. Estão tão arraigados dentro se si que nem temos consciência deles. Eles se tornaram mecanismos fundamentais, automáticos, muitas vezes inconscientes e constituem grande parte de suas memórias.

O problema é que muitos podem ser falsos, enganosos e limitadores, bloqueando sua evolução ou deformando a realidade.

A maioria dos seus valores decorrem daqueles cultivados pelos seus pais. Na maior parte do tempo, são uma mistura dos valores do pai e da mãe.

Valores e crenças harmoniosos atraem situações benéficas para você e sua evolução. Enquanto medos valores e crenças deformadas atraem acontecimentos ruins.

Tire um instante por exemplo, para pensar em algo que o esteja incomodando muito. Agora se pergunte “por que” isso o incomoda. É provavel que a resposta venha de algum tipo de fracasso. Depois pergunte-se por que esse fracasso lhe parece “verdadeiro”. E se isso não for um fracasso? E se você estiver analisando as coisas de um jeito errado?

E se estivermos escolhendo medidas superficiais para avaliarmos nossas vidas?

Existem valores e parâmetros que são melhores do que os outros. Existem valores positivos e valores negativos.

Vou explicar quais são as diferenças entre os dois e dar alguns exemplos, para você começar a ficar consciente da forma como anda se avaliando e se você está escolhendo viver de acordo com padrões/valores que são benéficos!

Valores Ruins

Alguns valores só fazem criar problemas, alguns deles são:

  • Prazer: Prazer é ótimo, mas é também um péssimo valor no qual basear sua vida. Pergunte para qualquer viciado em drogas onde sua busca por prazer o levou. Pergunte para alguém que ficou a beira da morte por causa da gula excessiva se o prazer o ajudou a resolver seus problemas. O prazer é um falso Deus. Pesquisas mostram que concentrar a sua energia em prazeres superficiais, leva a ansiedade, instabilidade emocional e tristeza extrema. O prazer é o meio mais superficial de se obter satisfação; por consequência, essa satisfação é a mais fácil de obter mas também é a mais fácil de perder. Apesar disso, o prazer é vendido 24h por dia, 7 dias na semana. É nele que nos fixamos. É a substância que usamos para nos entorpecer e distrair. Porém, embora necessário (em pequenas doses), o prazer não é o suficiente. O prazer não é a causa da felicidade, é o efeito dela. Se você acertar no restante (outros valores e parâmetros), o prazer vira naturalmente.
  • Sucesso material: Muitas pessoas medem o seu valor pessoal com base no dinheiro que ganham, no carro que dirigem, no gramado mais verde que o vizinho. Pesquisas indicam que tendo nossas necessidades básicas (Comida, abrigo) supridas, a correlação entre a felicidade e o sucesso material, a partir desse ponto, é quase 0! Isto é, se você passa fome, e mora na sarjeta, 10000 reais a mais por ano vão fazer muita diferença. Porém, para uma que já tem uma abundância financeira e que vive num país bem estruturado, ganhar 10000 a mais por ano quase não vai fazer diferença. Além disso, quando as pessoas passam a avaliar a si mesmas não pelo seu comportamento mas pelos símbolos de status atrelados a ele, ela torna-se superficial e deixa de priorizar valores fundamentais como compaixão, honestidade etc.
  • Estar sempre certo: Nosso cérebro é uma máquina falha. Estamos sempre fazendo suposições incorretas, avaliando mal as probabilidades, rememorando eventos de forma imperfeita. É muito comum nos enganarmos e, por isso mesmo, é uma péssima medida para se avaliar. Pessoas que se baseiam nesse parâmetro não conseguem ter empatia e não possuem a capacidade de enxergar novas perspectivas. Elas se fecham para informações novas e relevantes. É muito mais útil presumir-se ignorante e limitado, pois isso vai te colocá-lo num estado constante de aprendizado e crescimento.

Definindo Valores Bons e Valores Ruins

Bons valores são:

  • Realistas
  • Socialmente construtivos
  • Imediatos e controláveis

Valores ruins são:

  • Supersticiosos
  • Socialmente nocivos
  • Não imediatos e nem controláveis

Por exemplo, a honestidade é um bom valor, pois está sob o nosso total controle, é baseada na realidade e beneficia outras pessoas (mesmo que as vezes seja desagradável).

Já a popularidade é um valor ruim, pois é algo que está totalmente fora de seu controle. Além do mais, não é uma valor e parâmetro que se baseie na realidade, pois você pode se sentir popular mas não tem como saber se outras pessoas pensam da mesma forma.

Alguns exemplos de valores bons e saudáveis: Honestidade, autoaprimoramento, humildade, consciência, respeito próprio, criatividade, altruísmo, humildade, interesse pelo novo etc.

Alguns exemplos de valores ruins: alcançar o poder através da manipulação e violência, fazer sexo indiscriminado, sentir-se bem o tempo todo, ser sempre o centro das atenções, não ficar sozinho, ser amado por todos, ser rico só pela riqueza, querer agradar a todos etc.

Repare que os valores bons e saudáveis são alcançados internamente. Coisas como criatividade e humildade podem acontecer agora mesmo, bastando orientar sua mente nesse sentido. São valores imediatos, controláveis, dependem exclusivamente de mim e são benéficos ao mundo.

Valores ruins dependem de eventos externos. Mesmo que eles sejam divertidos e prazerosos algumas das vezes, eles estão fora de seu controle e muitas vezes são alcançados somente por meios nocivos e supersticiosos.

Pelo fato deles estarem fora do seu controle, a ansiedade e frustração são certas e o seu valor sempre estará a mercê de terceiros.

A grande pergunta é: Quais valores você prioriza acima de tudo e que, portanto, influenciam as suas decisões? Temos que fazer esse exercício de reformular nossas prioridades, concentrar-se no que realmente importa e a partir disso, avaliar nossa vida a partir de um nova perspectiva.

Quando nutrimos valores ruins, ou seja, padrões baixos estabelecidos para nós e para os outros, nos importamos com coisas que não merecem a nossa atenção e que no fundo tornam a nossa vida pior.

Quando escolhemos valores melhores, direcionamos nosso foco para o positivo: para aquilo que realmente importa, que nos proporciona bem estar, felicidade, prazer e sucesso.

Tudo isso é, em suma, a essência do autodesenvolvimento: priorizar valores melhores é escolher se importar com coisas melhores.

5 Valores Inusitados Que Podem Mudar sua Vida

O livro “A sutil arte de ligar o foda-se” nos apresenta 5 valores inusitados, que apesar de parecerem pouco convencionais e desconfortáveis, possuem grandes benefícios.

Eles são os seguintes:

  • Responsabilidade: Assumir a responsabilidade por tudo o que acontece na sua vida, não importa de quem seja a culpa.
  • Incerteza: o reconhecimento da nossa própria ignorância e o cultivo da dúvida constante em relação as nossas próprias crenças.
  • Fracasso: Disposição para descobrir suas falhas e erros, para que possam ser melhorados.
  • Rejeição: Capacidade de dizer e ouvir não, definindo claramente o que aceitar e rejeitar.
  • Mortalidade: Contemplação da própria morte.

Agora, vamos falar um pouco sobre cada um deles:

Responsabilidade

A simples percepção, que permite todo o tipo de melhora e crescimento pessoal é a seguinte: Nós, individualmente, somos responsáveis por nossas vidas como um todo, sejam quais forem as circunstâncias externas.

Nem sempre dá para controlar o que acontece conosco, mas sempre podemos definir nossas interpretações dos acontecimentos e nossa reação a eles.

Tendo ou não essa consciência, sempre somos responsáveis pelo caminho que tomamos. É impossível não ser. Não interpretar conscientemente os acontecimentos já é uma interpretação. Não reagir aos acontecimentos já é uma reação.

Mesmo que você seja atropelado por um cara andando de bicicleta e todo mundo comece a rir de você, é sua responsabilidade interpretar o significado daquilo e escolher como reagir.

A questão é: Estamos sempre assumindo um papel ativo no que acontece conosco e dentro de nós. Estamos escolhendo sempre, de modo inconsciente ou não. Sempre!

Com grandes responsabilidades vem grandes poderes! A medida que assumimos a responsabilidade por nossa vida, mais poder adquirimos para mudá-la.

Assim, aceitar-se responsável é o primeiro passo para resolver seus problemas.

Uma coisa muito importante de entender é que existe uma grande diferença entre responsabilidade e culpa.

Muita gente hesita em assumir a responsabilidade por seus problemas pois acredita que ser responsável por eles é também ser culpado.

Uma forma simples de diferenciar os 2 conceitos: Culpa é passado, responsabilidade é presente. A culpa aponta para escolhas já feitas, enquanto a responsabilidade aponta para escolhas sendo feitas agora, a cada segundo de cada dia.

Existe uma grande diferença entre culpar alguém pela sua situação e esse alguém ser realmente responsável por aquilo. Ninguém além de você é responsável por sua situação.

Muita gente pode ser culpada por sua infelicidade, mas ninguém além de você será responsável por isso. É você que escolhe como ver o que vive, como reagir aos acontecimentos e como avaliá-los.

Por mais que alguém tenha feito algo terrível a você e essa pessoa ser culpada por aquilo, é sua responsabilidade sair daquela situação, de escolher sua resposta frente ao que a pessoa fez e de interpretar o significado de tal acontecimento.

Por mais que alguém tenha te machucado, não é essa pessoa que vai voltar e restaurar a harmonia na sua vida. Isso depende de você! É sua responsabilidade ser feliz de novo!

Por exemplo, se você foi assaltado é claro que não é culpa sua. Porém, a capacidade de responder a tal acontecimento é exclusivamente sua. Você revida? Chama a polícia? Fica paralisado? Todas essas possibilidades de reação são escolhas que você é responsável por fazer ou rejeitar.

Você não escolheu o assalto, mas mesmo assim lhe cabe gerir o impacto emocional e psicológico da experiência.

No livro “Engenharia Interior” de Sadhguru, ele explica muito bem sobre o mecanismo da responsabilidade:

Responsabilidade significa sua capacidade de responder. Se você decidir, sou responsável, terá capacidade de responder. Se decidir “não sou responsável”, não terá capacidade de responder.

Você pode ver a situação do jeito que está e assumir a responsabilidade por ela. Assumir a responsabilidade não é aceitar a culpa em vez de atribui-la, significa apenas responder conscientemente a situação.

Depois de assumir a responsabilidade, você invariavelmente começará a explorar formas de lidar com a situação. Você procurará soluções.

Se assumir absoluta responsabilidade dentro de si mesmo por tudo o que está ao seu redor, você se tornará o centro de qualquer situação em casa, no trabalho ou no universo.

Reatividade é escravidão, responsabilidade é liberdade. Sua vida exterior pode não estar absolutamente sobre o seu controle, mas sua vida interior estará.”

Sadhguru

Culpar os outros é abdicar de seus poderes, prender-se ao passado e escolher sofrer.

A vida pode ser comparada como um jogo de Pôquer: A beleza do pôquer é que embora a sorte esteja envolvida, ela não determina os resultados a longo prazo. Uma pessoa pode receber uma mão horrível e vencer alguém com uma mão sensacional.

A pessoa que recebe boas cartas tem uma probabilidade maior de ganhar, é claro, mas, no final das contas, o vencedor é determinado pelas escolhas que faz ao longo do jogo.

Na vida, todos nós recebemos cartas aleatórias no início do jogo, alguns cartas melhores. E, embora seja fácil no fixar no que está na mão e sentir que nos ferramos, na verdade o jogo está nas escolhas que fazemos com essas cartas, nos riscos que decidimos correr e nas consequências com as quais escolhemos viver.

Quem de maneira consistente, faz as melhores escolhas diante das situações que se apresentam, acaba ganhando no pôquer e na vida. Não necessariamente quem tem as melhores cartas.

Por exemplo: Há quem tenha tido uma infância ruim. Há os que foram maltratados, violentados e destruídos física, emocionalmente e financeiramente.

Eles não são culpados por seus problemas e obstáculos, mas mesmo assim são responsáveis – sempre responsáveis – por seguir em frente apesar das adversidades e fazer as melhores escolhas que puderem.

O que está ocorrendo no mundo atual é que as pessoas estão transferindo a terceiros a responsabilidade pelos seus próprios problemas. Essa capacidade de aliviar a responsabilidade através da culpa confere uma distração e euforia temporária, além de uma sentimento de retidão moral.

Em certos grupos, isso tornou-se atrativo e até admirável. É a primeira vez na história que muitos grupos demográficos sentem-se injustiçados e vitimados ao mesmo tempo.

As pessoas se viciam em sentir-se constantemente ofendidas porque isso lhes traz euforia: ser hipócrita e moralmente superior provoca bem estar.

Porém, parte do ônus de viver em uma sociedade livre e democrática é termos que lidar com opiniões e pessoas de que não necessariamente gostamos. É o preço a se pagar. Mas parece que as pessoas se esqueceram disso.

Basicamente o caminho para mudarmos é escolhermos as coisas que realmente importam e que são benéficas! Lembre-se que constantemente fazemos escolhas, que você esteja consciente ou não. O importante é ter esse alinhamento ao que é prioritário em nossas vidas.

Incerteza

Ao longo de nossas vidas, nos apegamos demais a algumas certezas, certezas que temos medo de questionar ou abandonar, valores que deram significado as nossas vidas por um longo período.

É mais fácil perpetuarmos certas certezas dolorosas do que prová-las ao contrário. Temos medo de desafiar nossas crenças, a respeito de nós mesmos e do mundo.

A certeza é inimiga do crescimento. Nada é certo até acontecer – e mesmo que aconteça – continua a ser questionável

Em vez de lutar por uma vida cheia de certezas, devemos sempre buscar a dúvida, seja em relação as nossas crenças, aos nossos sentimentos ou em relação ao futuro que nos reserva.

Em vez de tentarmos estar certos o tempo todo, que tal fazer o contrário. Que tal aceitarmos que estamos errados o tempo todo? Porque estamos mesmo.

Essa compreensão, nos traz possibilidades de mudanças. Equívocos trazem a oportunidade de crescimento.

Não sabemos a diferença entre uma experiência positiva ou negativa. Alguns dos momentos mais difíceis e estressantes de nossas vidas acabam sendo o que mais nos motivam e auxiliam em nossa formação. Não confie na sua concepção de experiências positivas e negativas.

Lembre-se: Nossa mente humana é rápida em criar e acreditar em um monte de bobagens irreais.

Nosso cérebro é uma máquina de gerar significados. O que “entendemos” como significado são associações mentais entre dois ou mais eventos. Se apertamos um botão e vemos uma luz se acender, concluímos que o botão foi a causa e a luz a consequência.

Nossa mente está sempre em atividade, gerando mais e mais associações para nos ajudar a entender e controlar o ambiente que nos cerca. Tudo que vivemos, seja internamente ou externamente, gera novas associações e conexões mentais.

Só tem dois problemas: O primeiro é que o cérebro é imperfeito. Confundimos o que vemos e ouvimos, esquecemos os fatos e fazemos interpretações erradas.

Segundo é que o cérebro se apega aos significados que criamos. Somos tendenciosos em relação ao que assimilamos e relutamos em nos desapegar do que a nossa mente criou, mesmo quando temos evidências que contradizem o significado estabelecido, preferimos ignorá-las e manter nossa crença.

A triste realidade é que a maior parte do que sabemos e acreditamos é produto das inexatidões e tendências inatas desse órgão. Muitos dos nossos valores são produtos de eventos que não representam o mundo como um todo ou de uma passado totalmente deturpado pela memória.

O resultado? Grande parte das nossas crenças é incorreta. Ou para ser mais exato, todas são – algumas são apenas menos que outras. A mente humana é uma amontoado de inexatidões.

Clichês desagradáveis como “confiar em si mesmo” e “seguir o seu coração” estão por toda a parte. Talvez o melhor seja confiar menos em si mesmo. Afinal, se nossa mente e coração são tão falhos, precisamos questionar ainda mais nossa intenções e motivações.

Portanto, a Incerteza é a raíz de todo progresso e crescimento. Como diz um velho ditado: o homem que acha que sabe tudo não aprende nada novo. É impossível aprender algo senão a partir da própria ignorância. Desse modo, quanto mais admitimos não saber, mais criamos oportunidades para aprender.

É por isso que precisamos duvidar de nossos valores atuais: encaramos a nossa ignorância de frente e admitir a derrota – se realmente quisermos mudar!

Existe uma “lei” que o autor desse livro evitou, que se chama a Lei de Evasão de Manson, que diz basicamente o seguinte:

“Quanto mais alguma coisa ameaça a sua identidade, mais você a evitará”

Isso significa o seguinte: Quanto mais uma coisa ameaça mudar a visão que você tem de si mesmo – sua autoavaliação de sucesso ou fracasso ou sua avaliação em relação aos seus próprios valores, mais você evitará fazê-la.

Há certo conforto em saber como a gente se encaixa no mundo. Qualquer coisa que abale esse conforto é assustadora, mesmo que tenha o potencial de melhorar a sua vida.

É por isso que tanta gente teme o sucesso, exatamente o mesmo motivo que temem o fracasso: Por que ameaça a pessoa que pensa ser.

Basicamente todos temos valores pessoais e protegemos esses valores. Tentamos viver de acordo com eles, justificá-los e mantê-los.

Por isso é muito importante não se prender a um rótulo rígido, se fechar em meras definições e conceitos mentais que te limitam. Nunca conheça quem você é. Porque é assim você pode viver em um estado de constante descoberta.

Segundo o Budismo, a idéia do “eu” não passa de uma construção mental arbitrária e, por isso, é preciso abandoná-la, pois ela sequer existe. Segundo essa filosofia, a medida arbitrária pela qual nos definimos é, na verdade, algo que nos aprisiona, e portanto, é melhor abrir mão dela.

Quando abrimos mão das histórias que contamos a nós mesmos para nós mesmos, nos libertamos para agir (e fracassar) e crescer.

O conselho que o autor dá é o seguinte: não seja especial; não seja único, redefina-se de acordo com as medidas mais comuns e abrangentes. Escolha não avaliar a si mesmo como uma estrela em ascensão ou gênio em estado bruto.

Escolha não avaliar a si mesmo como uma vítima um fracassado infeliz. E veja a si mesmo sob o viés de identidade mais simples: aluno, parceiro e amigo.

Quanto mais limitada e rara for a sua identidade, mais ameaçador parecerá o ambiente ao seu redor. Defina-se das formas mais simples e comuns se quiser evitar isso.

Em geral, isso significa desistir das idéias grandiosas para si: que é extremamente inteligente, incrivelmente talentoso, assustadoramente atraente, ou que enfrentou sofrimentos inimagináveis para os reles mortais.

Isso significa desistir de uma postura arrogante e de que o mundo lhe deve alguma coisa.

Fracasso

Aprimorar-se numa tarefa é um processo que passa por milhares de pequenos fracassos, e a magnitude do seu êxito nisso vai se basear em quantas vezes você não conseguiu fazer determinada coisa.

Se alguém é melhor do que você em algo, é provável que tenha cometido mais erros. Se alguém não é tão bom quanto você, é provavel que não tenha enfrentado todas as suas dolorosas experiências de aprendizagem.

Considere uma criança pequena aprendendo a andar. Sabemos que ela vai cair e se machucar centenas de vezes. Mas em nenhum momento ela pare e pensa: “Bem, acho que andar não é a minha. Não tenho talento para isso.”

A aversão a fracassos e erros é adquirida posteriormente na vida. Grande para disso vem do nosso sistema educacional, cujas avaliações são baseadas rigorosamente no desempenho e castigam os que não se saem bem.

Outra grande parte desse problema são pais dominadores e críticos. Esse tipo de criação impede que o filho erre por conta própria o suficiente e os pune por tentar algo diferente ou espontâneo.

Some isso com os meios de comunicação de massa apresentando casos e mais casos de gente bem sucedidas sem mostrar as milhares de horas de prática maçante e tédio necessárias para que chegassem a esse patamar.

Em algum momento, acabamos com medo de falhar, evitando inovar ou só fazer aquilo que somos bons. Se você se recusa a correr risco, não está disposto a ser bem sucedido.

Isso é limitador e sufocante. Só podemos atingir a excelência em algo se estivermos dispostos a falhar.

Porém, as mudanças pessoais mais radicais acontecem depois das piores experiências. Só em face uma dor intensa que nos dispomos a reavaliar nossos valores e examinar suas falhas. Precisamos de algum tipo de crise existencial para analisar a fonte do significado que damos a vida, e só depois considerar uma mudança no curso.

Querer negar essa dor é negar o nosso potencial. Por isso que pessoas que evitam se arriscar, passar vergonha, humilhações, sofrimento e decepções são as mais fracas. Tem uma frase que ilustra bem isso:

Rejeição

A única maneira de encontrar um significado maior e propósito é rejeitando alternativas, num processo que constitui um estreitamento da liberdade.

Alguma coisa temos que rejeitar. Do contrário, não somos nada. Se uma coisa não for melhor ou mais desejável que a outra, somos vazios e nossa vida não tem sentido. Deixamos de ter valores e, portanto, vivemos sem propósito.

Todo mundo precisa se importar com alguma coisa para valorizar alguma coisa. E para valorizar alguma coisa, precisamos rejeitar o seu oposto.

Essa rejeição é uma parte inerente e necessária da manutenção dos nossos valores e, portanto, da nossa identidade. Somos definidos pelo que escolhemos rejeitar. E se não rejeitarmos nada (talvez por conta do medo de nos rejeitarem) não temos identidade.

Saber dizer “não” é crucial.

Além disso, a cultura consumista sabe muito bem nos fazer querer mais e mais, de que mais é sempre o melhor.

Mas nem sempre mais é melhor. Na verdade, o oposto é verdadeiro. Em geral ficamos mais felizes com menos. Quando somos sobrecarregados por oportunidades e opções, sofremos o que os psicólogos chamam de paradoxo da escolha.

Basicamente, quanto mais variáveis, menos satisfeitos ficamos com o que escolhemos, porque temos consciência de que perdemos várias opções.

Então, se você escolher entre dois lugares para morar, provavelmente se sentirá confortável e confiante de que fez a escolha certa. Ficará satisfeito com essa decisão.

Mas se tiver um leque de vinte e oito opções e escolher uma, o paradoxo da escolha diz que provavelmente você passará anos sofrendo e duvidando de si mesmo, se perguntando se tomou a decisão certa.

Embora, por exemplo, investir profundamente em uma pessoa, um lugar, um emprego ou uma atividade possa nos negar a amplitude de experiências que gostaríamos, buscar uma amplitude de experiências nos nega a oportunidade de vivenciar as recompensas de experiências mais profundas.

Com o passar do tempo, vemos que a capacidade de assumir comprometimentos vale muito mais a pena do que ter uma infinidade de experiências rasas e superficiais: de você escolher rejeitar tudo, menos as melhores pessoas, experiências e valores mais importantes.

O compromisso liberta pois deixamos de lado as distrações com o que é insignificante e frívolo. Liberta pois foca a nossa atenção, direcionando ao que é mais eficiente em nos tornar felizes e saudáveis.

O compromisso torna a tomada de decisões mais fáceis e permite que nos concentramos em objetivos importantes e obtenhamos mais sucesso do que seria possível sem eles.

A rejeição das alternativas liberta – abrimos mão da constante busca da amplitude de experiências sem profundidade e do que não se alinha aos nossos valores mais importantes e as medidas que escolhemos.

Apesar da amplitude de experiências ser necessária e desejavel quando somos jovens – afinal – precisamos explorar o mundo e descobrir o que vale a pena investir. Mas a profundidade é onde o verdadeiro tesouro está. Para isso, é preciso assumir um compromisso com o que quer que seja (carreira, relacionamentos, construção de um bom estilo de vida etc).

Mortalidade

Temos medo de viver.

Temos que começar a entender que na verdade, não existe motivos para cedermos ao medo, ao constrangimento e vergonha, já que tudo isso não passa de um monte de nadas – pois adivinha só? Vamos morrer um dia.

Se passarmos nossas vidas evitando tudo o que é doloroso e desconfortável, estamos evitando estar vivos.

A morte assusta. É por isso que evitamos pensar nela, falar dela é até mesmo reconhecê-la.

Só que, de uma maneira bizarra e invertida, a morte é a luz pela qual a sombra de todo o significado da vida é mensurada. Sem a morte, nada teria importância.

A interação intencional com a própria mortalidade tem raizes antigas. Os estóicos da Grécia e Roma antigas imploravam as pessoas para sempre terem a morte em mente, de forma a apreciar a vida e permanecer humilde diante de adversidades.

O medo da morte vem do medo da vida, um homem que vive plenamente está preparado para morre a qualquer momento.

Enfrentar a realidade de nossa mortalidade é importante pois elimina todos os valores ruins, frágeis e superficiais da vida.

Enquanto a maioria das pessoas passa os dias buscando um pouco mais de dinheiro, um pouco mais de fama e atenção ou um pouco mais de certeza se é amada ou não, a contemplação de nossa mortalidade nos faz enxergar o que realmente é significativo em nossas vidas e o que não é.

Quando evitamos essa questão, deixamos valores triviais e odiosos dominarem nosso cérebro e assumirem o controle de nossos desejos e ambições.

Se não reconhecemos o olhar sempre presente da morte, o superficial parece sempre importante e o importante parece sempre superficial.

A morte é a nossa única certeza, portanto deve ser a bússola pela qual orientamos todos os nossos valores e decisões.

É por conta disso que temos que escolher valores que não servem só ao seu interesse, valores que sejam simples, imediatos, controláveis e tolerantes em meio a esse mundo caótico.

Bukowski escreveu: “Todos vamos morrer, todos nós. Que circo! Só isso nos deveria fazer amar uns aos outros, mas não. Ficamos apavorados e somos esmagados pelas trivialidades da vida, somos consumidos pelo nada.”

Temos que assumir a responsabilidade por nossas escolhas e buscar nossos sonhos com menos vergonha e inibição.

Comprometa-se com sua vida!

Não podemos perder tempo com besteiras e superficialidades que não servem para nada! Temos que nos comprometer com nossa vida, escolhendo valores nobres, que trazem felicidade, a si mesmo e aos outros.

Temos que escolher o benéfico, o amor, a autenticidade, a verdade! E evitar o que nos torna arrogantes, mesquinhos, invejosos e vitimas indefesas!

Comprometa-se com sua vida, escolha o que é importante e foda-se o resto! Crie a vida de seus sonhos!

Espero que eu tenha agregado valor na sua vida! Não deixe de comentar aqui quais são os valores que você considera mais importantes na sua vida! Não deixe de se inscrever no meu canal no Youtube também (CLIQUE AQUI!). Valeu e até o próximo artigo!

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