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Rei, Guerreiro, Mago, Amante: Decodificando a Psique do Homem Maduro (Parte 2)

Tempo de leitura: 33 min

Escrito por Davi Klein
em janeiro 30, 2021

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Quais são as características de um homem maduro? Que transcendeu a psicologia das crianças e que se firmou na psicologia dos adultos? Que realmente teve sua psique desenvolvida e amadurecida plenamente?

 O livro “King, warrior, magician, lover – Rediscovering the archetypes of the mature masculine” do Robert Moore trata justamente sobre essas questões, explicando sobre a psique masculina e sobre o que é a masculinidade madura e bem desenvolvida.

Eu já comentei sobre a primeira parte desse livro em um outro artigo (Clique Aqui para ver), na qual falei exclusivamente sobre os arquétipos do masculino imaturo (psicologia das crianças), que são os seguintes:

  • Criança Divina
  • Criança Precoce
  • Criança Edipiana
  • Herói

Não deixe de conferir para entender melhor sobre o que eu estou falando!

Nessa segunda parte, falarei sobre os arquétipos do homem maduro (psicologia dos homens), que são:

  • Rei
  • Mago
  • Amante
  • Guerreiro

Só para relembrar algumas informações importantes:

A psicologia das crianças é caracterizada pela luta pelo domínio, e frequentemente machuca a si mesmo e aos outros. É praticamente um sadomasoquista.

A masculinidade imatura domina o mundo de hoje. Podemos observar isso muito facilmente no comportamento das pessoas sendo violentas umas com as outras, de passividade, fraqueza, a inabilidade de agir com eficiência e criatividade na vida.

A psicologia dos homens é o oposto. É criativa e estimulante (florescente) e não é danosa nem destrutiva. É calma e possui o domínio de si.

Basicamente, a Criança Divina, ao ser enriquecida pelas experiências da vida, torna-se o Rei; a Criança Precoce torna-se o Mago; a Criança Edipiana torna-se o amante; e a O Herói se torna o guerreiro (veja a imagem abaixo)

Bom, agora vamos falar sobre as características dos arquétipos do masculino maduro, e sobre como podemos acessá-los e usufruir de suas qualidades.

Rei

A energia do Rei é primordial e a mais importante em todos os homens. Se você tiver essa energia bem desenvolvida, ou seja se você, for um “bom rei”, você também será um bom guerreiro, mágico e um grande amante.

O rei é, de fato, “o arquétipo central”, em torno do qual o resto da psique está organizada.

Para a maioria de nós, porém, o Rei está em último lugar e menosprezado.

Vamos falar agora sobre as 2 funções do rei, que são essenciais fazer essa transição da psicologia das crianças para a psicologia dos adultos.

A primeira dela é ordenar. A segunda é o fornecimento de fertilidade e bênção.

O que a função da energia do Rei faz, através de um rei mortal, é levar as pessoas do reino, o princípio de ordenação do Mundo Divino, os princípios de ordenação do Universo, que estão alinhados com a Vida, com Deus.

Ele as recebe da própria energia do Rei e depois os passa para sua nação. A partir dos “insights” e “orientações” que recebe do Divino, ele elabora leis e conduz o seu povo a prosperidade e felicidade.

Esta misteriosa ordem, fonte da sabedoria é a manifestação dos pensamentos ordenadores do Deus Criador (chamada de TAO, DHARMA ou LOGOS)

É dever do rei mortal não apenas receber e levar ao seu povo esta ordem correta do universo e lançá-lo em uma forma social, mas, mesmo mais fundamentalmente. para incorporá-lo em sua própria pessoa, para vive-lo em seu própria vida.

A primeira responsabilidade do rei mortal é viver de acordo com essa ordem divina (Ma’at. ou Dharma, ou o Tao).

Se ele fizer isso, tudo no reino e no mundo também estará de acordo com a ordem certa. O reino florescerá.

Se o rei não vive “no Tao”, então nada dará certo para o seu povo, ou para o reino como um todo. O reino vai desmoronar.

Por exemplo: Vemos nas famílias disfuncionais modernas que quando há um pai ausente, imaturo, fraco e a energia do Rei não está suficientemente presente, a família muitas vezes recebe a desordem e o caos.

Em conjunto com sua função de ordenação, a segundo forma na qual a energia do rei se manifesta é através fertilidade e bênção. A função do rei de fornecer fertilidade e bênçãos é demonstrada em muitos mitos e nas histórias de grandes reis.

Na Bíblia essas duas características do rei, a de ordenação e fertilidade são expressas: Duas coisas foram exigidas deles por Yahweh: primeiro, que andem nos caminhos dele, o equivalente hebraico de estar no Tao; e segundo, que eles “sejam fecundos e se multipliquem”, que eles possuam muitas esposas e muitos filhos.

A fertilidade não apenas no sentido físico e imediato mas a criatividade, a energia da abundância e prosperidade.

 A questão é que, à medida que esses homens prosperavam física e psicologicamente, o mesmo acontecia com suas tribos e reinos.

Portanto, o rei era o canal terreno do Mundo Divino. Ele é o mediador entre o mortal e o divino.

A outra função muito importante do rei é de dar benção.

A bênção é um evento psicológico ou espiritual. O bom rei reconhecia, incentivava e afirmava o valor das pessoas que mereciam.

O bom rei se deleitava em notar e promover homens bons para posições de responsabilidade em seu reino.

Ser abençoado tem enormes consequências psicológicas para nós.

Existem até estudos que mostram que nosso corpo realmente muda quimicamente quando nos sentimos valorizados, elogiados e reconhecidos.

Os jovens de hoje estão famintos por bênçãos da energia do rei. Eles precisam ser abençoados e vistos pelo Rei. Quando isso ocorrer, algo ira despertar dentro deles.

Esse é o efeito da bênção; ela cura e ativa potenciais. É o que acontece quando somos vistos, valorizados e concretamente recompensados por nossas habilidades e talentos.

Agora uma parte muito importante: Quais são as características do rei?Baseado em mitos e lendas antigas, quais são as qualidades dessa energia masculina madura?

O arquétipo do Rei em sua plenitude possui as qualidades de ordem, racionalidade e integridade da psique masculina.

Ele estabiliza emoções caóticas e comportamentos fora de controle. Nos dá uma estabilidade e centro. Dá calma, vitalidade, alegria e harmonia.

Ele mantém a nossa ordem interna, a integridade de nosso ser e do nosso proposito e garante uma calma central, pelo fato de sabermos quem nós somos e da nossa certeza que temos de nossa identidade masculina.

Ele olha para o mundo de maneira firme e calma. Consegue enxergar nos outros suas fraquezas, talentos e valor. Orienta os outros a potencialidade de seus seres. Não é invejoso, pois é seguro de si. Ele recompensa e estimula a criatividade nos outros.

Também pode ser agressivo quando necessário. Esta é a energia que se expressa através de você quando você está é capaz de manter a calma e controle quando todas as pessoas da reunião estão fora de controle.

Esta é a voz de calma e segurança, a palavra encorajadora em uma época de caos e luta.

Essa é a energia que busca paz e estabilidade, crescimento ordenado e positividade para todas as pessoas – e não apenas para todas as pessoas, mas para o meio ambiente, o mundo natural.

As Sombras do Rei: O Tirano e o Fraco

Embora a maioria de nós tenha experimentado um pouco dessa energia do Rei em nossas vidas, em momentos quando nos sentimos muito bem integrados, calmos e centrado, ela é uma energia que está faltando na maioria dos homens, sendo experienciada raramente e ocasionalmente.

A maioria dos homens experimenta apenas os aspectos da sombra do rei, que são o Tirano e o Fraco.

O Tirano é a sombra ativa do arquétipo do Rei.

O Tirano explora, abusa e condena os outros. Ele odeia tudo: A beleza, inocência, força e força vital. Ele faz isso pois carece de uma estrutura interna e vive com um constante pavor e medo – de sua própria fraqueza oculta e impotência.

Essa energia se expressa, por exemplo, em pais que intimidam, colocam seus próprios filhos para baixo e parecem invejar e odiar a alegria e vitalidade dos mesmos.

O pai faz isso pois teme o frescor, a novidade do ser, e a vitalidade que surge através dos seus filhos, por isso tenta cortá-la a todo custo. Ele faz isso através de agressões verbais (até mesmo físicas), depreciação e desinteresse por seus talentos, interesses etc. Em alguns casos, pode ocorrer até o abuso sexual.

O Rei Tirano já se manifestou em nossas vidas em situações quando nos sentimos cansados e pressionados ao limite, mas podemos vê-lo operando mais detalhadamente, em certas configurações de personalidade, como no transtorno de personalidade narcisista.

O homem possuído pelo tirano é muito sensível a críticas e embora coloque essa fachada ameaçadora, pode ser derrubado de seu trono facilmente por uma leve observação.

É claro que ele não irá demonstrar isso. Mas você vai observar a raiva e perceber que por baixo dela, há um sentido de vulnerabilidade, fraqueza e impotência.

Já o Fraco é a sombra passiva do arquétipo do Rei.

A influência desse arquétipo é demonstrada pela necessidade de aprovação

Em vez de assumir o controle de sua vida, tomar decisões e ser responsável por sua vida, o homem possuído pelo Fraco abdica de seu trono para outras pessoas, entregando o poder, a responsabilidade e o controle de sua vida a elas.

Este é o homem que, embora adulto, ainda permite que a mãe ou o pai tomem as decisões por ele. Este é o homem que obedece a todos os caprichos de seu chefe ou de sua esposa.

O homem possuído pelo Fraco carece de centro, calma e segurança interna. Ele vive com base no medo.

O autor desse livro, o Robert Moore acredita que o Tirano e o Fraco trabalham em conjunto, um com o outro – isso porque debaixo de cada Tirano, com toda sua fachada de invulnerabilidade, existe um Fraco assustado e debaixo de todo Fraco, existe um Tirano pronto para explodir a qualquer momento.

Acessando o arquétipo do Rei

O Rei procura integrar todos os outros arquétipos e todos os bons princípios a fim de atingir seu pleno potencial – de modo que ele possa usar essa energia para um propósito mais elevado e para abençoar a vida de outros.

Podemos começar a acessar essa energia por meio das seguintes “práticas”:

  • Viver com Integridade: Para isso você deve escolher conscientemente os seus valores e princípios que orientam sua vida e se manter alinhado com eles. Muitas pessoas nem sabem o que valorizam e vivem de acordo com valores vindos de fora e de outras pessoas, que são totalmente prejudiciais, como a busca por aprovação, a necessidade por fama, reputação e reconhecimento. Escolha viver de acordo com princípios benéficos, como honestidade, verdade, humildade, gentileza, coragem etc.
  • Ser Criativo: Lembre-se que uma das funções do rei é a fertilidade e criação. É você contribuir e servir o mundo, ajudando os outros, ao dar os seus presentes e talentos.
  • Ter um propósito ou plano para sua vida: É necessário ter um senso de direcionamento na sua vida, de você saber quais são os seus valores, objetivos e se você está alinhado com eles. Sem isso, você fica suscetível a opiniões e deixa que outras pessoas escolham por por você como sua vida deve ser.
  • Ser Independente dos seus pais: É preciso se libertar da influência dos pais. Eles já cumpriram o importante papel de cuidar de você. Porém, quem decide a sua vida, o caminho que você vai trilhar, sua direção é você. É necessário esse movimento de emancipação e de independência, senão você vai continuar a ser uma criança, totalmente dependente da autoridade dos pais.
  • Ser Decisivo e colocar planos e ideias em Ação: De que adianta ter varias ideias maravilhosas, com grande potencial se você não colocá-las em prática? Isso é viver no mundo das fantasias. Uma das funções do rei é a de receber ordenação divina, insights, e procurar por formas de transmissão/expressão delas na realidade. É necessário iniciativa e tomar ação! Só assim, com essa atitude proativa, que a prosperidade chega para o reino.
  • Ter Mentores: É bom ter em mente modelos, referências de grandes reis, pessoas que tiveram uma vida exemplar, bem sucedida e de grande inspiração. É nítido que o comportamento dos “grandes homens” difere do comportamento dos “comuns e ordinários”. Ao assimilar e entender seus modos de pensar, suas motivações, podemos incorporar essas qualidades positivas na nossa vida. Sem esse senso de orientação, ficamos presos ao convencional, a podridão moral que nos é passada pela mídia, publicidade e das outras pessoas comuns, que se acostumaram com a mediocridade.

Guerreiro

A energia do Guerreiro é universalmente presente nos homens. É uma energia presente em toda história da humanidade. Cada grande civilização possuiu uma grande tradição guerreira, junto com seu respectivos mitos guerreiros.

O homem que entra em contato com o Guerreiro possui uma grande fonte de energia, que serve como combustível para alcançar seus objetivos, lutar por causas dignas, alcançar a grandeza e deixar um legado duradouro.

Quais são as qualidades positivas do Guerreiro? Como ele é em sua potencialidade plena? Qual sua função para a evolução da vida e o seu propósito na psique do homem? Como ela pode nos contribuir?

A agressividade é uma das principais características do guerreiro.

Aqui, o sentido da palavra agressividade é o de uma postura em relação à vida que desperta, energiza e motiva, que nos leva a tomar a ofensiva e a desistir de uma postura defensiva. Ela implica a disposição de sairmos da segurança e do conforto e enfrentarmos nossos desafios e problemas.

O conselho do samurai sempre foi “pular” para a batalha com todo o potencial de ki, ou “energia vital”, à sua disposição.

A tradição guerreira japonesa afirmava que há apenas uma forma de enfrentar a batalha da vida: de frente, de forma direta.

Porém, para essa agressividade não se tornar destrutiva, a si mesmo e aos outros, existe uma outra qualidade muito importante que o Guerreiro, em seu potencial pleno, também cultiva. Essa qualidade é a clareza mental.

O guerreiro sabe qual a quantidade de agressividade adequada através da clareza do pensamento, que possibilita o discernimento.

O Guerreiro está sempre alerta e “acordado”, em um estado meditativo, nunca deixando sua atenção perder-se em distrações. Ele nunca está dormindo pela vida. Ele sabe como focar sua mente e o seu corpo.

Um guerreiro sabe o que ele quer e ele sabe como fazer isso. Em função de sua clareza mental, ele é um estrategista. Ele pode avaliar suas circunstâncias com precisão e, em seguida, adaptar-se à “situação do momento.”

Aqui está uma diferença entre o Guerreiro e o Herói. O herói, como vimos na primeira parte (a forma imatura do guerreiro), não conheça suas limitações; ele é romântico quanto à sua invulnerabilidade.

Já o guerreiro, contudo, através de sua clareza de pensamento, avalia de forma realista sua capacidades e suas limitações em qualquer situação.

Todas as tradições dos Guerreiros também afirmam que além do treinamento, o que permite que um guerreiro alcance a clareza de pensamento é viver com a consciência de sua própria morte (Memento Mori).

Um homem sob a orientação do Guerreiro sabe quão poucos são seus dias. Em vez de deprimi-lo, essa consciência o leva a uma grande força vital e a uma experiência intensa de vida. Cada ato conta. Cada ação é feita como se fosse a última.

Para ele, não há tempo para hesitações. Esta sensação da iminência da morte energiza o homem para tomar uma ação decisiva.

Ele não “pensa muito”, porque pensar demais pode levar à dúvida. A dúvida leva a hesitação e a hesitação leva a inação. A inação pode levar à perda da batalha. Essa capacidade de tomar decisões rápidas e não recuar é conquistada pelo seu árduo treinamento.

Seu controle é, em primeiro lugar, sobre sua mente e suas atitudes; pois se estas estão adequadas, o corpo também estará. Um homem acessando o arquétipo do Guerreiro tem “uma atitude mental positiva.”

Isso significa que ele tem um espírito invencível, coragem e que é destemido. Ele assume a responsabilidade por suas ações e tem autodisciplina.

Disciplina significa que ele tem o rigor para desenvolver o controle e domínio sobre sua mente e sobre seu corpo, e que ele tem o capacidade de suportar a dor, tanto psicológica quanto física.

A energia do Guerreiro também mostra o que podemos chamar de  comprometimento transpessoal. Sua lealdade é para alguma coisa – uma causa, Deus, um povo, uma tarefa, uma nação maior do que ele mesmo.

A psique do homem que está acessando adequadamente o a energia do guerreiro é organizada em torno de seu compromisso central. Esse compromisso elimina grande parte da mesquinhez humana.

Viver à luz de ideais elevados e realidades espirituais como Deus, democracia, liberdade ou qualquer outro compromisso transpessoal digno, altera o foco da vida de um homem, que deixa valorizar e não se envolve mais em disputas mesquinhas e preocupações egóicas.

A lealdade e senso de dever do Guerreiro então é para algo além de si mesmo e de suas próprias preocupações.

Podemos dizer que o Guerreiro é ascético.

Ele vive uma vida exatamente o oposto da maioria das pessoas. Ele vive não para satisfazer suas necessidades, desejos pessoais ou seus, apetites físicos, mas para aperfeiçoar-se em eficiência e espiritualidade, treinado para suportar o insuportável a serviço da meta transpessoal. Basicamente ele vive com desapego emocional.

O guerreiro também costuma ser um destruidor. Mas a energia positiva do Guerreiro destrói apenas o que precisa ser destruído para que algo novo, benéfico e virtuoso surja

Muitas coisas em nosso mundo precisam ser destruídas, como a corrupção, tirania, opressão, injustiça, o arcaico etc.

Quando, entretanto o Guerreiro está operando por conta própria, sem relação com esses outros arquétipos, os resultados podem ser desastrosos, pois o guerreiro em sua forma pura é emocionalmente desapegado e sua lealdade transpessoal transcende os relacionamentos individuais.

As Sombras do Guerreiro: O Sadista e o Masoquista

O desapego que vem da energia do Guerreiro em relação a relacionamentos humanos pode levar a problemas reais. Apesar do desapego em si não ser necessariamente ruim, ele deixa a porta aberta para o “demônio” da crueldade.

No sadista, junto com essa paixão pela destruição e crueldade vem o ódio do “fraco”, do desamparado e vulnerável.

O sadismo exibido nos campos de treinamento, em nome de “rituais de humilhações”, que são supostamente necessários e destinados a privar os recrutas de sua individualidade e colocá-los sob o poder de uma devoção transpessoal, são exemplos da manifestação sombria desse arquétipo.

O homem sob a influência de alguma dessas duas expressões da sombra do guerreiro, ainda é inseguro de seu poder fálico, pois possui aversão e “medo” de tudo que possa ser feminino e suave.

Um tipo particular de personalidade que tem a energia do sadista é o transtorno de personalidade compulsiva. Personalidades compulsivas são Workaholics.

Eles têm uma tremenda capacidade de suportar dor, e muitas vezes conseguem realizar uma enorme quantidade de trabalho. Mas toda a sua motivação vem de um lugar de desespero e profunda ansiedade.

Eles têm uma compreensão muito tênue de sua própria intuição: não sabem o que realmente querem, quem são e o que gostariam de ter.

Pessoas com esse tipo de personalidade, passam a vida “atacando” tudo e a todos – seus empregos, suas tarefas diárias, eles próprios e os outros.

Se não estivermos seguros o suficiente em nossa própria estrutura interna, deixaremos o nosso senso de valor ser influenciado pelo externo, pelo nosso desempenho.

E pelo fato da necessidade desse esforço ser muito grande, o nosso comportamento torna-se compulsivo.

O homem que é obcecado com o “sucesso”, na verdade, já falhou.

Já a sombra passiva do arquétipo do guerreiro é o masoquista. O masoquista projeta a energia do Guerreiro nos outros e enxerga a si mesmo como impotente.

O homem possuído pelo Masoquista é covarde e incapaz de defender-se psicologicamente; ele permite que os outros (e a si mesmo) o coloquem para baixo e excedam os seus limites pessoais, do que é tolerável ou não.

Se não estivermos em contato com a energia do Guerreiro, seremos influenciados pela sua sombra passiva, o masoquista covarde.

Sob a influência dessa sombra, vamos sonhar mas não seremos capazes de agir para realizar os nossos sonhos; teremos falta de vigor e ficaremos deprimidos. Não teremos a capacidade de suportar a dor necessária para a realização de qualquer objetivo que valha a pena.

Com essa energia, antes mesmo de iniciar uma tarefa, já somos derrotados antes de começa-la. Não seremos capazes de “saltar para a batalha.”

Acessando o Guerreiro

Como fazemos com todos os arquétipos descritos neste livro, precisamos nos perguntar não se estamos possuídos por um ou ambos os polos das sombras, mas de que maneira estamos falhando em acessar adequadamente os potenciais de energia masculinos disponíveis.

Se estivermos acessando o Guerreiro de forma adequada, seremos energéticos, decisivos, corajosos, resilientes, perseverantes e leais a algo maior, além do nosso ganho pessoal.

Seremos também, ao mesmo tempo “desapegados” e compassivos, apreciativos e criativo. Cuidaremos de nós mesmos, dos outros e do mundo.

O Mago

As origens de nosso conhecimento e tecnologias estão nas mentes dos sábios. É a energia do mago que conduz a nossa sociedade. Ele é o Intelectualmente curioso e o detentor do conhecimento oculto.

O mago humano é sempre um iniciado e uma de suas tarefas é iniciar outras pessoas.

Mas do que ele é um iniciado? O mago é um iniciado de diferentes tipos de conhecimento secreto e oculto.

Antigamente, as energias do rei, do guerreiro, do mago e do amante eram inseparáveis, e um homem- o chefe da tribo- manifestava todas elas de uma forma holística.

Nas sociedades aborígenes, isso começou a mudar um pouco. Existia o rei, o chefe dos guerreiros e os sábios (magos), cuja sua especialidade consistia em saber coisas que os outros não sabem.

Ele entendia a dinâmica oculta da psique do ser humano e, com isso, tinha a capacidade de manipular outros seres humanos, para o bem ou para o mal.

Ele entendia os links entre o mundo invisível dos espíritos – o Mundo Divino – e o mundo dos seres humanos e da natureza.

As pessoas se dirigiam ao Mago caso estivessem com problemas, dores, doenças ou dúvidas. Ele era aquele que podia pensar sobre os problemas que não são tão óbvios para as outras pessoas.

Este conhecimento secreto dá ao mago uma enorme quantidade de energia.

Um aspecto do conhecimento do mago, de ver nas profundezas não apenas da natureza, mas também dos seres humanos, era sua capacidade de esvaziar o arrogância e o ego, especialmente dos reis. É como se ele fosse o psicanalista do rei.

Vemos a influência dos Magos no final da antiguidade, em que, surgindo das religiões misteriosas da Grécia Antiga e influenciada pelo Cristianismo, houve um movimento chamado Gnosticismo. Gnose era a palavra grega para “conhecer” em um nível psicológico ou espiritual profundo.

Os gnósticos eram conhecedores das profundezas da psique humana e da dinâmica oculta do universo Eles ensinavam seus iniciados a como descobrir suas motivações inconscientes e lhes auxiliavam no caminho em direção a unidade, a partir do autoconhecimento.

Esta tradição de conhecimento secreto ressurgiu na Idade Média na Europa como “alquimia”. Mas o que mais que não percebemos é que a alquimia também era uma técnica espiritual para ajudar os próprios alquimistas a alcançarem o insight, a autoconsciência e a transformação pessoal, ou seja, a iniciação a uma maior maturidade.

Em grande parte, foi a alquimia que deu origem as ciências modernas – como a química e física.

Atualmente, porém, vivemos em uma época em que o Mago tem uma preocupação excessivamente materialista, de querer o domínio, controle e poder sobre a natureza.

Mas em termos de processo de iniciação não materialista, psicológico ou espiritual, a energia do mágico parece estar em falta. A energia do Mago está carente na área de crescimento e transformação pessoal.

Agora, vamos falar sobre quais funções que a energia do mago executa em nossas vidas diárias.

Basicamente, a energia do Mago é o arquétipo da consciência e do insight.

O mago sozinho não tem capacidade para agir. Essa é a especialidade do Guerreiro, mas ele tem a capacidade de pensar.

O Mago, então, é o arquétipo da consideração e reflexão e, por causa disso, é também a energia da introversão.

O que queremos dizer por introversão não é timidez ou timidez, mas sim a capacidade de ser desapegado e manter certa perspectiva, mesmo no meio de tempestades internas e externas, não perdendo a capacidade de enxergar e acessar as suas verdades e recursos internos.

Introvertidos, nesse sentido, vivem muito mais em seus centros do que outras pessoas. Eles são imóveis, estáveis, permanecem no seu próprio centro e conseguem ter um desapego emocional – ou seja – não são facilmente empurrados e puxados por outras pessoas e circunstâncias externas.

A energia do mago é a energia da solução dos problemas, que nos ajuda quando estamos no meio de alguma crise, sem respostas e confusos.

Frequentemente, em situações difíceis e perigosas, as pessoas são atraídas para uma “dimensão” dentro delas mesmas, além do espaço e tempo, que pode ser chamada de “sagrada.”

Algumas pessoas entram nessa dimensão ao ouvirem certas peças musicais, ao fazerem longas caminhadas em meio a floresta, meditando, orando e por muitos outros métodos.

Quando eles conseguem acessar esse espaço sagrado, elas se conectam com a energia do Mago, que pode fazer emergir soluções e respostas para seus problemas na forma de insights.

As sombras do Mago: O Manipulador Desapegado e o Inocente

Um homem sob a sombra do Manipulador Desapegado não guia outros, como o Mago faz. Na verdade ele os controla e manipula de maneiras que eles não conseguem ver.

O interesse dele não é iniciar outros, para ajudar as pessoas a serem mais felizes e realizadas. Em vez disso, o Manipulador manobra as pessoas, impedindo-as de receber informações de que poderiam necessitar.
Ele não lhes dá todo o seu conhecimento.

Ele retém e oculta coisas, a fim de alimentar seu orgulho e sua carteira, cobrando caro pelas poucas informações que dá.

Um bom exemplo disso pode ser encontrado nas universidades. Uma série de estudantes de pós-graduação – brilhantes, talentosos e trabalhadores – relatam que tiveram problemas e estão insatisfeitos com seus professores.

Muitos professores, em vez de acessar o Mago de forma adequada e, portanto, servirem como guias para a iniciação desses jovens no esoterismo e no reino dos estudos avançados, costumam atacar seus alunos e dificultar suas vidas, buscando esmagar seus entusiasmos.

Esses homens estão usando seu conhecimento secreto para seus próprios fins.

Sempre que retemos e ocultamos conhecimentos e informações que sabemos poder ajudar os outros, sempre que usamos nosso conhecimento como uma arma para diminuir e controlaras pessoas ou para reforçar nosso status e riqueza, estamos sob a influência desse arquétipo.

Já o polo passivo do arquétipo do Mago é o que chamamos de Inocente ou Ingênuo.

Um homem possuído pela sombra do Inocente deseja todo o poder, glória e status que vem com o aproveitamento do arquétipo do Mago em sua plenitude, mas ele não está disposto a trabalhar ou assumir a responsabilidade para atingir tais objetivos.

Ele não quer compartilhar e ensinar. Ele não quer a tarefa de ajudar os outros e nem quer conhecer a si mesmo também. Ele quer aprender apenas o suficiente para atrapalhar aqueles que estão fazendo esforços valiosos.

Pelo fato do homem, que está sob a influencia do Inocente, nunca conseguir atingir ou alcançar seus objetivos por causa da preguiça, ele também não quer que os outros alcancem seus objetivos e ambições.

As motivações subjacentes do “Inocente” vêm da inveja daqueles que agem, que vivem, e que desejam compartilhar.

Acessando o Mago

Aqui estão algumas atividades e práticas que você pode começar a fazer para entrar em contato com o arquétipo do Mago:

  • Comprometer-se ao aprendizado de longa data, estar constantemente aprendendo sobre si mesmo e sobre o mundo.
  • Meditação
  • Oração
  • Ter um ritual sagrado: se você quiser ter acesso aos insights, energias e ideias que existem em um plano acima daquele de sua vida cotidiana, então você precisa de uma porta de entrada para esse reino superior. O ritual sagrado é esse portal. Crie um ritual para você, um tempo ou um espaço físico onde você não seja interrompido. Talvez seja ouvir uma musica clássica, meditar, ir em algum bosque especial e isolado no parque, para refletir e pensar, ou ter uma caminhada matinal na floresta. Talvez seja a missa matinal. Seja o que for, crie algum tipo de ritual onde você possa conectar-se com os planos superiores.

O Amante

O Amante é o arquétipo da emoção, sentimento, idealismo, sensualidade e espiritualidade.

Os junguianos costumam usar o nome do deus grego Eros para falar sobre o Energia do amante. Eles também usam o termo latino libido.

Por esses termos eles se referem não apenas a apetites sexuais, mas a um apetite geral pela vida. O Amante é a energia primordial, que poderíamos chamar de vivacidade, paixão, vitalidade.

O arquétipo do Amante é fundamental para a psique também porque é a energia de sensibilidade ao ambiente externo e interno.

Significa abrir e usar todos os seus sentidos em todas as áreas da sua vida – tocar, saborear, cheirar, ouvir e ver – ou em outras palavras – experimentar tantas dimensões da vida quanto possível, com a maior frequência possível.

O amante também monitora as texturas e mudanças do seu mundo interno conforme responde às impressões sensoriais do externo.

Assim, quando um homem usa a energia do arquétipo do Amante, ele se sente vivo e conectado ao mundo e àqueles ao seu redor

Agora, vamos responder as seguintes perguntas: Quais seriam as formas que a energia do amante se manifesta nos homens atualmente? Quais são suas características e como ela nos ajuda a sobreviver?

O amante é o arquétipo da “brincadeira”, de curtir o mundo e se deliciar com os prazeres sensoriais, sem ter vergonha ou inibições. Portanto, o amante possui uma grande sensibilidade e consciência do mundo físico, em todo o seu esplendor.

Ele sente-se conectado com todas as outras coisas. Para o amante “Nenhum homem é uma ilha, isolado em si mesmo, todos são partes do continente, partes do Todo”. Porém, ele sente-se conectado não apenas com outros seres humanos, mas com toda a existência.

“Somos todos um. Porque o Todo está em tudo. Tudo é Ele. Tudo é Um. Como parte D’ele, também somos Um.”

O homem que acessa o Amante está aberto a um “inconsciente coletivo”, talvez ainda mais vasto do que o proposto por Jung.

O inconsciente coletivo de Jung é o “inconsciente” dos seres humanos e contém, como disse Jung, as memórias inconscientes de tudo o que já aconteceu na vida de todas as pessoas que já viveram.

Mas se, como sugeriu Jung, o inconsciente coletivo parece ser ilimitado, por que parar aqui? E se o inconsciente coletivo for vasto o suficiente para incluir as impressões e sensações de todas as coisas vivas?

Filósofos orientais disseram que somos como ondas na superfície deste vasto mar. A energia do Amante tem imediato e contato íntimo com essa conexão “oceânica” subjacente, que é a Fonte de tudo e base de toda a vida.

Pelo fato do Amante estar sintonizado com as forças misteriosas subjacentes à nossa existência cotidiana; este é o arquétipo que é a base e fonte da espiritualidade do homem.

A energia do Amante, que surge da criança edipiana é a fonte da espiritualidade – especialmente do que chamamos de misticismo.

Na tradição mística, que está subjacente e está presente em todas as religiões do mundo, a energia do Amante, através dos místicos, intui a Unidade definitiva de tudo o que existe e busca ativamente experimentar essa Unidade diariamente vida, enquanto ainda habita este corpo mortal.

O homem sob a influência do amante quer viver a conexão que sente com o mundo inteiro.  No final das contas, ele quer experimentar o mundo em sua totalidade.

Devido a sua grande sensibilidade ele consegue… ler as pessoas “como se fossem um livro.” São sensíveis às mudanças de humor e são intuitivos dos motivos ocultos das pessoas. Isto pode ser uma experiência muito dolorosa.

Porém, o autentico amor suporta e aguenta todas as coisas, ele abraça tanto a felicidade quanto a dor!

O homem sob a influência do Amante não gosta de limites e barreiras criadas socialmente. Ele se opõe à artificialidade de tais coisas. Sua vida muitas vezes não é convencional e é considerada “bagunçada” nos olhos dos outros.

A energia do Amante é totalmente oposta, pelo menos à primeira vista, as outras energias do masculino maduro. Seus interesses são opostos aos do Guerreiro, do Mago e das preocupações do Rei, estes que se preocupam principalmente com limites, com domínio, a ordem e disciplina.

Porém, o arquétipo do Amante é essencial aos outros três arquétipos da masculinidade madura. Enquanto a energia do Amante busca ser ilimitada, os arquétipos do Rei, Guerreiro e Mago fornecem ao homem estrutura e disciplina.

Assim, a paixão do Amante abastece e alimenta essas três forças vitais e, por sua vez, elas canalizam e aproveitam a energia do Amante de uma forma saudável para atingirem objetivos dignos.

Quais modos de vida manifestam o Amante com mais clareza? Existem dois – o artista e o psíquico. Pintores, músicos, poetas, escultores e escritores muitas vezes estão “dominando” o Amante.

Além disso, quando temos premonições e intuições sobre as pessoas, situações ou sobre nosso próprio futuro estamos acessando o amante.

As Sombras do Amante: O Amante Viciado e o Amante Impotente

Um homem possuído pelo Amante Viciado está, como diz Moore, “eternamente inquieto“. Ele está sempre procurando por algo, pessoa ou experiência que o fará se sentir vivo. Nunca é o bastante, há sempre a necessidade de mais e mais.

Uma de suas principais características é a perdição, a falta de rumo. Um homem possuído pela sombra do amante fica literalmente perdido no mundo dos sentidos e estimulações.

As menores impressões do mundo exterior são o suficiente para tirá-lo de seu centro.

Ele é puxado de um lado e depois para outro e, com isso, deixa de ser o mestre do seu próprio destino. Ele se torna vítima de sua própria sensibilidade, totalmente distraído pelo mundo das imagens, sons, cheiros e sensações táteis. Ele é perdido em seus próprios sentidos.

Isso é o que os hindus chama de Maya – a dança da ilusão, o constante envolvimento e distração de superficialidades que encantam e cativam a mente, que nos mantem presos nos ciclos de prazer e dor. Ficamos presos nessas ilusões, realmente acreditando que elas trarão a tão esperada felicidade, porém, ela nunca chega.

Basicamente: ele não sabe o que está procurando. Ele é o cowboy no final do filme cavalgando sozinho para o pôr do sol em busca de alguma outra emoção, alguma outra aventura, incapaz de se estabelecer consigo mesmo.

É aqui que vemos a síndrome de Don Juan em ação.

O homem que move-se de um mulher para outra, procurando compulsivamente por algo que nem mesmo ele sabe. É um homem cujas estruturas internas ainda não se solidificaram.

Pelo fato de ser fragmentado e não centrado internamente, ele é empurrado e puxado em varias direções, acreditando que o mundo feminino e a sexualidade preencherão o seu vazio existencial.

Preso nas “miríades de formas”, como dizem os hindus, ele não consigo encontrar a Unidade, o Ser, que o traria a calma e estabilidade.

O que o viciado está procurando (embora ele não saiba) é o “orgasmo” final e contínuo. O que ele realmente procura é a conexão com o Infinito, o Todo, com o Spiritus Mundi, que se encontra além das formas físicas. Porém, ele trilha o caminho errado, tentando encontrar o Ser por meio de mulheres finitas.

É por isso que ele cavalga de aldeia em aldeia e de aventura para outra aventura. É por isso que ele vai de uma mulher para outra. 

O que o viciado precisa fazer para sair desse aprisionamento é o estabelecimento de limites, de distância e desapego.

O que ele precisa fazer é desenvolver sua estrutura masculina fora do “feminino”. Ele precisava se reconectar com o Herói dentro dele (que não foi bem desenvolvido e foi negligenciado) e libertar-se da influência de sua mãe, que está o prendendo ao feminino e impedindo sua masculinidade de se aflorar.

Lembra? Uma das funções do herói é a de mobilizar as delicadas estruturas do Ego do menino para capacitá-lo a romper com a mãe no final da infância, para iniciá-lo no mundo.

As energias do herói invocam as reservas masculinas do menino a fim de estabelecer a sua independência e competência, para estar preparado para enfrentar os desafios que a vida apresenta.

E o que acontece se formos possuídos pelo outro aspecto da sombra do Amante, o Amante Impotente?

Nós vamos experimentar nossas vidas de uma maneira insensível. Descreveremos sintomas que os psicólogos chamam de “afeto achatado” – falta de entusiasmo, falta de vivacidade, falta de vitalidade.

Vamos nos sentir entediados e apáticos.

Pode ser que tenhamos dificuldade em se levantar pela manhã e dificuldade em dormir à noite; Podemos nos encontrar falando em um tom monótono; Podemos nos encontrar cada vez mais alienados de nossa família, nossos colegas de trabalho e amigos; Podemos sentir fome, mas não querer comer etc.

Pessoas habitualmente possuídas pelo Amante Impotente são cronicamente deprimidas. Eles sentem falta de conexão com os outros e sentem-se desconectadas de si mesmas e dos outros.

Acessando o Amante

Se estivermos acessando apropriadamente o Amante, nos sentiremos conectados, vivos, entusiasmados, compassivos, empáticos, energizados e românticos sobre nossas vidas, nossos objetivos, trabalho e realizações.

É o Amante, devidamente acessado, que nos dá um sentido de significado, a fonte da espiritualidade e de nossos anseios por um mundo melhor para nós e para os outros.

Ele é idealista e o sonhador e deseja que tenhamos abundância de coisas boas.

O Rei, o Guerreiro e o Mago, precisam do Amante para energizá-los, trazer “vida”, para humanizá-los e para dar a eles seu propósito final de amor.

O Amante também precisa deles. O Amante, em seu caos de sentimentos e sensualidade, precisa do Rei para estabelecer limites, para dar-lhe estrutura e para ordenar seu caos. Sem esses limites, a energia do Amante é negativa e destrutiva, como vimos nos seus aspectos de sombra.

O Amante precisa do Guerreiro para poder agir de forma decisiva e para emancipar-se da influência e prisão do feminino.

E o Amante precisa do Mago para ajudá-lo a se livrar do efeito sedutor de suas emoções, para que possa refletir e ter uma perspectiva mais objetiva das coisas.

Muitos de nós acabamos reprimido a energia do Amante, de forma que não sentimos mais paixão por nossas vidas.

Para acessar a energia do Amante de maneira saudável é precisamos cultivar a virtude da moderação e a de estar totalmente presente em nossas vidas.

Em vez de buscar por mais e mais (sempre com o foco no futuro, na próxima coisa), você para para experimentar as coisas que já tem e faz isso de forma mais profunda, usando todos os seus sentidos e estando totalmente presente e imerso na experiencia.

Isso é praticamente o que a prática de Mindfulness nos ensina: A capacidade de estar presente no momento presente, experienciando totalmente o que é. Com isso, vamos percebendo que a verdadeira felicidade encontra-se sempre no “aqui e agora” e nunca no futuro! Por isso, vale a pena começar a praticar!

Bom pessoal, agora vocês já sabem bastante coisa sobre certas características que temos que cultivar em nossas vidas para vivê-la de forma mais plena! E para isso, nada melhor do que saber reconhecer os diferentes arquétipos, suas características e como integra-los em nossas vidas!

Espero que eu tenha agregado valor a você! Não deixe de comentar aqui em baixo seus principais aprendizados e qual desses arquétipos você mais se identifica!

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2 Comentários

  • Soul disse:

    Sensicional gratidao

  • Renan disse:

    Muito bom seus dois textos cara, e um ótimo resumo do livro, até divulguei no meu instagram! Parabéns!

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