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O Cristianismo é Mais Necessário do que Nunca (O Problema do Relativismo Moral)

Tempo de leitura: 6 min

Escrito por Davi Klein
em maio 14, 2024

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Estamos caminhando para uma ditadura do relativismo que não reconhece nada como certo e que tem como objetivo mais elevado o próprio ego e os próprios desejos

Papa Bento 16

“A medida que o significado se deteriora no mundo moderno, à medida que os nossos sistemas de valores e instituições desmoronam, a medida em que os fundamentos da cultura ocidental estão sendo demolidos e demonizados, todos nós nos tornamos cada vez mais conscientes de que existe esta figura assustadoramente familiar, que conhecemos durante toda a nossa vida e que nos desperta e nos salva de todo mal”

Russeal Brand

Desde há algum tempo tem sido posta em prática a destruição sistemático do conceito da “verdade”. Esta destruição baseia-se na grande mentira que tem disseminado em todas as escolas e universidades, de que não existem verdades absolutas, que tudo é relativo e sujeito a interpretação de cada um.

Embora isto seja um conceito que se autocontradiz (afinal se não existem verdades, então a própria afirmação de que não existem verdades também não pode ser uma verdade), as pessoas não se cansam de dizer isso, afirmando de peito estufado que “o que é verdade para você pode não ser verdade pra mim”

O primeiro objeto de ódio de ódio desta mentira é o que nos sustenta como civilização ocidental: a herança judaico cristã. Todas as liberdades conquistadas duramente nos últimos séculos são frutos dos princípios disseminados pela cristandade, princípios de elevada moral que não só pautaram a vida dos santos e seguidores como a de civilizações inteiras. Não há como negar, históricamente, a importância dos principios judaico-cristãos na formação das leis modernas, das liberdades e dos direitos.

O relativismo sustenta que os pontos de vista não tem e não podem ter verdade ou validade universal, mas apenas validade subjetiva. O relativismo ocorre, por um lado, em relação a realidade, trata-se do relativismo cognitivo, que diz que “Não há verdade sobre o mundo, sobre como as coisas são, a única verdade segura é a verdade cientifica.” Além dessa exceção, cada um tem sua própria perspectiva sobre as coisas. Nada por ser conhecido com certeza. É inútil buscar a verdade em si mesma, pois ela não pode ser conhecida

O relativismo diz que não existe uma verdade absoluta, que tudo é relativo. Porém, alega que essa mesma sentença não é relativa, mas absolutamente verdadeira.

Dizer que “não há verdade absoluta, mas tudo é relativo” é dizer algo que você pensa ser uma verdade absoluta e que não é relativa. Trata-se de uma contradição em si mesma. Se tudo é relativo, então o relativismo também é relativo, não há razão para aceitá-lo como verdade absoluta.

O próprio fato de dizer que “não há verdade” pretende ser uma verdade, então já haveria uma verdade, e a sentença seria uma mentira. Portanto, nem tudo é relativo, e a verdade absoluta existe.

O subjetivismo e o relativismo moral estão orientando as pessoas. Porém, se a sua verdade é a sua verdade, e a minha verdade é a minha verdade, como podemos ter certeza a respeito de alguma coisa?

Outro tipo de relativismo é o relativismo moral. Se não há verdade absoluta e tudo depende do ponto de vista, não há bem e mal objetivos. Isso implica não apenas que eu posso escolher o que é bem e mal, mas que ninguém pode julgar minhas decisões, o que eu não posso jugar o que a outra pessoa faz, porque o bem e o mal são relativos e, portanto, dependem da perspectiva do individuo.

O relativismo moral é a crença de que não existe uma verdade absoluta para guiar o comportamento humano. Alguns ensinamentos cristãos contemporâneos consideram o relativismo como o grande mal da nossa época. No relativismo, a verdade é vista como sendo subjetiva e individual. “O que é certo e bom para mim é diferente do que é certo e bom para você! Ninguém está certo, ninguém está errado. Cada um tem sua própria verdade

Para eles, não há código de ética herdado (como os 10 mandamentos). E, como resultado de não ter nenhum padrão externo pelo qual julgar as ações morais, os relativistas tem que elaborá-las por si mesmos. Isso leva ao relativismo moral, no qual simplesmente escolhemos quais morais/valores seguiremos.

O problema é que os relativistas perdem a capacidade de julgar a si mesmos ou de pensar cuidadosamente sobre suas próprias crenças/opiniões. Além de muitas vezes suas opiniões serem mal fundamentadas (são apenas repetições de discurso e chavões que você pegou da mídia e do senso comum, sem uma investigação mais aprofundada) e superficiais, você acaba achando que tudo o acredita está certo apenas porque você acredita naquilo.

Isso é um dos principais motivos que faz as pessoas evitarem pensar por conta própria (ter uma mente mais ativa do que passiva) e um dos motivos da superficialidade da vida moderna. Todos pensam estar certos em suas opiniões. Dito isso, por que você precisaria de filosofia se está convencido de que está certo ou de que não há mais nada a dizer sobre o que você acredita?

O relativismo não se sustenta, todos nós sentimos em nosso coração, uma voz que diz “Faça isso, evite aquilo”. É a voz da consciência, que nos diz a distinção entre o bem e o mal.

Sem um ponto de referência infinito para o “bem”, ninguém consegue identificar o que é bom ou o que é mau. Sem a existência de Deus, não existe “bem” ou “mal” em sentido absoluto – tudo necessariamente se torna subjetivo e relativo.

O Cristianismo afirma que o mal natural, e o mal pessoal, é o resultado do “pecado” – da rebelião contra o caminho de Deus e contra o Seu padrão de certo e errado, e de escolher estabelecer os nossos próprios padrões ou moralidade. Mas então a espécie humana decidiu desobedecer a Deus e ser o juiz do que deveria ser “bom” e “mal”, em vez de confiar em Deus como o padrão para o bem e o mal.

No relativismo, a verdade é percebida individualmente. A pessoa diz “essa é a sua verdade, esta é a minha”. Ele desafia a crença de que exista uma verdade objetiva.

Ateistas dizem que Deus não existe e não pode ser a base da Moralidade. Eles percebem que se cortarmos a fonte transcendente da moralidade, então a humanidade terá de inventar a moral. Porém, se não existir um Deus que nos de padrões absolutos do que é certo e errado, todo mundo poderá fazer o que quiser.

O grande filosofo Mortimer J. Adler observou que o argumento usado pelos nazistas para matar judeus foi uma posição que não poderia ser refutada num mundo de moralidade e éticas relativas. Quem poderia condenar Hitler por assassinar seis milhões de judeus se a extinção dessas pessoas era a “sua verdade”? Argumentar que ele estava errado, se você for relativista, é enganoso, porque sua própria definição de verdade dá a Hitler tanto direito ao seu ponto de vista quanto você tem do seu.

Se o relativismo moral é verdadeiro, não há diferença objetiva entre amar o próximo e estuprar uma pessoa. Pois para mim, amar pode ser o que considero correto e para o agressor, estuprar pode ser visto como algo bom, portanto igualmente válido.

Madame Blavatsky (assim como vários outros professores da nova era) ensinou que o homem era essencialmente divino e tinha o direito de entender a verdade a partir de seu próprio ponto de observação, independente de todos os outros e de toda evidência ao contrário

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