“Não sacrifique quem você pode ser por quem você é “
Jordan Peterson
De um lado, o conselho “apenas seja você mesmo” é o melhor conselho que você pode dar a alguém em seu caminho para a excelência pessoal. O problema é que ninguém sabe o que isso realmente significa.
Ser você mesmo só é um bom conselho quando você sabe quem você é. O problema é que a maioria de nós não sabemos quem nós verdadeiramente somos, apenas achamos/pensamos que sabemos.
Tal conselho não significa “apenas esteja onde você está agora sem melhorar”. Tem uma frase que diz: Se você não está crescendo, está morrendo. Eu acho que esse conselho seria melhor expresso da seguinte forma: “Seja você mesmo, mas seja a melhor versão de si mesmo”.
É ai que esse conselho “apenas seja você mesmo” pode ser prejudicial, pois a pessoa pode estar se contentando com muito menos do que ela é capaz, operando de um lugar de inautenticidade, acreditando que ela já sabe quem ela é e que não existe mais evolução.
“A pessoa realmente consciente muda com a vida. A pessoa realmente consciente não se permite ser consistente. A consistência é parte de uma mente medíocre. Ser consistente significa ser estúpido, permanecer com o passado, estar cego para o presente“
OSHO
Na verdade, muitas poucas pessoas irradiam autenticidade e estão conectadas com seu próprio poder pessoal. Isso é algo muito raro de se ver. Isso porque, ao longo da vida, fomos criando diversas máscaras e mecanismos de defesa ao que nos desviaram de nossa essência, que nos fizeram perder contato da nossa naturalidade e espontaneidade.
Quero compartilhar aqui também um outro texto do OSHO em que ele fala sobre a importância de não simplesmente assumirmos saber quem nós somos, pois quando você faz isso você trava o seu florescimento.
Comece a desafiar a sua identidade atual! Desafie e questione as suposições que você tem sobre si mesmo. Tente coisas que você nunca pensou que seria possível para você, saia da sua zona de conforto, você verá que é muito maior do que imaginava!
O segredo para o crescimento é ir em direção ao desconhecido, pois se você sempre fica naquilo que já conhece e lhe é familiar, você não conhecerá o seu potencial interior. Você só ficaria preso eternamente a mediocridade (mediocridade é ser quem você sempre foi, estagnação, familiaridade).
“A menos que pare de ser repetitivo, não existe possibilidade de mudança. Como é que se pode parar esta repetição? Primeiro é preciso compreender que ela está presente. Esse é o passo básico. A pessoa nasce em você somente quando você não é mais uma máquina, quando você começa a se mover de maneiras novas, a se mover em novos caminhos, a caminhar em direção ao desconhecido.
Você sempre se move dentro de conhecido: faz de novo o mesmo que já havia feito e fica cada vez mais hábil em fazê-lo, fica perito em cometer os mesmos erros outra e outra vez. Você se tornou previsível. Nenhum ser humano, se é realmente um ser humano, pode ser previsível.
Assim, a primeira coisa a compreender é que você é uma repetição. Será muito terrível para o ego, porque você sempre pensou que fosse original, você não é. A mente nunca é original. Ela é sempre medíocre, porque a própria estrutura da mente é o acumulo do conhecido.
A mente não pode conhecer o desconhecido, ela pode se mover dentro do círculo das mesmas informações adquiridas com o tempo; pode continuar repetindo o mesmo que ela já sabe, mas como a mente pode conhecer o desconhecido? Não há possibilidade.
O indivíduo precisa ir além dela. Se não o fizer, a mente o frustrará continuadamente e vai lhe dar sempre e sempre o mesmo padrão. Eis por que os hindus estão saturados e dizem: “Meu Deus, quando chegará o momento em que ficaremos livres da roda da vida e da morte?” “Por que eles chama de “roda”? Por causa da repetição: a roda repete. Uma roda se move, se repete. Não há nada mais repetitivo que uma roda.
OSHO
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