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Cura e Recuperação: Entenda Sobre Os Diferentes Níveis de Consciência (David R. Hawkins)

Tempo de leitura: 24 min

Escrito por Davi Klein
em setembro 21, 2022

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No livro Cura e Recuperação: Um guia para curar mente, corpo e espirito de David R. Hawkins você aprenderá a importância de incluir as práticas espirituais na própria jornada de cura (doenças, crenças limitantes, traumas emocionais) permitindo que você retome o controle de sua vida e desperte o seu potencial interior.

Separei aqui alguns trechos muito importantes do livro Cura e Recuperação: Um guia para curar mente, corpo e espirito que irão ajudá-lo a compreender sobre os diferentes níveis energéticos que habitamos ao longo de nossa vida, assim como algumas dicas de como podemos nos mover de níveis de consciência negativos (vergonha, culpa, apatia, tristeza, medo, desejo, raiva e orgulho) para níveis energéticos positivos (coragem, neutralidade, disposição, aceitação, razão, amor, amor incondicional e paz).

Vergonha e Culpa

Começando de baixo para cima no Mapa, estão os níveis chamados Vergonha, em 20, e culpa, em 30. A emoção que acompanha esses níveis é o ódio a si mesmo e o processo que está ocorrendo na consciência é de autodestruição. A visão de mundo desse nível é de pecado e sofrimento. Deus é visto de maneira demoníaca, como punitivo e sádico, um Pai que quer machucar e jogar seus filhos para o Inferno.

Apatia

As emoções de Apatia são: desesperança, desespero, desânimo e depressão, que são resultado de perda de energia. A pessoa em apatia enxerga o mundo com ausência de esperança e Deus é visto como ausente, inexistente ou morto.

As ideias de que Deus está morto e de que o homem e as condições de vida não tem esperança invalidam o valor da vida e são, portanto, destrutivas.

Uma grande parte do mundo vive em estado de apatia, incluindo países e subcontinentes inteiros, onde as pessoas têm olhares vazios, pois não existe esperança e nem oportunidades.

Aproximadamente 1/3 do mundo vive nos três estados inferiores de Medo, Tristeza e Apatia.

Tristeza

A tristeza é caracterizada por arrependimento e sentimentos de perda e desânimo. A tristeza é a perda de energia da vida, do espírito e da vontade de viver. Quando a vontade de viver é perdida, a energia do Universo é perdida, levando a depressão. Pessoas na tristeza veem um mundo triste e um Deus que as ignora.

A depressão subjacente é o medo de ter perdido algo, pois a tristeza tem a ver com a perda. Fazer a pessoa enfrentar e lidar com esse medo, rapidamente faz com que transcenda a depressão.

Medo

O medo contém muito mais energia que a tristeza. É possível correr grandes distâncias por medo. O medo controla grande parte do mundo e ocupa um espaço importante na vida de todos. A indústria de publicidade joga com nossos medo para nos vender produtos.

A tristeza tem a ver com o passado, mas o medo, como normalmente experienciarmos, tem a ver com o futuro. O medo é experiência na vida cotidiana pelas pessoas como preocupação, ansiedade ou pânico.

O processo que ocorre na consciência é de deflação. O animal, por exemplo, de encolhe quando está com medo.

Lembra-se de que quando a professora perguntava a resposta para algum aluno e todos encolhiam e se escondiam atrás da pessoa a sua frente? Medo é um encolhimento; medo do futuro.

Todos os níveis abaixo de Coragem possuem um campo de energia vindo do mesmo pensamento – que a felicidade vem de fora de si mesmo. Colocar sua sobrevivência em algo fora de si resulta em um estado de impotência, vitimização e fraqueza em razão de ter projetado a fonte do poder próprio fora de si.

Desejo

O campo de energia acima do medo é o desejo. Ainda é um campo de energia negativo que se experiência na vida como “quereres”. Existe um sentimento geral de querer e ansiar, que faz parte do campo dos vícios e que pode se transformar em obsessões e compulsões.

O processo que está ocorrendo na consciência é o de aprisionamento. A pessoa é movida por desejos, e a fonte da felicidade é vista como externa.

Desejos podem durar uma vida inteira. Pode ser a motivação para se tornar bem sucedido ou famoso, ter muito dinheiro, ser uma celebridade ou adquirir algo que se pense que trará felicidade, incluindo um relacionamento especial.

Querer e ansiar são frequentemente insaciáveis, pois se originam de um campo de consciência que cria mais desejos constantemente. Entretanto, a energia pode ser usada de uma maneira construtiva e positiva, como motivação e intenção de realizar metas internas. Fracassar em internalizar metas leva a frustração e mágoas.

Raiva

Raiva é acompanhada de uma grande quantidade de energia. Se a pessoa raivosa souber como usar a raiva de maneira construtiva, a energia da raiva pode, então, levar ao progresso.

A raiva que testemunhamos ou experienciamos no dia a dia é normalmente na forma de indignação. Em um nível mais severo, pode levar ao ódio, ofensas, mágoas e, eventualmente, a assassinatos e guerras.

O processo ocorrendo na consciência é o de expansão. Por exemplo, quando um animal está raivoso, ele se expande. O propósito biológico da expansão é intimidar seus aparentes inimigos.

A energia da raiva pode ser usada positivamente para buscar algo melhor para si mesmo, e assim, elevar-se para orgulho.

Orgulho

O orgulho caracteriza por ter muito mais energia do que os níveis abaixo. Entretanto, ainda possui uma direção negativa. Já ouvimos a máxima: “O orgulho precede a queda”.

Existem muitos exemplos na história indicando o orgulho como uma posição muito frágil, como a arrogância, por exemplo.

Orgulho pode ser útil, pois tem mais energia que os níveis de consciência inferiores. Expressa-se na vida diária como arrogância, desprezo e sarcasmo. O ponto fraco, na verdade, é a negação, e o problema é que o processo ocorrendo na consciência é de inflação de si mesmo.

Dizemos que uma pessoa em orgulho “se acha”, “deixou subir a cabeça”, “não aprende”, “não ouve” ou “tem uma mente fechada”. Esse nível de consciência leva para uma posição polarizada de opiniões que coloca a pessoa constantemente na defensiva por achar que “está certa” e, por isso, o mundo tem que estar errado. A energia é dissipada em infinitas defesas.

O motivo para o orgulho se relaciona a um medo subjacente. Quando a pessoa enfrenta esse medo, pode desapegar do orgulho.

Todos esses campos energéticos negativos tendem a se reforçar mutualmente. Um mal estar emocional é uma combinação de todos esses campos negativos.

A pessoa estando disposta a render as recompensas emocionais do ego narcisista, progride para o primeiro nível de poder real, chamado de Coragem.

Coragem

Algo crucial ocorre nesse nível, pois existe uma quantidade enorme de energia. O elemento crítico é que o campo de energia agora é positivo, pois a pessoa valoriza a verdade em vez da falsidade e a integridade ao invés de ganhos temporários.

Acima do nível da coragem, a pessoa não se vitimiza mais, pois o campo agora é positivo. Pode se dizer que esse campo é como uma antena: abaixo do nível de Coragem, a antena está sintonizada com o negativo e, por isso, atrai adversidades para dentro do campo.

No nível 200, a energia se torna positiva e, então, para de atrair negatividade do universo. A pessoa se encontra, agora, em outra condição. É possível enfrentar, lidar e administrar problemas e, pela primeira vez, também é possível ter comportamentos apropriados.

No nível da coragem, as pessoas ainda experienciam os sentimentos negativos inferiores, mas agora tem poder para lidar com essas energia. O processo crítico que está ocorrendo na consciência é o de empoderamento. A pessoa se torna reempoderada por dizer a verdade.

Quando as pessoas admitem que são impotentes frente a um problema, ao invés de ficarem fracas no teste muscular, subitamente ficam fortes. Quando se livram da arrogância do orgulho, ainda podem ter outros sentimentos negativos.

Pessoas no nível da coragem, que planejam pedir um aumento aos seus chefes, ainda podem sentir o “estômago embrulhado”, ficar com raiva e até sentir desânimo com o resultado. Podem até ser arrogantes, mas, agora, no nível da coragem, têm poder suficiente para lidar com tudo isso e se comportar apropriadamente. Eles podem enfrentar e funcionar de maneira efetiva no mundo.

Neutralidade

O próximo grande nível é o de Neutralidade. O campo é ainda mais positivo e alinhado com a Verdade. A emoção da neutralidade é a autoconfiança. Por exemplo, está tudo bem se conseguir um emprego e tudo bem, também, se não conseguir. O processo ocorrendo na consciência é o de desapego.

Não se está apegado a qualquer resultado específico e a pessoa não se vitimiza mais. Agora, ela tem uma grande quantidade a mais de poder e não é dominada por aversões ou desejos.

O lado positivo disso é uma tranquilidade com a vida; o lado negativo do “desapegado” pode ser um distanciamento ou monotonia. Na neutralidade, a pessoa não está mais sofrendo com as emoções doloridas e agora se sente livre. Com a maneira “tudo bem” que essa pessoa vê o mundo, considera Deus libertador.

A vantagem do nível da neutralidade é que se abriu mão de resistir aos assuntos da vida e, por isso, tem muito mais poder, mas também é necessário introduzir uma nova energia para se elevar até o nível da disposição.

Disposição (Boa vontade)

A energia da disposição é muito mais poderosa. A emoção é acompanhada de pensamentos de “sim”, dizer sim para a vida, pertencer, concordar, se compromissar e se alinhar, pois agora existe a introdução da intenção.

Se alguém perguntar para uma pessoa no nível da neutralidade se gostaria de ir no cinema, essa poderia dizer “Então, tudo bem se formos e tudo bem, também, se não formos. A resposta carece de entusiasmo e vida e ainda está longe da abundância.

Já para aquele que se torna disposto, tal pessoa traz vida e intenção para dizer “sim”, se compromissar e concordar. O Poder Real nasce com a disposição, pois a pessoa se desapegou da resistência.

Aceitação

Esse é um campo muito poderoso, de sentimento de ser capaz, adequado e confiante. Existe o inicio da transformação da consciência. A transformação tem a ver com a autorresponsabilidade de que a pessoa é a fonte de sua própria felicidade e que o poder está dentro dela. São pessoas que conseguem admitir seus pontos fracos e fortes, não sendo dominadas pelo orgulho (que gera negação).

A transformação vem de se reapropriar de seu poder pessoal. Uma pessoa nesse nível sabe que não importa onde esteja, criará as circunstâncias que trarão a felicidade.

São pessoas que aproveitam oportunidades e transformar limões em limonada. São leves e difíceis de incomodar.

A constante reapropriação do poder próprio e a reciclagem de energia de volta para o universo eleva a pessoa para o nível da razão.

Razão

Razão, lógica e intelecto são as características primordiais da espécie humana. São frutos da inteligência que é capaz de pensamento simbólico e abstração.

Esse nível também representa uma estruturação disciplinada que está em concordância com o mundo observável e seus processos. Assim, as emoções, incluindo desejos e aversões, são subordinadas como menos relevantes em comparação com fatos impessoais.

O uso da razão transcende a limitação das distorções narcisistas e emocionais, que são caracterizadas pela infantilidade e emocionalidade infiltrada nos gostos, desgostos e desejos infinitos.

O silenciar do clamor da emocionalidade permite os cálculos precisos e o domínio do processamento por fatos e dados confirmáveis. Assim, nasce a capacidade para assimilação, reconhecimento, classificação e compreensão do significado e sentido de vastas quantidades de informação por virtude da abstração de símbolos e suas inter-relações.

Em seu nível mais puro, a razão e o intelecto representam um aumento na verificação da realidade e um respeito não emocional pela verdade e pelo caminho para seu discernimento. Isso pode evoluir mais ainda, como para o amor pela Verdade.

Isso leva a um salto eventual de paradigma no nível de consciência para 500 (amor). Onde a razão é linear e objetivo, amor é uma dimensão diferente, pois é não linear e subjetivo. Assim, é dito que a razão é da mente (do cérebro) e o amor é do ser (coração).

Amor

Em seu nascimento, o amor é condicional e seletivo, mas, conforme evolui, torna-se progressivamente um estilo de vida e de uma maneira de se relacionar com tudo. Amor é emanado de dentro do Eu, e é uma expressão da felicidade. O amor suporta e nutre a vida, é o início da uma revelação. Os neurotransmissores mudam, começando pela liberação de endorfinas, que abrem milhões de bancos de neurônios que, até esse ponto, estavam aguardando esse campo de energia para serem ativados.

O amor incondicional é o campo de energia da cura e dos grupos de ajuda dos 12 passos. Existe um aumento na intensidade do campo de energia de viver, então é preferível estar junto desse tipo de pessoa, pois nos faz sentir mais vivos porque doam energia para o próprio campo.

No fundo dos níveis de consciência estão as situações de perde-perde. As pessoas perdem e todos os associados com essas pessoas perdem também. Esse ponto de vista está associados com perder, por isso a pessoa diz “A todo lugar que olho, só tem portas fechadas. Se eu for por aqui, perco”.

Pessoas nos níveis baixos de consciência veem a vida como uma proposta para perder. As pessoas nas calibragens intermediárias veem a vida como ganha-perde. Seus orgulhos e polarizações de raiva fazem-nas ver o mundo como uma competição, conflito e ganha-perde. “Se eu ganhar, então, você tem que perder”.

Possuem infinitos medos inconscientes de retaliações porque olham para o sucesso como aniquilação e esperam retaliação.

Já as pessoas no nível do amor visualizam e mantêm a vida como uma situação ganha-ganha. Quando ganham, todo mundo ganha, a família, a empresa, etc. Então, quanto mais dinheiro a empresa ganha, melhor para os colaboradores.

As empresas buscam pessoas nos 500, essas pessoas não precisam buscar empregos, convites ou indicações, pois contratantes querem contratá-la. Contratantes ligam e dizem “você não gostaria de trabalhar para nós?” Você não gostaria de ser o vice presidente de marketing na nossa empresa?” Contratantes e outras pessoas buscam e procuram pessoas dos níveis mais altos de consciência.

Conforme nos aproximamos dos 540, a alegria interna, silêncio e saber interior começam a aparecer. Dentro desse campo de energia, no conectamos com algo sólido como rocha sempre presente. Esse é o começo da transfiguração da consciência, o inicio de uma serenidade interna e a abertura da compaixão.

Em 560 começa o êxtase, um saber interno e uma transfiguração sofisticada de consciência que leva aos estados de iluminação (santidade está no nível 570), conforme chegam mais perto de 600.

O campo de energia da compaixão é um que pode ser escolhido: Podemos fazer um comprometimento com a amorosidade como forma de ser, então isso não requer qualquer crença em Deus ou qualquer sistema espiritual teológico. É um comprometimento com a amorosidade que nutre e apoia a vida em todas as suas expressões.

É possível ver a Divindade em todas as coisas, conforme se move para um nível ainda mais elevado no qual começa a ver a perfeição de toda a vida.

Compaixão é uma maneira de saber e ver o coração das outras pessoas. Por causa da liberação de endorfinas nesse nível de revelação e transfiguração, nasce um saber de que a separação entre si mesmo, como indivíduo e a outra pessoa como indivíduo começa a se desfazer.

O nível de revelação nos altos dos 500 abre o caminho para a transfiguração e compaixão que levam ao êxtase e aos estados próximos de 600. Esses são estados de felicidade e o inicio dos estados de iluminação. São frequentemente acompanhados por sentimento de Luz.

Paz

O capo de energia chamado paz, em 600, é muito importante em relação aos vícios, pois esse campo transforma vidas. A pessoa que entra em samadhi (meditação profunda) entra em um estado transcendental quando atinde o nível 600 ou mais. Normalmente, a vida dessa pessoa muda para sempre após isso.

Pessoas que têm experiências de quase morte experimentam os campos acima de 600, incluindo seu próprio Eu maior. Esses níveis de elevam até o Infinito e são os reinos de vários professores espirituais mundialmente famosos.

Os campos de energia de Krishna, Cristo e Buda é 1000 e o campo progride até o infinito. Pessoas nesses níveis possuem um poder tão enorme que são chamadas de avatares. Como um avatar, nos três anos de seu ministério, Jesus Cristo transformou totalmente a consciência da humanidade por milhares de anos.

Você não enxerga o mundo como ele é, você enxerga o mundo como você é

Campos de energia são tão poderosos que dominam nossa percepção. São na verdade portais pelos quais vemos o mundo. Frequentemente ouvimos que na verdade esse é um mundo de espelhos, e que tudo que experienciamos é nosso próprio campo de energia refletido para nós como nossa percepção e experiência.

Os campos de energia mais baixos são como nuvens cobrindo o sol. Conforme removemos as nuvens, experienciarmos o sol, que está sempre brilhando. Remova as nuvens de negatividade e experiencie o brilhar do Eu.

Como dissemos no inicio, culpa (calibrada em 30) – aquele campo de ódio de si mesmo e energia destrutiva, vê um mundo de pecado e sofrimento. Portanto, essa pessoa andando na rua olha ao redor e só vê sofrimento. Quando olham as notícias, também veem o sofrimento humano infinito.

Aqueles que estão no campo de energia de falta de esperança e desespero (calibrado em 50), veem um um mundo sem esperança, quando olham as notícias, observam as condições desesperadas do ser humano, as infinitas guerras, pobreza e crime. Realmente experienciam pela percepção (visão, audição e todos os sentidos) um mundo de desespero. O Deus de um mundo desesperado está morto.

As pessoas em um estado desanimado de tristeza, arrependimento, perda e abatimento, perdem a vontade de viver. Andam na rua e veem um mundo triste. Isso é realmente experienciado. Sabemos que quando estamos em um estado triste e andamos na rua, vemos crianças e os idosos e pensamos “que triste”.

Vemos as condições da humanidade nas notícias e pensamos quão triste é a vida. Nosso próprio campo de energia está colorindo todas as experiências. É como se colocassemos óculos de lentes coloridas e então experienciássemos tudo colorido por esse campo de energia.

Pessoas dominadas pelo medo percebem o mundo como perigoso, ameaçador e assustador, que está constantemente em risco. Quando andam na rua nesse campo de energia, veem muitos perigos ao redor de si. Enxergam ameaças e ladrões em todos os lugares/ pensam que há um estuprador embaixo da cama; e quando olham as notícias, veem as condições assustadoras da vida com seus riscos e perigos.

Vivem dentro de casa, trancam seus carros na própria garagem, que está protegida por um portão também trancado (medo que pode ser transformado em uma expressão mais positiva, que é a cautela).

Tentar mudar o mundo não alivia a energia do medo porque essa energia está vindo, na verdade, de dentro do seu próprio coração.

O campo acima do medo é o desejo (calibrado em 125), que representam um mundo frustrante de infinitos desejos. As pessoas dominadas por esse campo têm uma fixação com plexo solar, então andam na rua e encontram várias coisas que despertam desejo. Veem carros, beleza, status, posições, imóveis.

Estão frustradas, pois os infinitos desejos e vontades que têm, e milhões e milhões de dólares não trazem a felicidade. O fato de possuir 50 milhões de dólares não ajuda, pois o desejo e o querer mais poder são insaciáveis.

As pessoas nesses campos de energia não podem ser satisfeitas e se tornam frustradas e raivosas. As pessoas com raiva vê o mundo como competitivo, um mundo de conflito e guerra, de “eu contra você”.

Uma pessoa assim olha para um bosque e pensa que as árvores altas estão competindo com as baixas pela luz solar. Essa é a matriz da visão política social da cultura de vítima e agressor. Esse conceito é projetado sobre um campo que nem mesmo a competição está acontecendo.

Essa pessoa vive em um mundo de infinitas possibilidades de guerra e conflito e vê tudo como competição, não como cooperação.

Pessoas que estão fixadas no nível do orgulho enxergam um mundo de ranqueamento social. Então, quando andam na rua, notam sapatos de grife, sobrenomes, marcas, status, que tipo de carro desejam ter ou que tipo de casa gostariam de morar. Tudo é classificado em termos de status, e estão preocupadas com sua imagem social.

Quando se alcança o nível da Verdade e da Coragem (calibrado em 200), o mundo aparenta ser um lugar de oportunidades. Um lugar excitante e desafiador, com oportunidades para crescimento e expansão. Essa pessoa olha para as notícias e vê infinitas possibilidades que o homem tem de crescer, conquistar esses desafios e até ir além deles, e aprender no processo. Essa pessoa está empolgada com a vida.

No nível da neutralidade (calibrado em 250) a vida e o mundo estão bem por se ser desapegado. Tudo simplesmente está bem. Move-se para uma visão leve da vida e comece a dizer “Bem, essa é a natureza humana. É assim que é. Está servindo a algum bem maior”.

As pessoas que se elevam para o nível da disposição (calibrado em 310) experienciam o mundo como amigável. Andam na rua e observam inúmeras amizades e pensam que o universo é amigável, não importa o que tenham. O mundo é harmonioso, benigno e apoiador.

A pessoa que se elevou para o nível da aceitação (calibrada em 350) realmente começa a experienciar a harmoniza da vida e descobre a sincronicidade e como tudo flui em conjunto. Experienciam um mundo de cooperação, pois ancoram a energia da cooperação em seu próprio campo.

Isso as ajuda a elevar-se para entusiasmo (cal. 390) e para amor (cal. 500), nos quais há a experiência de apoio amoroso infinito e presença infinita dessa energia amorosa no universo.

Os estados de iluminação (calibrado em 600 para cima) revelam a incrível beleza e perfeição da vida, a absoluta perfeição da criação, a verdadeira experiência da essência divina e da natureza de toda vida, da incrível beleza de todas as suas expressões. Não é apenas a beleza estética, que é agradável aos sentidos, mas a beleza intrínseca da Criação.

Quando se anda por um beco, que para um olhar não iluminado pareceria feio, a experiência é de incrível perfeição e beleza da vivacidade da vida que vê toda vida desdobrando-se. Não se vê mais imperfeições, mas processo. Aquela pessoa vê o universo todo como o desdobramento daquela perfeição.

Correlacionando com todos esses campos de energia, estão as visões e representações concordantes do Divino. Por exemplo, uma pessoa em apatia e desespero experiência Deus como indiferente ou não existente. A pessoa que está nesse campo, ás vezes, diz “Eu acredito em Deus, mas acho que Ele não quer nada comigo porque eu sou só um verme inútil. Eu sou tão inútil que Deus apenas me ignora”.

A pessoa que habita no medo projeta uma imagem de Deus punitiva, assustadora e aterrorizante. A pessoa que habita em frustração se sente separada de Deus. Esse é o Deus que constantemente nega aquilo que traria a felicidade, assim, Deus não ajuda.

A pessoa em raiva espera um Deus de retaliação e punição e, porque essas coisas andam juntas, esse é o Deus que é realmente demoníaco, o Deus que nos odeia e nos ameaça jogar no inferno. É destruidor absoluto, vingativo e ciumento. Essa é a representação antropomórfica de um Deus aleatoriamente ciumento, que “odeia” pecadores e é dado a extremos emocionais de destruição.

Quando nos elevamos ao nível do orgulho, existem duas direções a se seguir por causa da arrogância do ego inflado: o ateísmo ou o fanatismo intolerante e extremista.

Conforme ascendemos para a coragem, que é o nível da verdade, Deus pode ser primeiramente um ponto de interrogação. Pela primeira, por estarmos nos aproximando do nível da Verdade, podemos ter uma mente aberta e dizer “Na verdade, eu não sei sobre Deus.

É apenas rumor tudo o que já li e ouvi e tudo o que a religião ensina. Na verdade, são experiências de outras pessoas em outros momentos e lugares. Como testemunha, francamente, eu teria que dizer que não sei nada sobre Deus.” , e aí está o ponto de interrogação.

O buscador espiritual realmente começa nesse nível. A pessoa pensa “pela minha própria vontade, gostaria de saber qual a verdade sobre isso”. Está livre para se aproximar da sua própria experiência e compreensão.

No nível de neutralidade, começa-se a experienciar um mundo “OK” e um Deus de liberdade. Descobre-se que não existe nada de um Deus punitivo, raivoso e negativo, pois a pessoa se elevou desses campos de energia. Em vez disso, existe um Deus de absoluta e infinita liberdade que permite que se expanda, explore, se torne e se alcance o próprio potencial.

No nível amigável da disposição, se inicia o experienciar de Deus como algo que talvez seja útil, promissor, esperançoso e, agora, positivo. No fundo do mapa da consciência era negativo, mas nesse nível, existe a abertura para a franqueza, liberdade e um otimismo começa a aparecer.

A pessoa nesse nível experiência a vida como harmoniosa e percebe que Deus é todo misericordioso. A pessoa na amorosidade começa a experienciar o Deus do amor incondicional e a contínua presença do amor de Deus como fonte de sua felicidade e vida.

Conforme nos aproximamos da alegria e da consciência da beleza e perfeição como a essência divina de todas as coisas dentro da união e unidade de Deus, nos movemos para o topo do Mapa, onde Deus é Ser, É, Realidade, Verdade e a Fonte eterna da existência.

Existe agora um contexto que vai dar um pano de fundo e uma maneira de ver o próprio trabalho espiritual e progresso de uma perspectiva diferente. Podemos ver a cura de um ponto de vista diferente e, também, como nos aproximar do grande enigma chamado ego. As pessoas nos campos de energia da compaixão, em 540 e acima, são benignas.

Estudantes de espiritualidade são frequentemente aqueles que estão aperfeiçoando os níveis dos 400, nos quais adquiriram um conhecimento e aprendizado dedicado sobre os assuntos espirituais. Colocam os princípios em prática com o objetivo de atingir o nível de consciência do amor.

Alguns entram em grupos do “um curso em milagres” ou “12 passos” e estão focados em aperfeiçoar a capacidade de amar. Aproximam-se da transcendência do que o mundo chama de ego e perdem a atração por dinheiro, riqueza, poder, sexualidade e sucesso mundano.

Repetindo, a parte inferior do mapa é o mundo do Ter. O que conta é somente ter e o status que vem disso. Na parte inferior do mapa, as pessoas querem saber o que os outros têm e julgá-los de acordo com suas posses e status. No meio do mapa está o mundo do Fazer. Aqui, as pessoas querem saber o que os outros fazem na vida. Quais suas posições e funções? Ter não impressiona mais.

Nos níveis mais baixos, posses são desejadas e estimadas, mas com o progresso na evolução da consciência, não são mais impressionantes porque todos sabem que se alguém trabalhar sete dias na semana em dois empregos pode ter o que quiser, por isso não há mais status em ter.

Conforme se aproxima do topo do mapa, não é mais o que se tem ou o que se faz, mas o que se é. Os outros procuram estas pessoas pelo que elas se tornaram, que é a verdade que possuem sobre si mesmas. Buscamos essas pessoas pelo que são e não nos importamos com o que têm.

Usando esse conhecimento, temos a compreensão de muitas coisas. A maneira para curar o eu menor é rejeitar tomar posições polarizadas, posições de certo/errado, que transforma pessoas em inimigos e, em vez disso, ver a vida com amor compassivo e com a inocência intrínseca da criança. Vemos primeiro a inocência da criança e depois a programação a que foi sobreposta.

É por causa da amorosidade e confiança da criança que ela é tão programável, e começamos a ver a inocência mesmos com aqueles que parecem os mais odiosos.

Quando observamos nossa humanidade do ponto de vista do perdão e compaixão, podemos amá-la e mantê-la em nossa grandeza. Olhamos nossa pequenez como olhamos uma criança e começaremos a curá-la através de compreensão e compaixão.

Quando fazemos isso, estamos trazendo um campo de energia muito poderoso, a cura. Quando olhamos para nós mesmos pela compaixão e amorosidade, começamos a curar. Também sabemos que o que perdoamos em outras pessoas, também é perdoado em nós mesmos e desaparece da nossa percepção de mundo.

Nossa percepção de mundo começa a mudar e começamos a experienciar um mundo que é totalmente diferente. É como colocar um par de óculos com lentes de cores diferentes – o mundo não é mais o mesmo e podemos experienciá-lo de uma maneira diferente.

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