Uma das escolhas mais importantes que você pode realizar na sua vida é a de você assumir responsabilidade por sua própria consciência, de você ter uma seriedade em relação ao crescimento da consciência. Tá, legal, mas o que isso significa?
Significa você assumir total responsabilidade por PURIFICAR a sua consciência das programações negativas/limitantes/incapacitantes que foram colocadas nela.
Quase ninguém toma responsabilidade por suas programações negativas, pelo lixo que a sociedade colocou em você. Tome responsabilidade por isso! Tome responsabilidade por limpar todo o lixo de seu subconsciente. Tome responsabilidade por limpar todas as limitações, todos os bloqueios internos que existem dentro de você!
Não, não são as pessoas que te estão te limitando, que estão bloqueando o seu potencial, não é o mundo que está lhe negando oportunidades etc. O seu pior inimigo é você mesmo. Seu único amigo verdadeiro é você. Seu único inimigo real é você. Você é um inimigo de si mesmo na medida em que se limita. Você é um amigo de si mesmo na medida em que se liberta.
Você tem que tomar responsabilidade por se libertar daquilo que acumulou, você tem que tomar responsabilidade por limpar sua consciência das inverdades, ilusões, negatividade que foram programadas em você!
Como David R Hawkins diz no seu livro “Deixar ir – O caminho do desapego”, é disso que se trata tornar-se mais consciente – você começar a perceber e reconhecer as programações negativas que existem dentro de você e desarmá-las:
“A maioria dos programas de consciência se resumem a este ponto essencial: tornar-se consciente do que estamos acreditando, do que estamos aceitando diariamente. Vamos olhar para o que já fomos programados e questionar esses programas, desarmá-los e deixá-los ir.“
David R Hawkins
Para começarmos a limpar tais programações negativas, existem 3 passos básicos:
- QUESTIONAR/INVESTIGAR
- DEIXAR IR
- OBSERVAR SUA MENTE
Vamos falar mais especificamente sobre cada um deles:
Questionar
“A tarefa principal de qualquer bom ensinamento espiritual não é a de responder suas perguntas mas sim de questionar suas respostas, pois são justamente suas suposições conscientes e inconscientes e crenças que distorcem sua percepção da realidade.
Questione tudo! Não deixe nenhuma suposição não examinada Questione os seus pensamentos. Questione suas histórias. Questione suas suposições. Questione suas opiniões. Questione suas conclusões.
Apenas a Verdade restará, o resto ira morrer“
Adyashanti (do seu livro “The way of liberation”
O que significa “se tornar mais consciente”? Para começar, tornar-se mais consciente significa procurar a verdade por nós mesmos, em vez de permitir cegamente que sejamos programados, seja por fora ou por uma voz interior dentro de sua mente, que procura diminuir e invalidar, focando em tudo o que é fraco e desamparado.
Para sair disso, devemos aceitar nossa responsabilidade sobre a negatividade e aceitar que estávamos dispostos a acreditar nisso. A saída, então, é começar a questionar tudo.
Comece a questionar tudo! Questione as suposições, certezas e convicções que você tem sobre si mesmo e o mundo. Questione sua identidade atual! Questione suas crenças! Quem disse que você é o “João, tímido e não merecedor de felicidade, que nunca vai ter sucesso na vida?” Como você pode ter tanta certeza disso? E se isso não for apenas uma programação que você foi levado a acreditar?
Não simplesmente assuma que você saiba quem você é! Examine suas crenças limitantes – “De onde veio essa crença de que eu não sou bom o suficiente? Ela é realmente verdadeira? Por que eu estou acreditando nisso?”
Como Adyashanti diz:
“Você não é a sua história. Eles não são a sua história sobre eles. O mundo não é a sua história sobre o mundo.”
Observar a mente
Não, você não é aquilo que acumulou. Tudo isso veio de fora, da sociedade. Você não é o conteúdo de sua mente. O ego (nosso falso eu) é a junção de todas essas programações negativas que fomos acumulando em nossas vidas. O seu ser é a inocência e a pureza.
Programações são todas aquelas coisas que vieram de fora, que você aceitou como “verdade” (principalmente na época que éramos crianças, que ainda não tínhamos essa capacidade de distinguir o real do falso) e todas decisões que você fez no passado sobre como o mundo, sobre quem você é, e como você deve se comportar nele
Podemos imaginar o amor como a luz do sol e os pensamentos negativos como as nuvens. Considerando que o nosso Eu maior é como o sol, e todos os pensamentos negativos, medos, raiva, ressentimentos que mantemos (programações negativas) escurecem a luz do sol e, no fim, a luz surge fraca. O santo, ou a pessoa com uma consciência alta, é por definição alguém que removeu as nuvens de negatividade e irradia o poder de cura total do sol.
Sadhguru explica sobre isso no seu livro “Engenharia Interior”:
“Existe uma dimensão em você além de todas as acumulações. Você não é a soma de tudo o que acumulou. Tudo o que você conhece como “eu” é só acumulo. Sua mente é um acumulo de impressões reunidas por meio dos 5 sentidos. O que você acumula pode ser seu, mas nunca podera ser você.
Há um espaço entre você e o que você reuniu em termos de corpo e mente. Tornar-se consciente desse espaço é seu primeiro e único passo para a liberdade.
Uma vez que essa distância se tornar um fator constante em sua experiência, você chegará ao fim do sofrimento. Com a eliminação do medo do sofrimento, você pode caminhar pela vida a passos largos, sem medo de explorar tudo o que ela tem a oferecer “
Sadhguru – Engenharia Interior
A melhor maneira de aprender a observar a mente é através da meditação.
O OSHO explica sobre isso no “Livro do Ego”:
“A mente é minha ou foi implementada pelos outros?
A mente esta dentro de cada um, mas de fato é uma projeção da sociedade dentro do indivíduo. A mente não pertence a ele. Nenhuma criança nasce com uma mente. Ele nasce com um cérebro. O cérebro é o mecanismo a mente a ideologia. O cérebro é alimentado pela sociedade e toda a sociedade cria uma mente de acordo com seus próprios condicionamentos. É por isso que há tantas mentes no mundo. A mente hindu, a cristã, comunista, budista.
A mente do indivíduo não é a mente dele, isto é fundamental que seja lembrado. Sua mente é um implante da sociedade na qual ele nasceu acidentalmente. A questão é se a mente é própria do indivíduo ou se é implantada por outros, pois os outros implantam uma mente no indivíduo que não serve a ele, mas serve aos propósitos dos outros.
A pessoa é preparada pelos pais, pelos professores, pelos sacerdotes, para ter um determinado tipo de mente e a vida inteira ela continua a viver com esse tipo de mente. Essa é uma vida emprestada. E é por isso que há muito sofrimento no mundo: porque ninguém esta vivendo de forma autentica, ninguém está vivendo o seu próprio eu, esta só seguindo ordens que lhe foram dadas. A sociedade quer que sejamos apenas cópias, nunca originais.
(…) É preciso ir além da mente. O caminho além da mente é muito simples, basta tornar-se um observador da mente, pois o ato de observar separa imediatamente a pessoa da coisa que ela observa. O indivíduo esta assistindo a um filme e uma coisa é certa: ele não é um ator no filme.
Ao observar a estrada e a multidão que passa, uma coisa é certa: ele está parado a margem, não está na estrada, no meio da multidão. O que quer que ele veja, ele não é. No momento em que a pessoa começa a observar a mente, ocorre uma experiência extraordinária, um reconhecimento de que a pessoa não é a mente.
Apenas esse pequeno reconhecimento de que “eu não sou a mente” é o começo da não mente. O indivíduo transcendeu a multidão, as vozes, o caos da mente e se moveu para os silêncios do coração. Aqui é a sua casa, seu ser eterno. Aqui está a sua existência essencial e imortal.“
OSHO
Como fomos programados negativamente pelo mundo
O Dr David R Hawkins explica sobre como fomos programados em seu livro “Deixar ir – O caminho do desapego”:
É devido a nossa própria inocência interior que compramos toda a negatividade do mundo e permitimos que ela matasse a nossa vontade de viver, destruísse a nossa consciência de quem realmente somos e nos vendesse a patética pequenez que estabelecemos. Não é a nossa própria inocência de recém nascido que não pode se defender sozinho e, sem capacidade para discernimento, podemos apenas permitir que sejamos programados, como um computador.
Quando virmos a verdade de como a programação acontece, veremos que somos puros, computadores em branco. Somos o espaço inocente onde a programação está acontecendo.
Basicamente quando nascemos somos o nosso EU AUTÊNTICO. Somos a inocência, a pureza, uma folha em branco. Porém, nascemos em um mundo onde a vibração predominante é a de MEDO – nascemos em um mundo inconsciente.
Pais, família ainda não sabem criar seus filhos de uma maneira consciente, em que honram e respeitam a individualidade da criança, seu SER.
Desde cedo, começamos a ser programados pelas pessoas, pela a sociedade ao nosso redor. Um amontoado de negatividade e crenças limitantes se infiltram no nosso ser.
Pelo fato de ainda sermos crianças, não temos a capacidade de discernir entre o que é verdadeiro e falso. Então, simplesmente vamos ABSORVENDO todas as programações da sociedade, principalmente daquelas pessoas que são mais próximas a nós.
Os medos dos nossos pais, os traumas que eles não resolveram, suas feridas internas, as programações negativas da sociedade se transferem a nós. Absorvemos tudo isso… Acabamos então, nos desviando de nossa PUREZA e INOCÊNCIA original. Nesse processo de desenvolvimento, criamos um falso eu – um senso de identidade LIMITADA, que se considera INSUFICIÊNTE.
Passamos a viver nossa vida inteira com base nesse EU LIMITADO e CARÊNTE. Operamos nesse paradigma por tanto tempo que esquecemos que nossa verdadeira natureza é a inocência, o amor, a felicidade… A jornada para nos relembrarmos de quem realmente somos é DEIXAR IR!
Deixar ir
“Não se enganem quanto a isto: a iluminação é um processo destrutivo. Não tem nada a ver com tornar-se alguém melhor ou ser mais ou menos feliz. A iluminação é o desmoronamento da não verdade. É ver através das aparências. É a completa erradicação de tudo o que imaginamos ser verdadeiro”
Adyashanti
Vemos, portanto, que essa é uma jornada de SUBTRAÇÃO! Não é sobre você adicionar mais coisas a si mesmo e sim deixar ir e remover toda a escuridão que está obscurecendo a verdade e imensidão de quem você é!
Temos que assumir a responsabilidade pelos nossos programas negativos e perceber que eles vêm dos aspectos menores de nós mesmos.
Comprometa-se com sua vida e nunca desista de si mesmo! Isso é o amor próprio! É a escolha entre você deixar as suas limitações e programações negativas vencerem a batalha ou de você escolher o caminho da verdade e ir se libertando delas (mesmo que isso seja um processo lento e gradual).
Não importa se eu demorar 2,4,6 anos para me libertar dos meus condicionamentos. O importante é eu ter assumido a responsabilidade por minha programação negativa e ter começado o processo de me libertar delas! Só assim poderemos descobrir nossa abundância interior!
Como David R Hawkins diz:
Existe uma coisa que o mundo não quer que a gente encontre, e essa coisa é a verdade sobre nós mesmos. Por quê? Por que ela vai nos libertar. Nós não poderemos mais ser controlados, manipulados, explrados, drenados, escravizados, aprisionados, caluniados ou desempoderados.
Qual é a real verdade sobre essa viagem? A verdade é que conforme vamos para dentro e descartamos uma ilusão atrás de outra, uma mentira atrás de outra, um programa negativo atrás de outro, fica cada vez mais claro. A consciência da presença do amor torna-se cada vez mais forte. Vamos nos sentir cada vez mais leves. A vida fica cada vez mais fácil.
David R Hawkins
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