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O Guia Básico Para Você Começar a Sua Jornada Espiritual

Tempo de leitura: 18 min

Escrito por Davi Klein
em dezembro 9, 2021

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“Você pode saber o valor de toda e qualquer mercadoria. Mas se você não sabe o valor da sua alma, é tudo bobagem.”

Rumi

A jornada espiritual é o nosso esforço para alcançar um nível superior de consciência. À medida que alcançamos o nível superior de consciência, chamamos isso de despertar espiritual. Usamos práticas espirituais para nos ajudar a elevar a esse nível.

Espiritualidade, mais do que qualquer coisa, tem a ver com consciência. Ou mais especificamente, tem a ver com tocar ou “sintonizar” a um nível superior de consciência.

Podemos dizer que o progresso e o crescimento espiritual é avançarmos do estado de consciência egóico, em que nos sentimos separados, desconectados, com medo, vitimados e injustiçados para o estado de consciência pura, em que estamos em sintonia com quem realmente somos – pura energia criativa/abundânte.

Espiritualidade tem a ver com entrar, conectar-se ou ser um com um nível superior ou “último” de existência ou consciência (também conhecido como a realidade última, o tecido da existência, a base do ser, Deus, consciência universal, Fonte) etc.

A jornada espiritual é uma busca pessoal que empreendemos para nos reconectar com nossas Almas, encontrar nosso propósito de vida autêntico e incorporar nossa Verdadeira Natureza.

Em suma, a jornada espiritual trata de retornar ao Centro do nosso ser: é um caminho tradicionalmente percorrido por místicos, xamãs e sábios.

A vida deve ser uma busca – não um desejo, mas uma pesquisa: não uma ambição para tornar-se isso, para tornar-se aquilo, um presidente de um país, ou um primeiro-ministro, mas uma pesquisa para encontrar “Quem sou eu?”.

OSHO

Em uma linguagem mais simplificada, uma jornada espiritual pode ser definida como uma busca pessoal que empreendemos para nos reconectarmos com o Universo.

Nenhum homem é uma ilha, completo em si próprio; cada ser humano é uma parte do continente, uma parte de um todo.

John Donne

Tal conexão com algo maior não se dá por meio de crenças e fanatismo. É algo que você descobre por meio de sua própria experiência direta, testando e pondo em prática os ensinamentos que os grandes mestres deixaram. Este é o único caminho. Essa frase do Adyashanti diz exatamente sobre a importância disso:

“Nossa vida é como se fosse um laboratório espiritual, em que testamos os ensinamentos que encontramos no fogo de nossa própria experiência direta. Na verdade, o mais importante não são as verdades que as outras pessoas nos dizem ou as práticas que conseguimos reproduzir e imitar, mas sim as descobertas espirituais que nós fazemos por meio de nossa própria descoberta e investigação”

Adyashanti

“Se seus lideres lhes dizem: ‘Vejam, o reino está no céu’, então os pássaros do céu os precederão. Se lhes dizem: ‘Está no mar’, então o peixe os precederá. Antes, o reino está dentro de vocês e está fora de vocês”. “Quando vocês conhecerem a si mesmos, então serão conhecidos, e compreenderão que são filhos do pai vivo. Mas se vocês não conhecerem a si mesmos, então vivem na pobreza e são a pobreza”.

Evangelho de Tomé (3)

Um Chamado Interior Para Algo Maior

Aqueles que examinaram a mente humana observaram que, qualquer que seja o objeto de sua paixão, você está, na verdade, procurando por Deus.

Você pode sobreviver, mas sobrevivência não é vida.

OSHO

A maioria de nós no mundo moderno resignou-se a uma existência clichê, entregando-se a distrações infinitas, formas de escapismo, busca insana por prazeres de curto prazo, sendo escravos de nossos empregos e vivendo uma vida baseada na acumulação, exibicionismo, comparação e no apego material.

A seguinte charge mostra exatamente a forma como costumamos a viver a nossa vida:

Uma parte da jornada espiritual começa com um desejo profundo e anseio por algo mais do que a vida cotidiana mundana.

Pode haver uma sensação de que a vida se tornou um deserto árido, desolado, sem sentido e estéril, sem algum tipo de dimensão espiritual.

Jesus [disse]: “Quem procura, encontrará; para [quem bate] ser-lhe-á aberta”.

Evangelho de Tomé (94)

Este tipo de crise existencial pode surgir espontaneamente, devido a uma situação traumática, intenso sofrimento e angústia, problemas de saúde física ou mental. Tal crise leva a uma busca por significado, leva a uma profunda investigação sobre aquelas questões que sempre incomodaram os seres humanos: “Quem sou eu?” “Por que eu estou aqui?” “É só isso do que se trata a vida ou existe algo a mais?”

Basicamente é um chamado de sua alma para que você retorne a ela, para que você se interiorize e comece a explorar dimensões mais profundas em sua vida (ao invés de continuar focando somente na sobrevivência e materialismo).

Dito isso, uma pergunta comum que vem a todos nós quando ouvimos o chamado para começar ou aprofundar nossa jornada espiritual é “Por onde eu começo?”

Esse post é um guia básico para você começar o seu processo do despertar espiritual, então fique comigo até o final que eu irei mostrar alguns pontos fundamentais para te auxiliar nessa incrível jornada!

Alguns Dicas e Práticas

Um ponto a ser observado aqui é que uma prática espiritual não tem a ver com ganhos pessoais ou adicionar algo novo em si mesmo. É tudo uma questão de eliminar o ego e o egoísmo de sua vida e sintonizar-se com o Universo.

“Estudar a si mesmo não significa adicionar mais conhecimento as ideias desordenadas que você já tem sobre si mesmo, mas sim remover todas as formas/características que você costuma definir/associar a si mesmo: nome, raça, gênero, status social, passado, assim como todos os julgamentos psicológicos que você faz a si mesmo.
Quando o self (“eu”) é reduzido ao seu núcleo essencial, tudo o que pode ser dito sobre ele é: eu sou, eu existo. O que é, então, o “eu” que existe?”

Adyashanti

O ego é um dos principais obstáculos no caminho espiritual. É o ego que o persuade a ver a si mesmo como algo separado do resto. É um produto de sua experiência limitada de consciência.

Eliminar o ego é um dos primeiros e principais objetivos de uma prática espiritual.

O que quero dizer com isso é que a prática espiritual, na maior parte, é realmente apenas você trabalhando em você (ou descobrindo o seu verdadeiro você) de maneiras muito reais e práticas.

A prática espiritual é realmente sobre você se tornar autoconsciente e se livrar do ego.

Como Rumi Já disse:

“O ego é um véu entre o homem e Deus

Rumi

Aprendizado/Exploração

 “Quando você começa a caminhar, o caminho aparece”

RUMI

Aspirantes espirituais geralmente perguntam onde começar o trabalho interno e como proceder. Primeiramente, há um período de aquisição de conhecimento espiritual pelo estudo, visitando grupos espirituais, participando de leituras, reuniões ou retiros.

Então, o foco passa a ser na jornada interna de autoconhecimento e exploração, que para ser bem sucedido, precisa ter um direcionamento geral em vez de apenas esporadicamente (o que pode causar o desencorajamento ou o abandono do projeto).

Apesar de não haver caminho ou prática que leve diretamente ao despertar, também é verdade que o que você faz é de extrema importância na determinação do rumo de sua vida espiritual.

No final, todos nós obtemos o que mais valorizamos, e se não gostamos do que obtivemos, é melhor olharmos honestamente para o que estamos valorizando.

Encontre um caminho que ressoe em você: Se for bom para você, então é o caminho certo para você. Se parecer forçado, você pode considerar outras alternativas.

Na verdadeira jornada da vida, a intuição é o único professor de cada um. O homem tem o seu próprio guia dentro de si.

OSHO

Mergulhe na pesquisa e aprenda sobre as filosofias, ideias e práticas espirituais. Preste atenção àqueles que o intrigam e que você sente ressoar com seu ser. Essa pesquisa envolve a leitura de livros, assistir vídeos no YouTube, ouvir workshops e webinars etc.

Esta jornada é uma busca que requer seu coração e alma, e deve lhe dar paz, prazer e alegria. Abrace e divirta-se!

Às vezes, é a sabedoria descoberta em um bom livro que inicia uma jornada espiritual. Preste atenção a filosofia, práticas e ferramentas que te intriguem. Observe quais campos espirituais, idéias, filosofias e práticas despertam seu interesse.

Alguns livros de autoconhecimento e espiritualidade que eu recomendo são os seguintes:

  • O poder do agora (Eckhart Tolle)
  • Um novo mundo: O despertar de uma nova consciência (Eckhart Tolle)
  • O despertar autêntico (Adyashanti)
  • Deixar ir: O caminho do desapego (David R. Hawkins)
  • O caminho do guerreiro pacífico (Dan Millman)
  • O livro do Ego (OSHO)
  • Silêncio: O poder da quietude num mundo barulhento (Thich Nhat Hanh)
  • Sem Lama não há lótus: A arte de transformar o sofrimento (Thich Nhat Hanh)
  • Atenção plena para iniciantes (Jon Kabat Zinn)
  • No Coração da Vida (Jetsunma Tenzin Palmo)

Sua jornada é única

“A jornada espiritual é individual, altamente pessoal. Não pode ser organizado ou regulamentado. Não é verdade que todos devem seguir um caminho. Ouça a sua própria verdade”

Ram Dass

A jornada espiritual de todos é única, em constante mudança e contínua. Não há um único ponto em que paremos essa transformação interna.

Na verdade, toda a ideia equivocada de atingir um estado de “perfeição” é a mesma coisa que morte e estagnação.

Essa passagem do livro “Karma: A Story of Buddhist Ethics” (que foi inspirada no Dhammapada) diz exatamente sobre o fato de que somos nós mesmos que nos salvamos, nós que devemos percorrer o caminho sozinhos. Não podemos esperar que alguém faça isso por nós.

Os Budas/Mestres apenas nos mostram o caminho, mas é nossa responsabilidade percorrê-lo.

Por nós mesmos o mal é feito,
Sozinhos nós suportamos a dor,
Por nós mesmos, deixamos de errar,
Por nós mesmos nos tornamos puros.

Ninguém nos salva senão nós mesmos.
Ninguém pode e ninguém pode.
Nós mesmos devemos trilhar o caminho:
Os budas apenas mostram o caminho.

Karma: A Story of Buddhist Ethics, by Paul Carus

“O que é que estamos buscando? É a realização daquilo que é potencial em cada um de nós. Buscar isso não é uma viagem do ego; é uma aventura a trazer a tona o seu presente para o mundo, que é você mesmo. Não há nada que você possa fazer que seja mais importante do que ser realizado. Você se torna um sinal, transparente para a transcendência; desta forma, você encontrará, viverá e se tornará a realização de seu próprio mito pessoal.”

~ Joseph Campbell

Colocar em prática

Um ensinamento espiritual é um dedo que aponta para a realidade, mas não é a realidade em si. Para você estar em um relacionamento maduro e verdadeiro com um ensinamento espiritual, isso requer que você aplique-o e não simplesmente acreditar nele.

Não apenas aprecie intelectualmente o que você aprendeu. É necessário colocar tudo em prática! Espiritualidade não é algo mental, tem a ver com sua experiência direta, de você descobrir por conta própria o que tais ensinamentos estavam apontando.

Você tem que incorporar/integrar ativamente o que você aprendeu em sua vida cotidiana. Integrar significa absorver algo em seu ser; para torná-lo uma parte viva, você virar o próprio ensinamento.

Comprometimento

Como a monja Jetsunma Tenzin Palmo nos aconselha em seu livro “No coração da Vida”:

Nossa vida comum é muito ocupada, nossos dias são muitos cheios, nunca temos tempo para sentar e apenas ser. Isso é fuga. Se desejarmos integrar realmente a dimensão espiritual em nossa vida, devemos fazer alguns sacrifícios. Esses incluem levantar cedo e fazer pelo menos meia hora ou uma hora para estarmos sozinhos e fazermos uma prática séria, dedicando ao final, pelo menos 5 minutos de bondade amorosa a todos os seres. Isso realmente modifica toda a qualidade do dia.

Não é o bastante passarmos apenas meia hora por dia tentando chegar a um acordo com a mente. Portanto, temos que reexaminar toda a situação. A fim de fazer uma tranformação interior efetiva, uma mudança interna, temos que perceber que, se fizermos tudo o que fazemos, cada encontro, cada respiração, com consciencia e compreensão genuínas, tudo isso constituira na pratica do DARMA.

Longe de serem obstaculos a nossa prática, nossos relacionamentos e nossa carreira são a nossa prática. Fundindo ou integrando a nossa vida diária com o caminho espiritual, podemos perceber que os dois são a mesma coisa

Jetsunma Tenzin Palmo

O segredo para iniciar e manter seu crescimento espiritual é encontrado inteiramente na criação de uma prática espiritual diária.

Dito de forma simples, uma prática espiritual diária é uma rotina de coisas que você faz todos os dias a serviço de sua evolução pessoal.

Faça esse compromisso consigo mesmo de reservar um período do seu dia para você cuidar de si mesmo, de você se dedicar a dimensão espiritual.

Para obter o máximo benefício, esta rotina deve incluir algo de cada uma dessas quatro categorias:

  • Física
  • Mental
  • Emocional
  • Espiritual

Com as quatro categorias mencionadas acima, faça uma lista de pelo menos quatro coisas que você pode imaginar fazer todos os dias a serviço do seu eu superior.

Sinta-se à vontade para adicionar qualquer coisa para a qual você se sinta chamado e, se precisar de uma ajudinha com ideias, reserve um momento para escolher entre as seguintes:

  • Meditar
  • Mindfulness
  • Trabalho com a criança interior (inner child)
  • Trabalho com a sombra (shadow work)
  • Leitura que alimente seu espírito
  • Exercícios de respiração
  • Oração
  • Yoga
  • Introspecção (perguntas para autoreflexão)

Silêncio/Solitude

Pare de procurar fora; olhe para dentro, comece a procurar e a buscar em sua própria interioridade. A plenitude não é um objeto a ser encontrado em algum outro lugar; ela é a sua consciência.

OSHO

“A inspiração que você procura já está dentro de você. Fique em silêncio e escute.”

Rumi

No livro “O cavaleiro preso na armadura” as seguintes passagens mostram a importância do silêncio para o autoconhecimento:

Ficar em silêncio significa mais do que não falar — disse o rei. — Descobri que, quando estava com alguém, mostrava apenas a minha melhor imagem. Não deixava as barreiras cederem e não permitia que nem eu nem a outra pessoa víssemos o que eu estava tentando esconder. É preciso ficar sozinho para deixar a armadura cair

Como podemos nos conhecer se estamos a todo momento rodeados de pessoas nos dizendo quem somos, nos dizendo o que fazer, nos criticando – ou seja, rodeados de todo esse barulho? O autoconhecimento só é possível quando você está em silêncio!

Somente quando estamos sozinhos com nós mesmos que podemos encontrar nosso eu mais honesto – um presente doloroso para a maioria das pessoas. Quando paramos de nos esconder atrás das ocupações, da agitação e da excessiva socialização com os outros, finalmente podemos observar a nós mesmos com mais clareza: vemos com clareza nossas feridas, nossos demônios internos.

Como Thich Nhat Hanh diz no seu livro “Silêncio: o poder da quietude em um mundo barulhento”:

“Temos medo do silencio. Estamos sempre consumindo alguma coisa (textos, musicas, radio, tv, pensamentos) para ocupar o espaço vazio.

O que nos da tanto medo? Podemos sentir um vazio interior, isolados, inquietos, como se faltasse algo importante. Algumas dessas sensações são muito antigas e vivem conosco para sempre, permanecendo por trás de tudo o que fazemos ou pensamos. O excesso de estímulos facilita a distração do que sentimos, porém quando existe o silencio, tudo se apresenta com bastante clareza.

Thich Nhat Hanh

Meditação

Meditação não é algo restrito somente aos tempos da meditação formal e sentada: É uma atitude de ser, um repousar no ser. Quando você pegar o “jeito”, você será capaz de experienciá-lo mais e mais durante sua vida diária.

Adyashanti explica sobre a essência da meditação no seu livro “The way of liberation“:

Mas até mesmo se sentar em silêncio por 15 a 20 minutos por dia começara a formar uma compostura interna de silêncio e estabilidade dentro de você. 

É importante de entender que quando você está meditando, você está fazendo um comprometimento com algo além de sua mente inquieta. Quando meditando, este não é o momento de ficar analisando e tentando entender logicamente sua experiencia.

Você também não deve lutar contra a sua mente ou tentar fazê-la ficar quieta. Apenas observe seus pensamentos como se você estivesse olhando para nuvens passando no céu. Eles são apenas fenômenos passando pela consciência.

A meditação não é uma técnica para se obter a maestria, é a maior forma de oração, um ato de amor puro e de renúncia, sem esforços, ao silêncio profundo que se encontra além de todo o conhecimento.

Adyashanti

Todo o segredo da meditação está em tornar-se o observador de sua mente e isso tende a aumentar o seu nível de consciência.

Uma mente que está sendo observada começa a ser mais humilde e abrir mão de sua vaidade. Com a humildade vem a capacidade de rir de si mesmo e cada vez menos ser vitima da mente e mais o seu mestre.

Começamos a perceber que não somos a nossa mente! Nós TEMOS a mente, mas não SOMOS ela!

Muitas pessoas não sabem a verdadeira importância da meditação. A meditação é como levantar pesos, mas para a sua consciência. Quando você está meditando consistentemente e, como resultado, tornando-se mais autoconsciente, você começará a notar seus padrões de comportamento com muito mais facilidade.

Essa observação é onde o processo de cura começa, porque você não pode curar o que não pode ver. Se você está se perguntando por onde começar sua jornada de cura, comece com a meditação. Isso abrirá muitas das portas necessárias para você se conectar com o seu eu superior.

E este é o objetivo da meditação: dar-lhe pequenos vislumbres de que você não é a mente.

Melhore seu relacionamento com o momento presente

A espiritualidade requer um compromisso honesto e amoroso com o momento presente. Na verdade é isso que o ego é: um relacionamento disfuncional com o momento presente.

Seja sempre amigo do momento presente! Não discuta com o que é. Estarmos alinhados com o que é significa estarmos numa relação  de não resistência interna aos acontecimentos.

“O eu separado (mente) não é uma entidade, é uma atividade, a atividade de resistir ao que está presente e buscar o que não está presente” – Rupert Spira

Rupert Spira

O relacionamento primordial de nossa vida é aquele que mantemos com o Agora. O ego pode ser definido como uma relacionamento desajustado com o momento presente. Precisamos fazer essa escolha o tempo todo, sem parar, até que viver dessa maneira seja algo natural para nós.

O momento presente é inseparável da vida, portanto, na verdade, estamos decidindo que tipo de relacionamento querermos ter com a vida.

Sempre se pergunte: “Qual é o meu relacionamento com o momento presente? Como o momento presente é tudo o que temos, uma vez que a Vida é inseparável do Agora, o verdadeiro significado daquela pergunta é: qual é o meu relacionamento com a vida? Na verdade, nós e o momento presente somos uma coisa só.

Eckhart Tolle

Sentir é curar (dissolva o seu corpo de dor)

Já expliquei mais detalhadamente em um outro artigo (CLIQUE AQUI PARA VER) mas basicamente, o corpo de dor é uma entidade energética de emoções antigas, é toda a acumulação de dor emocional proveniente de experiências dolorosas que vivenciamos na vida.

Dissolver o corpo de dor é uma das tarefas mais importantes no seu processo do despertar espiritual! Podemos dizer que o Corpo de Dor é o aspecto emocional de consciência egoica – é o passado emocional vivendo em nós.

Por isso é essencial essa disposição de PARAR de fugir de nosso sofrimento! A menos e até que sejamos capazes de enfrentar nosso sofrimento, ele continuará lá presente, pois tudo o que você evita permanece, o que você resiste persiste.

A única forma de transformarmos o nosso sofrimento é acolhendo-o, dando nossa total atenção a ele, realmente se importar com ele! Só assim podemos realmente transformá-lo! E como fazemos isso? Ficando presente com ele! Dando nossa total atenção a ele!

O livro do Thich Nhat Hahn “Sem lama não há lótus: A arte de transformar o sofrimento” fala exatamente sobre como a consciência plena é o único “agente” capaz de transformar nosso sofrimento.

Conforme formos dissolvendo nosso passado emocional de sofrimento (que é o “combustível do ego”), mais presentes e em contato com nosso eu real ficaremos.

Purificar sua mente

Medo, ego, julgamento e muitos sentimentos negativos precisam ser removidos para o sucesso de sua jornada espiritual. Revisite seu sistema de crenças, seu senso de identidade, suas opiniões e ideias sobre o mundo. Purifique sua consciência!

Aquelas pessoas que, pela oração, meditação, autodisciplina e determinação, conseguem purificar a sua consciência egoica e elevá-la, definindo a abrigando mais e mais pensamentos amorosos e sinceros para com os outros e para com o mundo em geral, gradualmente ascendem em consciência até as frequências vibratórias do reino da consciência divina – o Reino dos Céus. Tais pessoas descobrem que não importa quais sejam os problemas e confusões no mundo ao seu redor, elas são alimentadas, curadas, protegidas, cuidadas e mantidas em uma perfeita paz de espírito – com a condição de que permaneçam nas frequências vibratórias espirituais.

Quando a sua consciência pessoal estiver completamente limpa de negatividades, descobrirá que você também se tornou um canal purificado do “Pai” consciência criativa.

Cartas de Cristo

Essas foram algumas dicas preciosas para você começar a sua jornada espiritual! Espero que esse guia básico para você começar o seu processo do despertar espiritual tenha sido útil! Não deixe de comentar aqui qualquer contribuição que você queira fazer, alguma prática que você faz e considera importante nessa jornada rumo ao seu eu superior. Tudo de bom e até a próxima!

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1 Comentário

  • Manuel disse:

    Bestial ensino! Obrigado.

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