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As Diferentes Dimensões da Inteligência Humana (As 4 Partes da Mente Humana)

Tempo de leitura: 9 min

Escrito por Davi Klein
em novembro 3, 2021

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No sistema de classificação do yoga, a mente tem 16 dimensões que se dividem em 4 categorias

  • Há a dimensão do discernimento, ou discriminatória, da mente ou do intelecto (Buddhi)
  • Há a dimensão acumulativa da mente, ou memória (Manas) que reúne informações.
  • Há a dimensão que é chamada de consciência (Chitta), que está além do intelecto e da memória.
  • Há a dimensão que é chamada de Ahankara é o aspecto da mente em que você obtém o seu senso de identidade. 

Vamos falar mais detalhadamente a respeito de cada uma dessas diferentes dimensões de inteligência que existem dentro de nós (sim, a nossa inteligência é muito maior do que somente a parte intelectual)

O Intelecto (Buddhi)

Nós temos o nosso intelecto, nossa mente pensante e racional. Essa é uma dimensão da nossa inteligência que serve apenas para 1 função: sobreviver.

O nosso intelecto deve ter sido criado pela nossa inteligência para resolver os problemas de sobrevivência. Nosso intelecto tem essa função de nos proteger.

Essa é a primeira dimensão da inteligência – a inteligência lógica divisória. Ela é como se fosse uma faca afiada. Ela gosta de dissecar e cortar as coisas no meio, dividir, simplificar.

Porém, a complexidade de uma coisa não pode ser dita e expressada apenas por uma palavra, nunca! Você nunca será capaz de ter um entendimento completo por meio do intelecto. Não podemos perceber a totalidade das coisas por meio do intelecto.

A primeira dimensão – o intelecto, buddhi, é crucial para a sua sobrevivência. Você consegue discernir uma pessoa de uma árvore apenas porque seu intelecto é funcional.

Sem essa dimensão de discernimento, você não saberia como sobreviver nesse planeta. Em níveis mais complexos e sofisticados, o intelecto contribui imensamente para a cultura e a civilização humanas. 

O intelecto é como um bisturi. Sua função é fatiar a realidade e possibilitar que você diferencie uma coisa da outra.

Uma vez que você libera o intelecto, ele divide tudo o que encontra. não permite que você esteja com nada em sua integridade. Embora seja um instrumento maravilhoso para a sobrevivência, é também uma terrível barreira que se coloca entre você e sua experiência da unicidade da vida. 

No entanto, o problema de nossa época é que o intelecto assumiu um papel desproporcionalmente importante; A educação moderna encorajou um desenvolvimento completamente desequilibrado desse aspecto da mente. A essência do intelecto é dividir. Então a humanidade embarcou em uma jornada de divisão, discriminação e dissecação global. Dividimos tudo. Até o átomo invisível foi dividido. 

Toda a nossa educação é voltada para o intelecto. Se você for para a Índia, você verá que lá eles tentam atingir e desenvolver outras dimensões de nossa inteligência (não apenas a racional-lógica).

Se uma faca tiver que cortar alguma coisa sem esforço, é importante que a substância que cortará não grude nela. Uma faca pegajosa é obviamente um instrumento ineficaz. Quando o seu intelecto se identifica com alguma coisa, fica acorrentado as identificações e o deixa com uma experiência completamente distorcida do mundo.

Uma vez que seu intelecto – ou Buddhi, como é determinado na taxonomia yogi, se identifica com alguma coisa, você funciona dentro do reino dessa identidade. Com o que quer que você se identifique, todos os pensamentos e emoções surgem dessa identidade.

Portanto, o intelecto defende a identidade, suas identificações (defende aquilo que você acredita).

Nesse momento, suponha que você se identifique como um homem, todos os seus pensamentos e emoções fluem dessa identificação. Se você se identificar com sua nacionalidade ou religião, eles fluirão dessas identificações.

Além disso, o intelecto está se tornando uma barreira porque você o mantém constantemente mergulhado na parte acumulativa da mente – sua memória (Manas). Examine-a por si mesmo. Você descobrirá que todo o pensamento que surge na mente tem suas raízes nos dados que você já acumulou.

Os dados podem ser reunidos conscientemente e inconscientemente. De qualquer forma, significa basicamente que seu intelecto está no modo perpétuo imerso no passado. Nesse estado, nada de novo é possível agora.

Simplificando, a parte acumulativa da mente é só a lixeira da sociedade. Apenas um monte de impressões que você recolheu fora. Qualquer pessoa que você encontra enfia algo em sua mente e segue em frente: seus pais, amigos, inimigos, pregadores etc. Você não pode escolher de quem absorver e de quem não absorver

Quando você mantém o intelecto mergulhado nessa dimensão limitada, fragmentada e acumulativa da mente, tira conclusões completamente distorcidas sobre a vida. Quanto mais as pessoas ficam absortas nos seus pensamentos, mais infelizes se tornam.

É lamentável. Mas deixe me ser claro: o pensamento em si não é o problema. As pessoas que pensam com clareza devem ser alegres.

Mas mesmo o intelecto pode ser aguçado se você permitir que ele mergulhe no outro aspecto de sua mente – sua consciência, Chitta.

Quando você mergulhar o intelecto em sua consciência, a dimensão de discernimento da sua mente pode se transformar em uma ferramente milagrosa de libertação. Aprenda a colocar o intelecto no revestimento de sua consciência, e não no saco de memória e identificação.

Você já ouviu falar do “Buda”. Seu nome era Sidarta Gautama e ele se tornou um Buda. Mas Gautama não foi um único Buda. Um ser humano que transcendeu o seu intelecto, as dimensões discriminatórias e lógicas da vida, é um Buda.

Os seres humanos inventaram milhões de formas de sofrer. Para tudo isso, a unidade produtora está apenas em sua mente. Quando você não está mais identificado com a mente, está livre para experimentar a vida além das limitações. Ser um Buda significa que você se tornou uma testemunha do próprio intelecto. 

Identidade (Ahankara)

A próxima dimensão da mente é Ahankara, que temos ignorado completamente, que significa sua identidade.

A identidade em torno do qual o intelecto funciona é chamada Ahankara. Para continuar com a analogia anterior da faca, a mão que empunha a faca é a identidade. Ou, em outras palavras, é a sua identidade que gerencia e determina o seu intelecto

Ao utilizar a faca, o que determina se ela será utilizada de boa forma ou não? A mão, a identidade! No nosso mundo, quase não damos atenção a essa dimensão de inteligência dentro de nós.

Na Índia, por exemplo. as pessoas sempre forma ensinadas a terem uma identidade cósmica. “Eu sou o Cosmos”. Sem o tipo certo de identidade, a educação torna-se destrutiva.

Ela tem a ver com a seguinte pergunta: Com o que você está identificado?

Uma vez que você se identifica com algo que não é, a mente se torna um trem expresso que não pode ser parado.

No seu livro do Ego, Osho comenta o seguinte:

Identificar-se com algo que você não é. Essa é a essência do ego. No momento em que ela é identificada, ela perde-se de si mesma. Isso é o que significa ego. A identidade é a base de toda escravidão: basta estar identificada para estar em uma prisão. A própria identidade se torna a prisão para o indivíduo. É preciso que ele se mantenha não identificado e seja quem ele é para que a liberdade seja possível. É isso que quer dizer escravidão: o ego é a escravidão, a ausência de ego é a liberdade. E esse ego não é nada mais do que estar identificado com algo que você não é.”

OSHO

Mas, se você for capaz de se desvencilhar de tudo que não é, se você se desidentificar, digamos assim, verá que a mente fica em branco e vazia.

Quando você quiser usá-la, poderá; em outros momentos, estará simplesmente vazia, destituída de toda a confusão psicológica. É assim que deve ser. Mas, agora, você está se identificando com muitos rótulos, e, ao mesmo tempo, tentando parar a sua mente – isso não funciona. 

Independentemente do que você pensa que é, quando a morte o confronta, toda a identificação desaparece. Se você não sobrecarregar o seu intelecto com quaisquer identificações – corpo, gênero, família, qualificações, sociedade, raça, casta, credo, comunidade etc. Você viajará naturalmente em direção a sua natureza suprema. 

Consciência (Chitta)

Consciência é vivacidade – Consciência não é algo que você faz. Consciência é o que você é.

A dimensão da mente que as sociedades modernas ignoram completamente por sua própria conta e risco é a consciência, ou chitta. Essa é a inteligência que não foi maculada pela memória. Essa é a dimensão mais profunda da mente e aquela que conecta você com aquilo que é a própria base da criação. 

Quando você aprende a acessar a chitta, ser bem aventurado é inteiramente natural. 

Memória (Manas)

Tudo que você está carregando, são coisas que você acumulou.

O que são realmente os pensamentos? Apenas informações que você coletou e reciclou. Você consegue pensar em algo diferente daquilo que foi acumulado por sua mente? Tudo o que a mente está fazendo é reciclar dados antigos.

Você não é a soma de tudo o que acumulou. Tudo o que você conhece como “eu” é só acumulo. Sua mente é um acumulo de impressões reunidas por meio dos 5 sentidos. O que você acumula pode ser seu, mas nunca podera ser você.

Isso é o que os budistas e hinduistas chamam de Samara:

Samsara: constante reciclamento de pensamentos, que faz com que fiquemos presos no passado. Pensamentos não são nada mais do que a reciclagem das informações que você coletou (de suas acumulações) É justamente o conteúdo fisiológico e psicológico acumulado que causa os padrões cíclicos em sua vida, e até mesmo, além dela.

Resumindo

Todo o esforço do trabalho espiritual tem a ver com despertar essa dimensão de inteligência da consciência (chitta) dentro de nós. Do contrário, ficaremos sempre presos ao nosso drama psicológico e confinados ao nosso senso de identidade limitado. Ficaremos presos ao passado, e por consequência nunca seremos felizes.

Como Eckhart Tolle explica no seu livro “Um novo mundo”:

O despertar é uma mudança no estado de consciência que ocorre com a separação entre pensamento e consciência. No caso da maioria das pessoas, isso não é um acontecimento e sim um processo.

Em vez de ficarmos perdidos em nossos pensamentos, quando estamos despertos reconhecemos a nós mesmos como a consciência por trás deles. O pensamento deixa de ser uma atividade autônoma que se apossa de nós e conduz nossa vida. A consciência assume o controle sobre ele. O pensamento perde o domínio da nossa vida e se torna o servo da consciência. Outra palavra para ela é presença: consciência sem pensamento.”

Eckhart Tolle

Espero que esse post tenha ajudado a compreender um pouco mais sobre essas diferentes dimensões de inteligência que existem dentro de nós!

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