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A Natureza de Buda ou Consciência Crística: A Natureza Essencial do Ser Humano

Tempo de leitura: 7 min

Escrito por Davi Klein
em março 31, 2021

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O homem é uma semente de grande potencial: a semente do estado de Buda. Cada homem nasce para ser um Buda.

A palavra Cristo significa exatamente a mesma coisa que a palavra Buda: aquele que voltou para casa (sua verdadeira natureza divina). A palavra Buda significa “O desperto”. Estar desperto significa alinhar nossa consciência com a Consciência de Cristo. Cristo é um outro nome para estado de buda, o estado supremo de consciência.

Cristo é a essência de Deus dentro de nós ou o nosso Eu interior, como às vezes é chamado no Oriente. Essa Fonte (Deus) não está separado de nós – ela se encontra dentro de nós e dentro de tudo ao nosso redor.

Osho, no seu “Livro do ego” diz o seguinte:

Ninguém pode ser Gautama o Buda. Qualquer pessoa pode ser um Buda, mas não Gautama, o Buda. Buda quer dizer desperto, que é um direito inato de qualquer um, mas Gautama é o indivíduo. Qualquer um pode ser um Cristo, mas não Jesus Cristo, pois Jesus é um indivíduo. Cristo é um outro nome para estado de buda, o estado supremo de consciência.

OSHO

No seu livro: Um Novo Mundo, o Despertar de uma nova consciência, o mestre espiritual Eckhart Tolle diz o seguinte a respeito das palavras de Jesus, quando ele disse ” “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.”

“Essas palavras são um dos mais poderosos e diretos indicadores da verdade desde que entendidas corretamente. Se mal interpretadas, tornam-se um grande obstáculo. Jesus fala do Ser mais interior, da essência da identidade de cada homem ou mulher – na verdade, de toda forma de vida. Ele se refere à Vida que nós somos.

Alguns místicos cristãos chamam isso de “o Cristo interior”; os budistas o denominam “natureza de Buda”; para os hindus, é o Atman, a Essência Divina. Quando entramos em contato com essa dimensão que trazemos dentro de nós – e isso é nosso estado natural, e não uma conquista milagrosa -, todas as ações que praticamos e os relacionamentos que estabelecemos refletem o estado de unificação com a Vida Única que sentimos em nosso interior. Isso é amor. “

Eckhart Tolle

O símbolo do Lótus – embora signifique muitas coisas – é o símbolo mais marcante da Natureza de Buda: a flor de Lótus (nossa Natureza de Buda) emergindo da sujeira no fundo da lagoa (nossas impurezas e apegos) – ainda intocada pelo lama.

A flor de lótus, perfeita, limpa e deslumbrante, emerge da sujeira e da lama no fundo do lago. Da mesma forma, nossa Natureza de Buda emergirá dos obscurecimentos causados ​​por nossos apegos, ego e karmas negativos

A definição mais rápida da Natureza de Buda seria: a mente luminosa de todos os seres sencientes que, eventualmente, livres de todas as contaminações, se tornarão Buda. Em outras palavras, todos os seres têm o potencial de ser Buda.

A natureza de Buda é frequentemente descrita como o sol por trás das nuvens. O sol está sempre lá, mesmo que você não possa vê-lo. Mas quando a obstrução visual desaparece, o sol brilha.

O sol pode estar escondido pelas nuvens, mas está sempre lá. Nossa Natureza de Buda, da mesma forma, pode ser obscurecida por nossos apegos e contaminações, mas está sempre lá.

O Dalai Lama, em um ensinamento sobre a Natureza de Buda, disse:

“Do ponto de vista de Buda, um ser humano tem – por meio do treinamento, da prática – o que chamamos de estado mental iluminado mais elevado. Assim, por meio da prática, um ser humano, por meio de uma espécie de purificação do próprio estado mental, pode, finalmente, tornar-se um iluminado. Até o próprio Buda, a fim de obter a iluminação final, precisou de muito trabalho.

Dalai Lama

Ao mesmo tempo, o Dalai Lama advertiu que a Natureza de Buda, embora seja um conceito libertador e otimista, é influenciado e desenvolvido apenas por você. Ninguém pode fazer isso por você. Buda também afirmou que você é seu próprio mestre. A responsabilidade de Buda é apenas mostrar o caminho, isso é tudo.

Por nós mesmos o mal é feito, Sozinhos nós suportamos a dor, Por nós mesmos, deixamos de errar, Por nós mesmos nos tornamos puros. Ninguém nos salva senão nós mesmos. Ninguém pode e ninguém poderá. Nós mesmos devemos trilhar o caminho: Os Budas apenas mostram o caminho

Trecho do Darmapada (ou Caminho do Dharma), que é um escrito budista tradicionalmente considerado como tendo sido composto pelo próprio Buda

O professor tibetano Dzogchen Ponlop Rinpoche descreveu a Natureza de Buda desta maneira:

“…nossa natureza fundamental da mente é uma expansão luminosa de consciência que está além de toda fabricação conceitual e completamente livre do movimento dos pensamentos. É a união de vazio e clareza, de espaço e consciência radiante que é dotada de qualidades supremas e incomensuráveis. A partir desta natureza básica da vacuidade, tudo é expresso; a partir disso, tudo surge e se manifesta. “

Dzogchen Ponlop Rinpoche

Outra forma de colocar isso é dizer que a Natureza de Buda é “algo” que você é, junto com todos os seres. E esse “algo” já está iluminado. Como os seres se apegam a uma falsa ideia de um eu finito, separado de tudo o mais, eles não se sentem como Budas. Mas quando os seres esclarecem a natureza de sua existência, eles experimentam a Natureza de Buda que sempre esteve presente.

Se esta explicação for difícil de entender no início, não desanime. É melhor não tentar “descobrir” e entender intelectualmente. Em vez disso, mantenha-se aberto. Tenha fé no que os grandes sábios tentaram nos passar, explore, descubra por si mesmo a verdade! Ela está dentro de você! Lembre-se, ninguém pode fazer isso por você! Os sábios apenas apontam o caminho, mas é você quem deve percorrê-lo!

Será que é possível colocar a Verdade em palavras? Sim, porém as palavras não são a verdade. Elas apenas a indicam. A Verdade é inseparável de quem nós somos. Sim, Você é a Verdade. Sempre que a procurar em outro lugar, acabará decepcionado. O próprio Ser que é você é a Verdade!

Ponto de partida para aumentar seu nível de consciência

Os Ensinamentos de Cristo não eram apenas palavras de sabedoria, mas sim de pura consciência; sementes de consciência que já carregamos dentro de nós.

Através do processo de receber os novos aprendizados espirituais e a prática da meditação (como Buda enfatizava ser a única maneira para a libertação), a Consciência Crística (ou nossa natureza de Buda) poderia simplesmente crescer e desenvolver de dentro de nosso próprio ser todas aquelas magníficas qualidades Crísticas de Amor e Luz que estão sempre presentes em nós.

Para crescermos em consciência, devemos nos alinhar, aceitar e abraçar todos os Princípios de Cristo:

  • Amor
  • Compaixão
  • Paciência
  • Perdão
  • Generosidade
  • Paz
  • Divindade
  • Caridade
  • Unidade
  • Humildade
  • Gratidão
  • Não-julgamento

Esta é a maior diferença entre estar em um estado de sono (inconsciente de sua verdadeira natureza) e estar em um estado desperto: o nível de desenvolvimento dessas belas qualidades / dons de amor que todos carregamos dentro de nós. Quanto mais nosso coração se abrir, mais essas qualidades crísticas se manifestarão. Quanto mais fechados e inconscientes estivermos, mais maldosos e egoístas seremos.

Ativar a consciência crística exige uma mudança da nossa visão de mundo, vinda de uma vontade sincera de praticar os ensinamentos do mestre Jesus. Julgamento, violência, perseguição, intolerância, opressão e discriminação de qualquer natureza devem ser abandonadas para que a consciência crística floresça em nosso coração.

Quanto maior a mudança, quanto mais buscamos nos aproximar dos princípios de Jesus, mais nos harmonizamos com essa energia e mais o nosso espírito se aproxima dessa vibração de amor divina.

Como o Dr David R. Hawkins fala no seu livro “Poder vs Força”

Um nível individual de consciência é determinado pelos princípios a que estão comprometidos. Para manter o progresso na consciência não pode haver hesitação sobre o princípio, a conveniência nunca é uma justificativa adequada. Um progresso substancial é feito ao praticar qualquer principio verdadeiro como – Seja gentil e misericordioso com todas as coisas e pessoas, incluindo consigo mesmo, a todos os momentos”

David R. Hawkins

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