Existem 3 modos da existência humana: ter, fazer e ser. Cada um tem seu lugar na vida.
A progressão geral dos níveis de consciência, a medida que avançamos do menor para o maior é passar do ter, para o fazer e depois ser.
Existem coisas que precisamos ter e coisas que precisamos fazer, afinal precisamos sobreviver no mundo. Mas será que só o ter e o fazer são suficientes para ter uma vida de alegria, com imensa satisfação interna?
O problema é que a coisa mais importante de todas, o nosso ser, acaba sendo obscurecido pelo ter e pelo fazer! Ou seja, acabamos confundindo o nosso ser com o ter e o fazer!
A maioria das pessoas na cultura contemporânea vive no “modo de ter“, em que tentam alcançar a realização e satisfação por meio da posse de – coisas, pessoas, coisas intangíveis como reputação, status, etc.
Outras acham que a vida só se resume ao fazer.
A vida inteira da pessoa é focada no trabalho, na resolução de problemas, em atingir metas, em cumprir objetivos, indo do ponto A ao B ao C, até o fim… A pessoa vira mais um “fazer humano” do que um “ser humano“.
A pessoa que vive apenas no modo fazer, quase nunca esta satisfeita com o momento presente. Vive pensando no futuro, na próxima meta, no próximo lucro.
A vida, no entanto, só acontece no momento presente. E a pessoa só percebe isso quando já está velha! Passou sua vida inteira correndo atrás de fantasmas!
Se investimos muito em fazer e esquecemos de “cheirar as rosas” ao longo do caminho, podemos ficar muito desapontados à medida que envelhecemos e descobrimos que não podemos mais ser tão ativos.
Nessas circunstâncias, vários idosos reclamam de se sentirem “inúteis”, pois a vida inteira deles foi dedicada apenas ao fazer! Não pararam nenhum momento para apreciar a vida como ela é.
Tem uma frase que eu vi em algum lugar, não sei de que autor que diz o seguinte:
““A crença de que a vida é incompleta sem o cumprimento de uma meta não é tanto um fato existencial trágico da vida, mas um mito ocidental, um artefato cultural. O mundo oriental nunca assume que existe um “ponto” para a vida, que existe um problema a ser resolvido, ao contrário, a vida é um mistério a ser vivido.“
Conforme vamos amadurecendo (e aqui e não falo somente em termos de idade, mas espiritualmente) nós vamos em direção ao ser. Vamos além de nossas possessões e produtividade.
Aqui em baixo está uma figura que ilustra o que eu quero dizer:
Vou comentar especificamente sobre esses 3 modos:
Ter
Nesse modo, o foco de sua vida e seu senso de identidade está em suas posses.
Não que as coisas sejam ruins, precisamos delas! Precisamos de coisas, relacionamentos e experiências, mas nossos bens podem nos possuir.
Podemos achar que a vida se resume a quanto temos (casas, dinheiro, carro, status, reputação).
Vivemos com base na comparação (nosso senso de valor é determinado no quanto temos em relação aos outros).
Nos níveis mais baixos de consciência é o que temos que conta. É o que temos que queremos. É o que temos que valorizamos. É o que temos que nos dá a autoimagem de valor e posição no mundo.
Essa é uma maneira muito precária de viver a vida!
Jesus Cristo já disse:
“Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.“
Fazer
O foco neste segundo modo de existência está em nossa produtividade.
O que fazemos no mundo é a base do nosso valor e como os outros nos avaliam.
A maioria de nós deseja ser ativo e significativamente engajado, mas podemos ficar tão ocupados que perdemos de vista o significado, o propósito e a direção de nossas vidas.
Ser
Neste terceiro modo de existência, o foco está em nossa presença.
É sobre você “estar” – desperto, consciente, atento, grato, apreciando a vida que se desenrola a todo momento!
Nesse nível, quem somos, dentro de nós mesmos e para os outros, que importa. As pessoas agora procuram a nossa companhia, não por causa do que temos, não por causa do que fazemos e dos rótulos da sociedade, mas por causa do que nos tornamos.
Devido a qualidade de nossa presença, as pessoas só querem estar perto de nós e vivenciar a nossa companhia. Passamos a ser descritos como uma pessoa carismática
A consciência de estar vivo aqui e agora é o suficiente! Isso não requer nenhuma justificativa, nenhum objetivo.
Primeiro Seja, depois Tenha!
A nossa sociedade nos diz o tempo todo: “Tenha para que você seja feliz” Mas na realidade, as coisas não funcionam dessa forma. Se nós esperamos por circunstância externas para mudar nós podemos esperar um vida inteira para ser feliz.
A verdade é que você tem que Ser antes de Fazer e Fazer antes de ter. Basicamente é o seguinte:
Os resultados que atingimos em nossas vidas são consequências das ações que tomamos. A qualidade de nossas ações dependem do nosso estado de ser (como nós olhamos para o mundo, nossas crenças e emoções).
Isso é a chamada “Lei da atração” (que vou explicar melhor em um outro artigo) mas que pode ser resumida pela seguinte frase abaixo:
“Se você quer ter mais, você tem que se tornar mais. O sucesso não é algo que você persegue. O que você persegue você evita, torna aquilo distante de você.
Pode ser algo como tentar caçar borboletas. O sucesso é algo que você atrai pela pessoa que você se torna. Para que as coisas melhorem, você precisa melhorar. Para que as coisas mudem você precisa mudar. Quando você muda, tudo muda para você“
Portanto, temos que inverter a lógica! Temos que focar primeiro no nosso Ser para atrair a vida que desejamos!
E ai? O que você achou desse artigo? Não deixe de comentar abaixo! Abraços!
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